Lembro-me que os últimos 14 anos da minha vida têm sido passados em muitas ocasiões a viajar, a fazer e refazer malas qual compartimentos constituintes da minha existência emocional e interior. Tenho sempre presente o sentimento de perda de partir rumo a um destino ambicionado mas deixar para trás pessoas, lugares e objectos que também moram dentro de mim. Penso que a vida também é um pouco isso : Uma luta eterna em que a saudade e a nostalgia não são factores derrotistas mas sim pontos de equilibrio constante que nos permitem sentir a falta de algo tangível que nos está cravado no coração. É também assim na vivência do amor que sentimos por alguém em dada altura da viagem. Apaixonamo-nos, desapaixonamo-nos; sofremos e fazemos sofrer mas essencialmente tentamos evoluir e ter a maturidade (algum dia alguém me explicará o que é maturidade?!) para seguirmos viagem não de forma leviana e efémera mas tirando bastantes fotos de memória dos sitios que nos estão cravados no interior do coração.
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