sábado, maio 24, 2008

Vidência Tardia



"Junta autoriza entrada de ajuda" in Jornal Noticias 22/05/08


"Vinte e um dias depois do ciclone "Nargis", a Junta Militar que controla Myanmar (ex-Birmânia) aceitou a entrada de estrangeiros para auxiliar os 2,4 milhões de afectados, anunciou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.No final de um encontro de mais de duas horas com o líder máximo de Myanmar, Than Shwe, na nova capital do país, Naypiydaw, Ban Ki-moon afirmou que o general está "de acordo em permitir a entrada de todos os voluntários que queiram ajudar, qualquer que seja a sua nacionalidade"."Mantive um encontro muito positivo com o general, em particular sobre os voluntários", afirmou Ban Ki-moon, acrescentado que Than Shwe "adoptou uma posição bastante flexível nessa questão".Embora dizendo-se "encorajado" com a abertura dos militares, Ki-moon afirmou que "o ponto chave continua a ser a materialização da ajuda."O líder da Junta Militar aceitou ainda que o aeroporto de Rangun seja utilizado como plataforma internacional para a distribuição de ajuda humanitária.Ban Ki-moon encerrou ontem com aparente êxito a complicada missão de tentar persuadir os desconfiados generais de Myanmar a abrir as fronteiras do país à ajuda internacional - principalmente norte-americana e europeia - após a passagem do devastador ciclone "Nargis" que provocou mais de 133 mil mortos e desaparecidos.O secretário-geral das Nações Unidas foi um dos poucos líderes estrangeiros que visitou Naypyidaw, cidade nascida dos sonhos de grandeza de Shwe, que queria construir uma nova sede do poder de Myanmar, 400 quilómetros a norte de Rangun, antiga capital do país. Ki-moon visitou as áreas completamente devastadas pelo ciclone no delta do Irrawaddy, embora a viagem tenha sido completamente supervisionada pelos membros do regime, especialmente nos campos que abrigam os refugiados.Recorde-se que os generais de Myanmar são alvo de forte pressão internacional para que permitam a entrada das equipas humanitárias, tendo os deputados europeus proposto que fossem julgados no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade."

Transcrito com a devida vénia; remete-nos o artigo para um outro titulo possível " Junta Militar vê a razão, 100 mil mortos depois..."


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