Num milénio que se anuncia em tons de incerteza dúbias e permanentes, penso nestes homens de outros tempos, rabuscados pelas folhas da história que não se perderam e fizeram de suas dúvidas a força de muitos, com a vontade plena de acreditar num mundo com menos barreiras e espinhos.
Num mundo tendencialmente que caminha numa globalização galopante, estes livres pensadores remetem-nos para a essência de lutas individuais e colectivas que todos nós temos , a dada altura espacio-temporal, que travar na nossa vida individual e colectiva. Muitos dos poderosos do presente envolvem-se no escudo de mortalhas e vestes opolentas no seu luxo, mas frias no seu conteúdo. Sem a coragem de avançar a Igreja Católica definha - na sua estrutura dogmática - sem querer aceitar o enquadramento dos novos tempos. O Islão, qual animal ferido, escuda-se atrás de uma perseguição milenar, para justificar os seus falhanços e seus dogmatismos extremos. Por fim a "terceira via" : O Judaismo. Ai o berço de Israel estabeleçe ciclicamente uma "intifada" existencial, justificando o uso brutal da força pelas palavras de uma nova biblia prática estabelecida em dogmatismos ortodoxos e irredutíveis.
Luthero e Jesus foram legisladores eximios e mentes brilhantes mas - essencialmente - homens imperfeitos que tiveram em seus medos e fantasmas, a força plena para conquistarem novos patamares de conhecimento em prol de uma sociedade mais justa e imparcial.Nos tempos que correm ser vedeta à escala planetária é algo fácil, possibilitado pelo choque tecnológico mundial dos últimos 30 anos. Mas no entanto heróis como aqueles que nos remetem para um imaginário perdido nas memórias ritualistas que passam de geração para geração; bem ai a história é outra...rios que jorram livres já são poucos...agora as águas são padronizadas e correm turvas e bacilentas coma côr descolorida dos novos tempos.
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