São João à moda do Porto quase a nascer, notando-se um afluir de compras tipicas para a "mãe" de todas as noites da Invicta. Manjericos à parte, Sócrates deve respirar de sincero alivio quando os fait divers da tradição quotidiana se cruzam com um Benfica campeão (6 milhões de almas orgasmicamente felizes), um Portugal no mundial in extremis mas com vitória estrondosa ante a Coreia do Norte.
Somamos então os 6 milhões selectivos de "vermelhos", aos 10 milhões de almas unânimes libertas pela selecção tuga. Condimentamos o cenário com mais 5 ou 6 milhões de portugas espalhados pelo mundo (de 1ª, 2ª e 3ª geração); adornamos o quadro com o São João Portuense (meio milhão a exorcisarem a alma no norte...).
Já agora rumamos ao Santo António e São Pedro, com número incerto de seguidores, e constatamos que todos nós procuramos agarrar um naco de esquecimento transvestido em festa variada para amenizar uma crise agudizante e as idiotices do costume da nossa fraca classe politica.
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