No artigo anterior mencionei que "somos o que elegemos". De forma lânguida e sentida agora faço uma pausa ternurenta e concluo entre um cigarro calmo e um café nervoso, que somos também - "aquilo" que amamos. O conceito de amar; da paixão forte e do amor alongado no conceito espaçio-temporal, não é mais que o prolongamento dos nossos medos, fantasias, devaneios e ânsias do sentimento de cahorrinho abandonado que todos nós possuimos. O amor não se explica sente-se a percorrer as veias quentes de sangue gotejante que anseia pela seiva de uma vida nova. O amar implica a perda de um sentimento egoista da forma de viver e encarar a vida fechada outrora em si mesma. Nos últimos meses tive - tenho - a honra de ter alguém a meu lado que não é mais do que o exemplo puro da coragem indomável de viver, amar e seguir em frente, independentemente dos nossos medos interiores que entram em conflito com a nossa carapaça exterior de tartarugas imortais. Para ti hoje Sandra, partilho a minha escrita, sem o sentimento narcisista do jornalista/ escritor ávidos que o maior número possível de leitores devorem as suas linhas. Hoje cherrie estas linhas são só e tão somente um presente para toi por seis meses de luta, alegria, partilha, capacidade de superar barreiras e seguir em frente...o meu francês está enferrujado...mas...
je t aime beaucoup...