BESTAS BESTIAIS E BADAMECOS

Conheço poucos seres humanos bestiais. Felizmente conheço alguns com os quais privo e mantenho relações de saudável cumplicidade e sinergia de afectos que desaguaram em amizade forte e duradoura. Conheci também algumas bestas com as quais tive o desprimor e infelicidade de trabalhar mas não privar. São seres desprovidos de afectos e com a arrogância altiva apenas ao alcançe dos seres frios e maus, desenraizados de afectos e com a semente da destruição e da inveja na mente. Conheço e conhecerei badamecos, que não são mais do que papagaios riscados; invejosos e pequenos, com penas amareladas do ácido e fel da inveja mal disfarçada e da real arte da mentira e traição. Não sei explicar racionalmente porque escrevo estas linhas furiosas, mas tão somente sei vos dizer que a vidade se resume na sua mais simples e bela essência a Bestas, Bestiais e Badamecos.

PENSO LOGO CRITICO

Critico porque penso. Se penso existo. Se existo sofro, choro, amo, desespero, alegro-me e entristeço, definho e renasço. Sou humano como quase todos, e como tal tenho o direito pleno de criticar por criticar. De atirar a primeira pedra e ela (a pedra) ter também o pleno direito de fazer ricochete e vir ter com o fiel arremessador da dita cuja. Anseio e procuro, conquisto e perco. Ganho e derroto-me a mim próprio nas sombras dos fantasmas que assombram todas as almas humanas desde os primórdios dos tempos. Mas definitivamente o que me permite pensar e logo existir, é o poder - qual torrente de lava - que emana do simples acto de viver, e escrever a história na ponta de uma caneta molhada, personificada nas teclas frias de um computador padrão ligado a uma alma de lama quente que flameja sempre à procura de desafios no fio da navalha que se escreve em qualquer madrugada, em qualquer esquina desconhecida. Penso Logo Existo. Ponto? Não...reticências...

CHEIRA A QUEIMA (II)

Contagem decrescente e regressiva de forma rápida e ansiosa. Milhares de almas somente esperando com ânsia mal disfarçada a Mãe de todas as noites do ano. Qual São João prolongado anunciado de forma dogmaticamente messiânica, surge já no perfil do horizonte pintado de negro a Queima das Fitas versão 2007 na Invicta. Na Invicta?! Bem em todo o pais, espalhando o preto das capas e batinas o perfume de noites anunciadas ainda antes de vivenciadas. A cerveja já escorre nas goelas resequidas pelo estado lastimável do ensino em Portugal. Na mente só já existe lugar para pensamentos em tons de pecado, nostálgia sem controle de quem é cartolado e alegria medrosa para os caloiros que penetram no ritual iniciático de regojizo que tem como templo sagrado o ceptro da aceitação , agora sim entre (quase) iguais.

GOOGLE LIVRE GOOGLE AMORDAÇADO

Qualquer utilizador do mundo em crescimento constante da internet tem como uma das suas referências subliminares o motor de pesquisa Google. Unidade interactiva e dinâmica, o Google fomenta a sua politica de expansão de sucesso no solidificar e implemento de unidades locais nos paises mais apetecíveis a nível de penetração de mercado e com consequente lógica projectada de crescimento. Realidades como a Cubana ou a Chinesa são no presente super unidades potenciais, suculentas e quase virgens nos caminhos a percorrer. Como tal a empresa sediada no Vale do Silício (California) decidiu (e bem) investir nestes dois mercados. Mas avançou (e mal) cedendo às pressões de dois governos totalitários, repressivos e ditatoriais e colocando limites locais aos internautas que acedam à Google nestes dois espaços ainda não globais. A lógica do vil metal falou mais alto do que uma informação livre (e sua disponibilização aos internautas), séria e rigorosa a nível factual. Tão somente politicas do século passado no novo milénio, ajustadas em tons cinzentos aos velhor governantes e ideologias, que se renovam nas roupagens sempre cinzentas, teimando em não deixar que a luz global penetre.

CHEIRA A QUEIMA

Com o cheiro do ar nocturno já a reflectir a contagem decrescente para a semana crescente das tradicionais/modernas queimas das fitas, surgem as perguntas e as dúvidas existenciais e dramáticas do comum estudante universitário. O "como" "onde" e "quanto custa a cerveja?" são algumas das perguntas que te vamos procurar responder a partir de amanhã em www.queimasdasfitas.blogspot.com.

