Nos últimos dias este blogue tem decrescido do vulcão de actividade normal. Tal facto tem uma singela explicação : o autor deste site está de vacaciones até à próxima sexta-feira; de repouso morno e agradável no seu algarve de origem. Ora colocando as leituras em dia, ora reencontrando-se de forma suave e deliciosamente nostálgica com amigos e familiares. A todos vós que fazem deste espaço um local de consulta, pesquisa ou simples navegação regular, um desejo sincero de um ano de 2008 pleno de ambições e o atingir de patamares superiores que permitam que a vossa vida avance rumo a um amanhecer melhor.
domingo, dezembro 30, 2007
sexta-feira, dezembro 28, 2007
MATARAM UMA MULHER
A noticia cortou-me na consciência, interrompendo momentaneamente o equilibrio de umas mini férias saborosas e reconfortantes na calma morna do meu Algarve de origem. Benazir Buto era uma mulher e estadista de eleição que admirava e respeitava. A princesa do oriente - como gostava de ser conhecida - era uma leoa indomável no sonho de um Paquistão democrata e próximo do modelo ocidental. Aos 54 anos e depois de ver o Pai e dois Irmão sucumbir no fio da navalha de terrorismos camuflados, viu-se ela mesma morta pela corja fétida que infesta o globo : O terrorismo moderno, letal e eficaz que serve interesses corporativos vários e se escuda em homens bomba fanatizados. Confesso : Estou Triste.
sexta-feira, dezembro 21, 2007
SERÁ DESTA?
Será desta que saimos da crise e 2008 constituirá o ano do renascimento económico e social?!
ANO PR'A RECORDAR
Mais um ano fugidio que qual salamandra esguia me escapa por entre os dedos, rumando para outras paragens. O ano de 2007 foi mais um year de luta incessante, de combates feitos de aço e sangue. Vitórias sofridas e derrotas dolorosas fizeram parte do trajecto; mas a sensação é boa e quente no findar do balanço anual. Confesso-vos que sou uma pessoa de balanços interiores nesta altura; pondero o bom e o menos bom obtido na amálgama vertiginosa dos minutos passados que nos regem como escravos num dado periodo temporal que nos parece por vezes sufocar. Foi um ano bom, decididamente foi bueno a nível pessoal e a nível profissional Sinto que cresci mais um pouquinho sem perder o meu jeito de puto reguila nem a minha alegria de viver e a força de acreditar nos cavalos alados que regem os sonhos e nas fadas e duendes mágicos que nos possibilitam mesmo nas alturas fucked, superar os momentos menos bons e ter a magia filosofal de seguirmos em frente regidos por uma fé que move montanhas, diminui fossos e cava novos patamares de conhecimento. Acho que este ano serviu para me (re)conhecer um pouco mais e mesmo nas manhãs bacilentas e cinzentas ter força para me levantar da cama de sonhos, olhar no espelho do dia a dia e gostar do reflexo de mim mesmo...sem ponta hedonista e narcisista mas aceitando-me como ser imperfeito à procura unicamente do filão da felicidade terrena.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
LEMBREI-ME
...de que esta é a a quadra do ano que gostamos de sentir o conforto dos que nos são próximos; em que o nosso lado intuitivo e sensitivo está mais próximo de um qualquer deus por vezes desconhecido e quase intangível. Ao meu pensamento vem essencialmente aqueles que neste Natal não vão ter Natal : Os mendigos que dormirão na baixa do Porto à sombra da super árvore natalicia estilizada; dos que pernoitarão na porta de Santa Apolónia em Lisboa. Lembro-me dos putos do Iraque, Sudão ou Somália, que crescem todos os dias com ódio no pensamento e com Ak-47 nas mãos já enrrugadas por uma não existência no limbo da guerra. Assola-me no pensamento todos aqueles que em Portugal comem fome e vestem frio; aqueles que desesperadamente tentam obter um mísero emprego sofrível para continuarem de pé no combate do dia a dia e para alimentarem os seus filhos. É Natal mas no cemitério da minha terra abençoada de Faro, a Ti Antónia continuará a chorar luto pelo filho que perdeu à 35 anos na guerra colonial. Tudo muda...nada muda...mas enfim...no calendário católico e comercial é Natal...
