Hoje sábado pachorrento, com céu gotejante e tempo cinzento a convidar a um chocolate quente, maço de cigarros banais pousado aberto e navegação ávida pelos turbilhões das páginas da rede global e planetária. Por simples acaso do destino abri a página da Câmara Municipal do Porto sem esperar algo de inovador sem ser os leads chamativos de publicidade exacerbada, tipicamente publicados na esmagadora maioria dos sites camarários e de entidades governamentais da lusitânia pátria atípica. No entanto a Câmara do Porto inova cada vez mais no seu site - além dos destaques habituais que nos remetem para o site de turismo da Câmara e para as "maravilhosas esplanadas e uma animação nocturna sui géneris na zona ribeirinha" (?!) - a Câmara revela os ataques ferozes (?!) que o histórico Jornal de Noticias tem inflingindo à entidade camarária. Triste o espectáculo orquestrado pelo site em questão, no qual se revela a falta de democracia e democraticidade do executivo em aceitar criticas, sugestões e correntes diferentes das suas. É notória a incapacidade em viver em sintonia e colaboração profiqua com entidades de relevo no panorama cultural, desportivo e empresarial da cidade. É notória o cada vez mais evidente síndrome de autísmo que remete para o isolamento e para a guerra fútil a tudo o que é diferente.
Há cerca desta matéria instituições como o F.C.Porto ou o Jornal de Noticias são apenas alguns dos exemplos mais mediáticos de uma guerra santa que visa limpar a cidade de contra-correntes de opiniões, que sempre transformaram a Invicta num ponto de referência de discussões ricas, enquadradas na realidade do pais no seu todo, ponto de partida para muitas alterações na história de Portugal.
Rio destrói e corrói, sente-se perseguido e injustiçado. Tenho pena que assim seja, pois tive oportunidade de o entrevistar antes da sua eleição para o primeiro mandato à frente dos destinos de todos os Portuenses. Fiquei coma opinião de um homem sério e determinado que realmente queria mudar algo no panorama da cidade. No entanto o tempo encarregou-se de me provar a mim, portuense por adopção, que o autismo domina a práxis politica do executivo e de quem o preside. Não sou Portista nem tão pouco leitor entusiasta do Jornal de Noticias, mas não reconhecer a importância destas estruturas para o desenvolvimento de um Porto urbano, cosmopolita e conhecido em todo o mundo, é um crime lesa-inteligência e forma directa de chamar burros e iliterados a todos aqueles que habitam nesta cidade e desejam um Porto de abrigo moderno e preparado para os novos desafios da globalização.
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