quinta-feira, junho 03, 2010

Alegria (de viver)

Por vezes causa-me (ainda) a mais profunda das fornicadelas mentais (não quis escrever "foda" mental...) a lista de coitadinhos que auto - povoam o universo terreno das banalidades do dia a dia de todos nós: Formigas da teia global da vida.

Após este parágrafo introdutório de treta filosófica e nada inovadora (o cansaço dá "nisto") penso (agora seriamente) nas desculpas esfarrapadas que todos nós, num dado momento temporal da nossa vida, damos para não viver e perseguir a diáspora do extremo do sofrimento mental que nos leva momentaneamente às mais dementes paranóias sob a capa aparentemente de fundo da injustiça que a mãe da (puta) vida deitou sobre nós.

"Tudo e Todos" são desculpas para os nossos fracassos diários. Para a discussão mais acessa com o patrão (logicamente na nossa mente um cabrão que nos quer f...); com a brasuca que nos serviu café mal tirado (logicamente a porra da brasuca devia estar era ao "ataque"), com a lentidão da menina da caixa no Pingo Doce (logicamente só está aqui para atrasar a vida a toda a gente).

São apenas pontinhas do iceberg mental que corporizamos em tudo e todos que nos rodeiam. Por vezes andamos diariamente com uma espingarda na porra da mão para atirarmos mais um tiro certeiro da nossa frustração mundana. Esquecemos apenas, que talvez um pouco mais alegria simples de viver, seria mais importante que todas as barreiras mentais que construimos nas nossas torres de marfim.

Por mim humano imperfeito ao cubo, uma alegria após um dia de trabalho duro mas leal, e de uma noite de copos com amigos, poder, descalço de juizos e pré-conceitos dogmáticos, partilhar com vós estas linhas escritas no silêncio paradisiaco de minha varanda, com um cigarro na mão fumegante e um martini red adornado no branco de uma lua (semi) cheia...

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