quarta-feira, dezembro 19, 2007
A TORRE DE FERRO
Muito se tem falado da maior árvore de Natal da Europa que está plantada na baixa portuense. Grande destaque tem dado a autarquia e os media ao não evento e - quanto a mim - à não noticia. De facto uma cidade que tem o seu centro histórico esburacado de conteúdo, que afasta os seus empresários do investimento necessário à zona e ela própria - a autarquia - se descompromete sem pudor dos seus compromisos e obrigações factuais e morais; não é mais que uma cidade moribunda à espera que o tempo passe e marque a sua cadência pendular e geométrica. No entanto à boa moda tuga o que conta é a estética estilizada que abre telejornais e que maravilha o comum cidadão hipnotizado pela sua cidade ter a maior árvore de natal do hemisfério; como se "isso" pagasse dívidas ou fosse motivo de regozijo colectivo por exorcisar fantasmas deprimentes de tempos difíceis.
terça-feira, dezembro 18, 2007
NATAL GALOPANTE
Aproxima-se a galope o reinado do gordo de barbas brancas vindo do meio da neve flutuosa e fria. Esta quadra traz-me siempre à cabeça as memórias de quem não está presente por razões fisicas imutáveis ou por enquadramentos situacionais variados. Recordo-me do sorriso quente e malandro da minha Avó Irene, da descontração despreocupada da "Ti" Teresa; dos copos ávidos com direito a discussões metafisicas com amigos já desaparecidos (avé Bacôco, Cachola, Frick, Alfredo, Nuno, Fátima...) e do sentimento de segurança e equilibrio posicional - qual avançado felino na cara do golo - que tudo isto me dava. Esse "tudo isto" já não existe, mas também não desapareceu nem da memória individual que guardo nem do gosto das memórias sensitivas mentais que atraem sons, odores e formas. Simplesmente tudo mudou de enquadramento, de posição. Nada é estático nem imutável? Talvez...mas o sentimento misto de saudade, dorme e acorda junto com o sentimento avassalador de ter conhecido seres humanos, que, independentemente do seu desaparecimento fisico, me marcaram na pele da alma profunda e me fazem nas alturas difíceis continuar a lutar, acreditar e seguir em frente mesmo com lágrimas de sangue puro na face. Como a Avó Irene diria " Paulinho...Calma! Com AMOR tudo se cria, tudo se faz..."
FILHOS DA DROGA
Desde que desembarquei no ancoradouro da Invicta faz 14 anos, sempre ouvi histórias mitificantes acerca da famosa torre "proibida" do Aleixo. Qual Casal Ventoso estilizado no meio do caos urbanistíco dos bairros problemáticos do Porto, a Torre de Babel de todos os vicios deu sempre azo a algo que fomentou o meu imaginário ávido de histórias rocambolescas e complicadas. A história da Torre do Aleixo reflecte a própria história do fenómeno migratório (muitas vezes forçado) dentro do Grande Porto e a cobardia dos diferentes governantes da cidade; que não querendo ou não tendo capacidade, para resolver o problema social, simplesmente tentaram (e conseguiram) construir guetos de concentração, qual cidades dentro da cidade. Tudo isso contribuiu de forma decisiva para o actual estado das coisas em que verdadeiros centros de aprendizagem de criminologia surgem diariamente, enraizando-se fortes e crescendo plenos na raiz forte de um mal ramificado.
BANG BANG
Os últimos acontecimentos relativos à mediática "Noite Branca" parecem remeter para um processo estruturado e consertado no que concerne ao real desmantelamento de uma rede de cariz mafioso, manchada pelo sangue vermelho vivo. No entanto também me parece de elementar justiça algumas perguntas : O porquê da demora da prisão efectiva de suspeitos há muito referenciados? Não poderiam ter sido evitadas mortes se tais detenções tivessem acontecido mais cedo? O porquê de não se ter ainda aflorado o tema super sensível de policias que alegadamente recebem luvas e favorecimentos de máfias da noite e que também pressionam empresários desesperados em troco de facilitismos para obtenção de licenças e alvarás de funcionamento? É que pelo que diz a panóplia da sabedoria popular "Onde há fumo há Fogo"...
