Critico porque penso. Se penso existo. Se existo sofro, choro, amo, desespero, alegro-me e entristeço, definho e renasço. Sou humano como quase todos, e como tal tenho o direito pleno de criticar por criticar. De atirar a primeira pedra e ela (a pedra) ter também o pleno direito de fazer ricochete e vir ter com o fiel arremessador da dita cuja. Anseio e procuro, conquisto e perco. Ganho e derroto-me a mim próprio nas sombras dos fantasmas que assombram todas as almas humanas desde os primórdios dos tempos. Mas definitivamente o que me permite pensar e logo existir, é o poder - qual torrente de lava - que emana do simples acto de viver, e escrever a história na ponta de uma caneta molhada, personificada nas teclas frias de um computador padrão ligado a uma alma de lama quente que flameja sempre à procura de desafios no fio da navalha que se escreve em qualquer madrugada, em qualquer esquina desconhecida. Penso Logo Existo. Ponto? Não...reticências...
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