domingo, outubro 24, 2010
Orçamentos e Cª
A polémica à volta da (não) aprovação do orçamento já começa a meter "caganeira mental" a todos nós.
Que o pais está fucked já nós sabemos. Que os políticos não tem "mão nisto" também já nós intuímos há muito. Agora que nos queiram fazer passar por atrasadinhos mentais, e nos façam "comer" a (falsa) imagem de uma preocupação colectivista da esquerda à direita, e que ainda possam reverter com o estado desta treta toda...
quarta-feira, outubro 20, 2010
(a) Live and Kicking
É um facto: Entramos neste mundo a lutar ferozes e a berrar plenos no alto do nosso gemido infantil pós uterino. É (mais) um facto: Saimos da teia da novela da vida mansos e subsmissos com a (in)certeza de alguma missão bem ou mal cumprida na trama (tramada) da novela universal.
Marionetas de um deus maior ou de uma força cósmica. Seres animais na escala de Darwin? Não sabemos, não descortinamos o fumo branco que nos ditará a solução mágica que restringe (ou reforça) a nossa força de lutar ou aguça a positividade que antecede os grandes desafios por conquistar.
É um facto: Acordo de manhã com o sol a esbater nas aberturas ovais das persianas e ouço as gaivotas a esgrimir os primeiros ruídos do dia que amanhece para (também) lutar no auge que rompe do obscuro para o branco de clarão imenso.
Mais um facto: Acordo, penso em todos aqueles que amo. Acendo o primeiro cigarro do dia, relaxo na imensidão de pensamentos. Sorrio ao constatar que o ódio nunca tomou conta de mim. Que a inveja não me varreu a mente ou que a ambição nunca me destravou o juízo.
Saio para o desafio da vida, fecho a porta a sete chaves bem medidas; tropeço na entrada em merda do cão do vizinho. Grito um "oda-se"(com "efe" maiúsculo) e tenho um mau mas inofensivo pensamento. Afinal sou tão humano como o cão do vizinho, como o vizinho que fala como um cão danado e como a multidão que uiva no luar do dia os anseios e medos que nos fustigam a todos.
Sigo vivendo numa altura bem positiva de minha vida. Tão somente: Live and Kicking...
domingo, outubro 17, 2010
Positividade(s)
A semana é derramada após mais uma final de semana retemperador e confortável. Projectos na forja, alimentados pelos estímulos do nosso jogo d'afectos restrito. Telefonemas encorajadores na óptica pessoal e profissional. Escrevo de forma telegráfica no inicio de uma noite (quase) de verão.
A idade vais-nos ensinando a absorver tudo o que a vida nos dá de forma bem natural e positiva. Afinal, tão somente, a segurança de quem somos, para onde caminhamos e aquele grupo restrito de pessoas pelo qual vale a pena lutar sem tréguas.
Soneto (quase) Inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
Tão actual em 1969, como hoje...
E depois (ainda) dizem que a tradição já não é o que era…
sexta-feira, outubro 15, 2010
"Fornicagem"
Semanas últimas a passarem rápido. Sempre "algo" por fazer. Corro contra o relógio e tento (consigo) colocar a "pintura" final em todas as plataformas sociais da Alliance.
(Alguma "fornicagem" por ter falhado nos prazos inicialmente acordados).
No entanto, por vezes, mesmo a vida de um assessor de comunicação não é "mansa" nem "mole": Apenas diferente no "sumo" do conteúdo produzido. Executar custa e cansa. Pensar (para executar) desgasta e mói. Agora pensem: Os dois factores aliados...
Fés & Anseios
Amanhã o dia amanhece com a incerteza de uma operação delicada envolvendo uma amiga a 300 km de distância. Pensamentos, fés, bruxarias brancas e desejos de melhoras rápidas mudam-se para a capital do império.
Mais próximo (geograficamente) de mim uma amiga (escorpiana) atravessa uma altura complicada após uma tragédia (também) ainda recente, complementada por mais uma barreira ainda resolvível. Na medida do possível tento apoiar, incentivar e acarinhar da melhor forma devida que a amizade merece.
Por vezes pensamos em demasia nas facturas que iremos um dia cobrar, na permuta de uma amizade que queremos sempre correspondida nos nossos parâmetros.
Continuo a achar que o acto de afectividade madura em nós mesmos passa por darmos tranquilamente, esperando que num tropeção (nosso) uma mão nos seja também estendida. A vida é dar e receber. Por vezes damos às cegas, e recebemos também dádivas dos pontos mais inesperados.