BACK TO UFP
A noite de Sábado marcou um evento com um sabor muito especial para moi : Festa da Tuna Feminina da UFP. É sempre bom ver e rever velhas caras que nos marcaram no nosso percurso academico feito de noites ao luar, de copos da doce cevada; de risos ireverentes e sem consciência de que um dia o futuro chegaria a galope trazendo novas e pesadas responsabilidades. Foi bom rever o Joaquim, o Terrão, Ulisses, "09", Isabel, Sónia, Dulce e outros tantos nomes que marcaram um fighting spirit muito particular na Universidade Fernando Pessoa. Quanto à noche per si...muita diversão em ambiente descontraido e familiar; uma mini actuação da mitica Tuna Feminina, com acordes de qualidade marcando o seu 15º aniversário. Venham mais 15...
sexta-feira, dezembro 14, 2007
CONTOS DE NATAL (II)
O coração na época natalicia derrete-se mais facilmente. Quais flocos de neve terpidantes, tingido de vermelho púrpura, palpitando pelo passado de um ano passado com agruras e alegrias; sendo que o balanço terminal nunca é satisfatório ou completamente positivo. O nosso coração conhece sempre designios estranhos e insondáveis que nos permitem vacilar, continuar, cair, reerguer, voltar a tropeçar, voltar a levantar e todos os actos adjacentes à condição humana. Confesso-vos que eu não escapo a essa lógica avassaladora na qual o coração sente, consente, mas não cala e galopa furiosamente de forma anti aritmética e anti geométria linear e fria. Sempre fui assim. Pessoa de instintos e de afectos. Não consigo fazer "algo" sem o sentir verdadeiramente, sem estar envolvido na chama da luta, da conquista. Sou humano imperfeito, feito de tropeções e erros. Procurando siempre não prejudicar ninguém com esses mesmos erros de casting. Tarefa impossivel porque as nossas balas fazem ricochete e provocam danos colaterais. Mas não era esta a divagação que queria fazer quando começei a galope a escrever estas linhas cybernéticas à velocidade do chip de memória. No entanto - acto mecânico quente - a minha mão foge de forma alucinante para o teclado do pc e destila palavras por vezes sem nexo, embuidas em estilizações pessoais quase inteligíveis. Queria partilhar com vocês, tão somente o facto que para mim um belo conto de natal é ter a sensação quente do regresso ao meu Algarve de eleição; ás conversas tardias regadas a vinho tinto e presunto dos deuses, ao conforto do abraço Maternal e do sentimento de companheirismo Paternal. O natal para mim é tão e simplesmente o reencontro com o passado-presente quente e caloroso da essência daqueles que constituem por direito e mérito próprio o meu núcleo duro. Este ano o sentimento vai ser de nostalgia pelos amigos que ficam no Porto e por uma guerreira loira com olhos verde-água que me realiza e fascina tendencialmente. Espero em Janeiro retornar para novos projectos, mas a nível pessoal, continuar a beber daqueles olhos verdes água sinceros e profundos que me completam...o Amor é isso mesmo um sentimento constante de perda e de conquista; de medo de perder, mas de ânsia por continuar a amar e beber da seiva quente que alimenta a vida e faz andar o carossel pessoal e interior; não concordam?!
REMEMBER SATURDAY...
Mais uma redundância de reforço : Sábado 15 Dezembro não percas uma excelente fiesta no Academia Bar que assinala o 15º aniversário da carismática Tuna Feminina da UFP. Bebidas preços academicos, consumo minimo de apenas 2 euros e shot´s à descrição, são alguns dos condimentos de sal e pimenta que irão revestir uma noche muy especial.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
CONTOS DE NATAL (I)
O titulo remete-nos de forma subliminar para contos de fadas e magia, de duendes mágicos e florestas misteriosas, de gordos de barbas brancas made in pólo norte ou para as conotações religiosas que a simbologia da época remete. Lamento desiludi-los mas este conto de natal é real e analítico. Quente no seu conteúdo e eficaz na sua real acção com os problemas da trama colectiva do mundo factual. Fréderic Kanouté, jogador malaiano do Sevilha FC, pagou cerca de 500 mil euros para adquirir uma mesquita em Sevilha, permitindo a milhares de crentes de várias nacionalidades, poderem continuar a usufruir do espaço pessoal e sagrado onde exprimem a sua fé religiosa. Já anteriormente o jogador tinha fundado no seu pais de origem (Mali) um orfanado moderno e funcional para receber crianças orfãs. São 2 contos de natal num só. O efeito prático de um homem que veio do nada e não esqueçeu as suas origens nem o mundo desigual que o rodeia. De aplaudir de forma sincera exemplos de humanidade, simples mas eficazes, num mundo tendencialmente mais escravo da estética hedonista do que dos reais valoresque deveriam estar intrínsecos em cada um de nós.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
TUNA FEMININA UFP VERSÃO CYBERNÉTICA
Se quiseres conhecer um pouco mais do historial, do presente e do futuro da excelente tuna feminina da UFP, só tens que clicar em www.tfufp.blogspot.com. A minha sugestão - além do visionamento da apelativa web page - passa por te sugerir uma noite de Sábado em grande rotação no Academia Bar na mega-festa de aniversário da excelsa tuna...publicidade à parte claro...
