Muito se tem falado da maior árvore de Natal da Europa que está plantada na baixa portuense. Grande destaque tem dado a autarquia e os media ao não evento e - quanto a mim - à não noticia. De facto uma cidade que tem o seu centro histórico esburacado de conteúdo, que afasta os seus empresários do investimento necessário à zona e ela própria - a autarquia - se descompromete sem pudor dos seus compromisos e obrigações factuais e morais; não é mais que uma cidade moribunda à espera que o tempo passe e marque a sua cadência pendular e geométrica. No entanto à boa moda tuga o que conta é a estética estilizada que abre telejornais e que maravilha o comum cidadão hipnotizado pela sua cidade ter a maior árvore de natal do hemisfério; como se "isso" pagasse dívidas ou fosse motivo de regozijo colectivo por exorcisar fantasmas deprimentes de tempos difíceis.
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