Às vezes fodemo-nos, outras vezes jubilamos no apogeu que a amizade e o amor nos amarram. Sou feliz, mesmo na hora em que o mundo quebra e a nossa mente vacila. Sou feliz na hora em que me reencontro comigo mesmo...
segunda-feira, outubro 11, 2010
Futebol (in) Tugolândia
Substituição de Queiroz por Bento, e, qual milagre da reincarnação d'alma, eis que a selecção das Quinas renasce e encava (do verbo f...ornicar) os toscos Dinamarqueses com 3 golos de recorte, toque e classe. Na lógica puramente tuga, obviamente que passamos do "8 ao 80"; os jogadores de "bestas a bestiais" e Bento renasce após um ano de exilio, como um treinador de sucesso e de toque messiânico dourado.
Mourinho ajuda na festa da fé, e entesa (do verbo...moralizar) o moral do povo, do povão e do povinho, ao abrir carta pública à fé de todos nós. Afinal o nosso triste fado (ainda) pode ser revertido. Tudo uma questão de crença fanática e de ausência daquele raciocinio frio e dogmático, que nos impede muitas vezes do sonhar com o passo "mais além"...
Por Aqui...
Por aqui tudo bem. A vida corre rápida e escorre na velocidade sob a qual (nem) sentimos passar o relógio temporal implacável. Linhas camufladas e justificativas para 2 semanas em que os posts são actualizados somente "à semana" aproveitando as pausas (poucas) que os projectos (muitos...) dão.
O resto do tempo passado na correria de jantares e cafés no mel da afectividade universal; entre telefonemas longos para pontos de carinho vários; bem como aproveitando algumas horas para a vingança do corpo resequido por "coças" sistemáticas da roda que gira a vida nos seus variados sentidos.
Confesso-vos: Curando uma gripe fornicadamente chata, meti "baixa" neste Domingo para a sorna de sofá e café morno com amigos apenas quando a noite caiu. No escuro revejo os pormenores de mais uma nova assessoria; bem como envio para Paris (arredores) um e-mail de resposta a um casal fantástico que continua a morar no meu coração de amizade.
domingo, outubro 03, 2010
sábado, outubro 02, 2010
Back Stage (2)
Bastidores na SIC, com conversa de 45 minutos com o alpinista João Garcia. Tocante perceber que os grandes homens são de uma simplicidade estonteante e que promovem espontaneamente momentos intensos na sua simplicidade de actos.
Natural, a conversa destilar fluida em redor da Alice, e o apontar de caso (diferente) de autismo do pequeno Joãozinho (filho de amigos do João Garcia); promovendo uma partilha de opiniões simples e descontraida.
Ponto Comum no final de partilha positiva: Esta pais está uma merda cagante no que concerne a apoios para causas várias...
Back Stage (1)
Semana desgastante (mas positiva) com ida a Lisboa ao programa da SIC "Boa Tarde". A razão essencial: O apresentar do caso da pequena-grande Alice. 7 anos de luta contra o estigma social, económico e patológico da paralisia cerebral.
Chegada a Lisboa dentro dos timings acordados com a Sandra Cadeirinho e Rita Nunes. 1º telefonema de boas vindas à capital, e refeição calma no Santa Maria já em Carnaxide profunda. Confesso-vos...estou "apaixonado" pela Alice e seus pais. Exemplos de vida, de luta, de alegria.
Chego ao Porto a altas horas, mas com a sensação do dever cumprido. Agora...lutar pelos 35 mil euros que a "minha" Alice precisa para tratamentos nos States, Já não tem a ver somente com a minha postura profissional de assessor. Agora a "coisa" virou também para o lado pessoal do jogo d'afectos. Eu gosto asssim...
terça-feira, setembro 28, 2010
Nas Asas (de um sonho)
Acordas. Sais da cama mais uma vez a lutar contra o relógio. Frases curtas na tua mente. Vestes a primeira roupa - escolhida na véspera- que te aparece em frente do espelho mental. Bebes, já na imensidão das ruelas do dia a dia, um café acastanhado com os condimentos do positivo que escorre de ti.
Nada te desarma, nada te detém. Sentes no cheiro do amanhecer que estás naquela recta de vida em que nada (absolutamente) te pode correr (relativamente) mal. Mesmo nos tropeções notas a porta da janela da solução de uma saida (entrada) ainda com maior convicção moral e prática. Sentes-te (erradamente) invensível; no entanto em ti escorre aquela adrenalina pura que te faz correr motivado e sorrir por motivos aparentemente banais.
Existem alturas assim...em que nada mas nada pode correr mal...basta cheirar o que vem dentro de ti e romper no desafio de cada dia que te ameaça desafiador...
Religião
Jesus (Jorge) diz que o Benfica é uma religião. Marx (Karl) afirmava que o futebol era o ópio do povo. Carlos Cruz e Companhia praticavam o "ajoelhou...rezou". Sócrates (José) e Passos Coelho (Pedro) ramificam a velha religião cristã do Mar Morto onde o aramaico linguistico é bocejante e intragável para o comum mortal.