TUNA FEMININA UFP NO ACADEMIA BAR
No seguimento das últimas semanas a "bombar", sábado 15 marcará mais um grande evento academico. O renovado Academia Bar será palco do aniversário da excelente Tuna Feminina da UFP. Constituindo uma das mais antigas tunas da Invicta, faz a mescla perfeita entre gerações : A qualidade pessoal e musical de muitos dos seus membros fundadores com uma nova geração ávida por continuar a elevar os pergaminhos do nome da Tuna. Portanto Sábado 15, vem ao Academia Bar festejar o 15º aniversário de uma Tuna mistica e onde reina o espirito saudável do academismo puro.
terça-feira, dezembro 11, 2007
RASTOS DE SANGUE
No seguimento da panóplia de trágicos acontecimentos na noite portuense o Director da Policia Judiciária Tuga e o Ministro da Administração Interna alinham no diapasão, bacoco e estéril de fundamentação prática, de que "as mortes vão parar". Estranha e demagógica forma esta de assegurar aos cidadãos preocupados de um estado de direito, de que afinal tudo vai bem na lusitânia praça, não existindo razões para alarme. Se individuos mortos a rajadas de metralhadora, ou de balas de pistola de grande calibre em plena hasta pública e o sentimento de impunidade que advém de quem pratica estes actos, não são suficientes para preocupar os mais responsáveis (aparentemente...) das nossas estruturas de segurança; o que fará afinal reconhecer o óbvio : Portugal tornou-se um paraiso para as novas máfias (tugas ou não) do crime organizado. E olhem que "isto" não tem somente a ver com o fenómeno noctívago...
segunda-feira, dezembro 10, 2007
OBRIGADO PORTUCALENSE (TUNA)!!!
Mais um evento que , graças aos Deus Baco, correu sobre rodas. De facto a festa de aniversário da carismática Tuna Academica da Portucalense, rapidamente se transformou num hit em tons de super festa. Bom ambiente, membros de várias tunas da Invicta e muita qualidade musical destilada da cabine pelos dj´s Rodri e Carlos. No bar o habitual brilhantismo de Artur S. e Nuno. Na porta aqui o RP dividiu as honras com o divertido Motinha. Bom revêr figuras carismáticas e amigas como Matos (ex-dux portucalense), "Toura" (Enfermagem Porto), Sónia (Tuna Feminina UFP); Scotch, Sabonete, Michell, Adélio entre outros nomes que marcaram (e marcam) a história da Portucalense, da sua Tuna e da Academia Portuense. A todos eles um arigato especial por me possibilitarem mais um evento com selo de qualidade redobrada!!!
E JÁ VÃO SEIS...
O governo central (e estruturas locais) continuam a colocar a cabeça enterrada na areia fétida da indiferença e como tal as mortes sucedem-se em cadadupa. Esta noite mais um segurança foi executado sumariamente por vários homens encapuzados, tendo sido a vitima atingida com mais de dez tiros...a noite do Porto, tendencialmente, irá ser palco deste efeito de bola de neve mortal, no qual - independentemente das razões - existem ajustes de contas entre vários grupos rivais. O sentimento de insegurança cresce e a principal galinha dos ovos de ouro que sustenta o negócio da noche (os clientes) irão procurar outros pontos geográficos de divertimento, optar pelas pantufas e zapping enfadonho ou por jantares tardios com amigos na segurança de seus lares. O clima adensa-se e já está mais que bafiento...mas mais do que os crimes e ajustes de contas, não confio (e desconfio) do nosso poder e das nossas forças de segurança. Afinal, tendencialmente e ciclicamente, o crime de facto compensa perante a cobardia da indiferença da estrutura dos poderes instituidos na Portugália...
sexta-feira, dezembro 07, 2007
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