VENDILHÕES DO TEMPLO

Titulo irónico e ácido pelo qual defino proprietários de "algo" fisico mas não tangível. Forma directa de através da ironia indirecta - naturalmente - mencionar sem referir, falar mas também omitir e remeter para o subliminar do(s) visado(s). Expressão também utilizada para (re)definir aqueles que tentam, humilhar mas afinal tão somente humilham-se a si mesmos tentando comprar os mortais por um saco de meias moedas (para ser mais exato 14.78euros...prometo

desenvolver). Afinal todos os vendilhões pensam que o seu templo é o mais sagrado de todos, esquecendo-se do mais importante : O que faz o verdadeiro templo não é o revestimento das paredes ou pseudo lideres militaristas intitulando-se de falsos marxistas (outra private joke que prometo desenvolver...); mas sim algo que se define tão pura e simplesmente como essência. Algo que está ao alcançe de todos mas somente atingido por alguns.

O REI ESTÁ MORTO!!!VIVA AO REI!!!

Morreu Ieltsin. O primeiro politico da velha escola soviética a ser eleito democraticamente, faleceu aos 76 anos. Contestado por muitos, amado e idolatrado por alguns, marcou incontestavelmente o ultimo quarto do século XX na politica Global. Recordo a imagem com a qual evitou um golpe militar sangrento : Em cima de um tanque falando com um qualquer oficial que não ficará para a história. Independentemente dos excessos e falhas (a mais grave o facto de ter "criado" Puttin); um ex-soviéte que ficará nas páginas da história intemporal.

O REI ESTA VIVO!!!VIVA AO REI!!!

O célebre pantera negra Eusébio foi operado. O pais (benfiquista e não só) conteve a respiração e só voltou a respirar após o anuncio público de que estava tudo bem com o Rei dos Reis. Nestes tempos dificeis e terpidantes, fazem-nos falta no nosso quotidiano de batalha permanente os poucos mitos de carne e osso que encarnam a categoria dos heróis intemporais. Afinal a vida dos comuns mortais reflecte-se e confunde-se com o sofrimento e vitórias dos seus verdadeiros idolos mitificantes. Eusébio encarna esse papel de humanidade simples e boa, que nos leva a acreditar que o amanhecer poderá ser melhor se os deuses do Olimpo tiverem o bom senso de não nos roubarem a ligação entre o mito e a verdade, entre o sonho e a realidade.

LUTHERO E JESUS (II)

Num milénio que se anuncia em tons de incerteza dúbias e permanentes, penso nestes homens de outros tempos, rabuscados pelas folhas da história que não se perderam e fizeram de suas dúvidas a força de muitos, com a vontade plena de acreditar num mundo com menos barreiras e espinhos.

Num mundo tendencialmente que caminha numa globalização galopante, estes livres pensadores remetem-nos para a essência de lutas individuais e colectivas que todos nós temos , a dada altura espacio-temporal, que travar na nossa vida individual e colectiva. Muitos dos poderosos do presente envolvem-se no escudo de mortalhas e vestes opolentas no seu luxo, mas frias no seu conteúdo. Sem a coragem de avançar a Igreja Católica definha - na sua estrutura dogmática - sem querer aceitar o enquadramento dos novos tempos. O Islão, qual animal ferido, escuda-se atrás de uma perseguição milenar, para justificar os seus falhanços e seus dogmatismos extremos. Por fim a "terceira via" : O Judaismo. Ai o berço de Israel estabeleçe ciclicamente uma "intifada" existencial, justificando o uso brutal da força pelas palavras de uma nova biblia prática estabelecida em dogmatismos ortodoxos e irredutíveis.

Luthero e Jesus foram legisladores eximios e mentes brilhantes mas - essencialmente - homens imperfeitos que tiveram em seus medos e fantasmas, a força plena para conquistarem novos patamares de conhecimento em prol de uma sociedade mais justa e imparcial.Nos tempos que correm ser vedeta à escala planetária é algo fácil, possibilitado pelo choque tecnológico mundial dos últimos 30 anos. Mas no entanto heróis como aqueles que nos remetem para um imaginário perdido nas memórias ritualistas que passam de geração para geração; bem ai a história é outra...rios que jorram livres já são poucos...agora as águas são padronizadas e correm turvas e bacilentas coma côr descolorida dos novos tempos.

LUTHERO E JESUS (I)

Dois nomes enquadrados em duas épocas diferentes da histórica universalista. Comuns no facto de serem lideres inatos de massas e visionários inteligentes e futuristas. Épocas conturbadas onde o obscurantismo marcava pontos e os dogmas ancestrais fomentavam a politica desmedida dos medos e das trevas do conhecimento livre, tendencialmente turvada pelo caracter repressivo de quem detinha o poder pela força da irracionalidade dictatorial de subgrupos militaristas e religiosos. Perseguidos e seguidos , amados e odiados, invejados e idolatrados; estas duas figuras romperam com o marasmos dos tempos e deram à humanidade uma nova luz de esperança e conhecimento, baseada no respeito pelo próximo e pelo livre arbitrio da discussão acessa rumo ao conhecimento não dogmático, a favor do bem colectivo.