Deus, lá em cima, ri-se da religiosidade dúbia dos terrenos. Religião...Religiões. Na fé do destino incerto e na procura de dogmas para nos salvarmos das broncas destes falsos messias do burgo do globo azul, tendencialmente pincelado a tons de cinzentão carregado.
No inferno o Diabo não dorme e carrega a fornalha de combustível para clientes novos com nomes conhecidos e ao alcance da teia mediática dos terrenos de carne, sedentos afinal da redenção d'alma. Vai ser irónico, um dia, o mais feroz dos pecadores anónimos (todos nós em potência) arder na mesma fogueira de banalidades de Bush, Bin Laden, Hitler; Salazar ou Estaline...
Stay Tuned...
Your gonna to burn this club to the ground...in a 70's 80's and 90's way...7 dezembro Forever Young de regresso ao Club Bela Cruz...stay tuned...uma assessoria plataformas sociais & internet broadcasting by paulo correia comunicação global...www.paulocorreia.org
domingo, setembro 26, 2010
Copy & Paste
um homem da esquerda
o jogador encarnado fábio coentrão está de novo a fazer uma excelente época, desta vez desempenhando funções mais à frente, como médio ala.
nascido nas 'caxinas' - pequena terra de pescadores que deu à vida nomes sonantes para o futebol como os de paulinho santos e helder postiga - o raçudo jogador atingiu o ponto mais alto da sua carreira no último mundial, na 'áfrica do sul', onde figurou na galeria dos notáveis ao lado dos espanhóis xavi e iniesta ou do 'alemão' mesut oezil, entre outros, nos destaques individuais da 'fifa'.
extremo há dois anos, lateral na época passada, médio hoje.
locais espacialmente diferentes exigindo rotinas diferentes.
penso que no caso não existirá problema. a versatilidade e sobretudo a disponibilidade que revela para jogar onde lhe mandam, como ele próprio o diz, ajudará paulo bento a recolocá-lo a defesa-esquerdo, lugar que é indiscutivelmente seu na nossa selecção.
fábio coentrão é neste momento, e graças a jorge jesus, um homem para servir o futebol português, no clube ou na selecção, em qualquer lugar do corredor esquerdo: da defesa à ala, seja a médio ou a extremo.
Com a devida vénia do Blogue do meu conterrâneo António Boronha
26
Dia especial, impregnado com a nostalgia do 61º aniversário de minha mãe ser festejado - mais uma vez - com cerca de 650 km fisicos de separação sempre um pouco dolorosae de dificil digestão nos sentimentos escorridos.
No entanto, a doçura tranquila de, quer eu quer a minha guerreira maternal, estarmos a atravessar uma fase assaz positiva de novos ventos e desafios faz soar forte o positivismo. A minha mãe com a brisa suave da reforma merecida após mais de 40 anos de trabalho em prol (os últimos 24) das crianças e suas causas nobres e muitas vezes dramáticas.
Eu...com vento forte pelas costas e - ironia positiva - a agarrar desafios laborais; em que num dos casos a palavra "Criança" surge como causa de força, vontades e afectos forte; o que conduz a uma motivação extra adicional.
Em suma: Dona Virginia...minha mãe, minha melhor amiga e confidente...hoje - como sempre - o meu pensamento e amor voa para ti...forte...muito forte...
segunda-feira, setembro 20, 2010
O Amanhecer
Naquelas noites em que é preciso dar mais uma "sapatada" em algumas avenças de comunicação que desenvolvo, perco a noção das horas e derramo trabalho solto até madrugada alta. Dou pelo passar do tempo com o dia a aclarar entre as aberturas das persianas; criando o contraste que divide a noite a desaguar nos primeiros pingos do dia.
Ritual de sempre, um cigarro fumegante com um chá calmo e pensativo; gravitando pensamentos, (re)ordenando emoções. Dou por mim (em mim mesmo) a pensar em muita coisa, em muitas pessoas e lugares escondidos somente na minha memória privada.
Perdemos tanto e ganhamos tanto no caminho da vida...
Ciganos vs Politicos
Com o desenrolar da minha vida profissional em cadência agitada desde que cheguei de férias, tem existido algumas intermitências no contexto espacio-temporal neste blogue. Por vezes temas importantes que registo mentalmente durante o dia ficam "esquecidos" por alguma falta de tempo aliado a um cansaço em que o corpo e a alma pedem descanso dos ossos fisicos e mentais resequidos durante a jorna laboral.
Tudo "isto" a propósito da polémica extradição de mais de 3000 mil pessoas da etnia cigana lá para os lados da França. Irónico os "francius" esquecerem que no pós II Guerra Mundial, foram os "noir" e "castanhos" dos povos do magreb outrora francês que reconstruiram a dilacerada França Gaulista.