O FORMIGUEIRO E AS FORMIGAS

Confesso-vos e confesso-me a mim próprio : Desde a primeira fiesta que organizei em meados de 93, percorre-me sempre na mente o mesmo receio e medo; o mesmo desejo de vitória mas também assombra-me o espectro do fracasso. Sou assim mesmo, envolvo-me - por vezes demais - em tudo o que faço. Feliz que nem uma criança a quem dão um doce quando tudo corre bem. Fucked e com azia existencial quando as coisas correm mal. Hoje é noite de uma das últimas grandes festas académicas antes da Queima 2007. Orgulho-me de a organizar, divulgar e produzir. Que siga a fiesta até horas proibidas pelos deuses conservadores, mas autorizadas pelo senso incomum dos homens. O destino já jogou os seus dados. Agora têm a palavra a turba (excelente) da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Última nota para as formigas brancas corrosivas que por ai existem : Festa número 45 da temporada.

DIZEM QUE SÃO UMA ESPÉCIE DE PARTIDO

Sairam do armário da escuridão do tempo sombrio das trevas cerradas. Saudosistas de heróis imaginários que nuncam foram. Solidários elegem inimigos comuns. Misturam-se com a urbe urbana. Estéticamente camuflam-se de homens com visão futurista rumo ao abismo da sua própria ignorância - cuidadosamente cultivada e regada pela conjectura dos tempos dificeis -

Tentam desesperadamente refazer a história pincelando (e afixando...) cartazes cinzentos já condenados ao fracasso da mediocridade. Podem ser tempos dificeis na conjectura local e global, mas os tempos - que são loucos - não são insanos ao ponto do pais voltar a teoria dos três "FS" (Fátima, Futebol e Fado). Existem modas disfarçadas em formas de partidos e movimentos sem conteúdos. Eles afinal são apenas um mero reflexo de uma espécie de partido sem futuro. Mais uma forma - disforme - que se irá perder no conteúdo filtrado pela história universalista e regional.

SEXTA 20 BACK TO 80´S

Um evento de qualidade a não perderes já nesta sexta-feira. Depois de uma quinta-feira longa e terpidante no Ribeirinha, (re)aquece os motores nos nostálgicos mas ritmados anos 80 na discoteca Swing.

IT´S TIME TO PARTY AGAIN

Quinta-feira 19 Abril mais um evento aqui do je que promete fazer furor. Um Ribeirinha new look recebe a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Bebidas a partir de 1 euro e dj Rodri na cabine são alguns dos factores+ da noche. Portanto não percas uma das últimas grandes noites académicas antes da Queima das Fitas 2007.

DIZEM QUE SÃO UMA ESPÉCIE DE CÂMARA

A câmara municipal de Lisboa suprendeu o pais com uma resposta pronta, funcional e determinada à colocação do cartaz humoristico - de "contra resposta" - dos Gato Fedorento à extrema e saudosista extrema-direita tuga. Num acesso de brio e cumprimento escrupuloso (ou sem escrúpulos...) da lei, chegou, multou e limpou sem dó nem piedade os nossos (sem aspas...) Gatos. Pena que na realidade da práxis quotidiana da capital portuguesa as coisas não funcionem exactamente assim. Entre demissões e acusações, entre polémicas passíveis de qualquer pais terceiro mundista, a maior cidade da lusitânia segue sem timoneiro na nau e, mais grave, com o barco medieval a afundar-se rapidamente rumo a qualquer iceberg movediço, qual saga do Titanic (pretensamente) indestrutível.

Circo Mediático

A libertação dos quinze marinheiros Britânicos capturados em águas turvas no Golfo Pérsico, revestiu-se de um circo mediático triplo fruto dos tempos em que vivemos. A propaganda, tipica de regimes opressivos, feita pelo governo iraniano foi ofuscada pela contra propaganda dos Politicos da Old Albion e pela veia comercial - rapidamente adquirida - pelos marinheiros ingleses, ansiosos por (re)vender a sua história aos tablóides e televisões. Mundo sem dó nem piedade da verdade factual em que o circo mediático dorme pacificamente com os intereses dúbios de governos. A linha entre o eixo do bem e do mal já não existe, estando tristemente confinada à memória descritiva e critica do eu individual.

A trapalhada da Independente

Começou pela aprovação apressada no reinado Laranja. Agonizou lentamente com a condescendência Rosa e agora morreu com uma estocada mal dada e que somente prejudica os alunos da Universidade Independente. Uma saga que não deve ser esquecida como um exemplo de uma má politica de educação reinante quer no ensino público quer no ensino privado. E já agora uma pergunta : A culpa morre solteira e envergonhada?