Esquecem-se também deliberadamente que os tugas de cá constituiram também força laboral importante a partir da década de 60, precisando de esperar pacientemente décadas para deixarem de ser reconhecidos como apenas cidadãos de segunda categoria.
Agora again a memória vai curta novamente e toca a extraditar por crimes maiores e menores (e não crimes também...) ciganos para os seus pontos de origem. Uma perguntinha: E os francêses espalhados pelo mundo...gostaria o seu governo que fossem tratados assim?!
Vermelho...Vermelhão
Finalmente o "meu" Benfica arrancou uma exibição (mais) consistente e sólida; e logo contra os velhos rivais "lagartos" dos lados dos viscondes de alvalade. Futebol mais corrido e mais fluido; maior frescura fisica e consistência técnica e táctica, foram mote(s) para vitória moralizadora.
No entanto este Porto do novato Vilas Boas parece estar embalado para uma época de pujança bem diferente da temporada transacta. Espero estar equivocado mas apesar desta vitória moralmente (mentalmente) de relevo, este benfica ainda não me encheu as medidas...
domingo, setembro 12, 2010
Tripas à Moda do Porto (IX)
O final de semana passou rápido de mais. Tempo de arrepiar caminho para mais uma semana de alta voltagem e de batalhas de aço e de sangue metafórico. Tudo se passa demasiadamente rápido nos dias de hoje. Corremos e Corremos. Muitas vezes perdemo-nos no caminho, para ter que tentar cortar entre atalhos que não nos levam a lado nenhum.
Rapidamente voltar à estrada onde tudo se passa. Olho no Olho...
Tripas à Moda do Porto (VIII)
Duro e doloroso ter visto a minha tia de rastos, sem reacção; inerte na dor da perda. Lembro-me de alguns casos ainda bem recentes de pessoas que também respeito e estão gravadas em mim. Voa o pensamento para as derivações das partidas que a vida nos prega deixando-nos que nem cães vadios à procura de comida espiritual em qualquer balde do lixo existencial de uma esquina perdida.
Relembro rapidamente que a vida e seus obstáculos são a prova suprema de que para sermos pessoas melhores, temos - inevitavelmente - de saber tirar partido de momentos de ruptura e de dor para nos reconstruirmos na essência do que somos: Sem amarguras, sem expiar culpas para os que nos rodeiam; enfrentando as nossas insuficiências tão humanas, tão mundanas...
Tripas à Moda do Porto VII
Fumo o último cigarro antes de entrar no restaurante movimentado. Bem perto serve-se uma sopa pra os pobres com uma pequena multidão a clamar pão. Paro um pouco para pensar no estado miserável a que chegámos. De certa forma um cúmulo juridico de pobreza arrebatada ao cubo...
Fizemo-nos Homens...
Final de semana dividido entre jantares e copos escorridos em conversas variadas e sem "ordem de trabalhos" definida. Na sexta tudo foi destilado pela zona da Arca de Água com jantar de final de curso bem regado nas asas do verde vinho de baco e conversa até horas proibitivas em bancos de jardim gastos mas parecendo ganhar nova vida pelo fluir das palavras num grupo de 10.
Sábado marcado por um funeral madrugador, e uma tarde passada em Leça na companhia de 2 pessoas que me deram muito no meu trajecto enquanto homem e ser humano. Depois de (tentar) apoiar e minimizar uma perda já esperada mas sempre traumática; jantar na baixa para o aniversário do "Ice", e reunir afectos e cumplicidades com cerca de 30 vozes que não ouvia há algum tempo.
Viragem para a rua do Breyner e esplanada sugestiva com palmeira gigante e empregados fora de tempo e má memória no anotar de pedidos. Velhas histórias de velhas guerras e velhas lutas na ribeira do Porto, nos anos da irreverência (pessoal e profissional) que nos deram a escola e sensibilidade para hoje sermos talvez menos dramáticos nas dificuldades e sabermos ultrapassar as pedras de caminho.
Sempre bom revêr o Marocas, Alda, Cláudia, Miguel Meskita, Nelson Araújo (o aniversariante); Pedro e outros tantos que me acompanharam - acompanham - na vida e suas histórias. Nós vivemos o que mais ninguém viveu, lutámos, ganhámos e perdemos: Tornámo-nos Homens. Ponto.
quinta-feira, setembro 09, 2010
Nada...Tudo...
Diz a lenda que quando Balian entregou Jerusalém aos muçulmanos comandados por Saladino, perguntou a este o que a mitica cidade representava para ele. Fechando os punhos negros do deserto, Saladino respondeu convictamente: "Nada...Tudo".
A história é validada por lendas filosóficas, heróis improváveis e mitos ora de medo, ora de energia regeneradora. Tudo "isto" para ilustrar o cenário da vida de todos nós: Temos a puta da mania de não ter nunca "nada", quando muitos vezes o "tudo" está distância de um pensamento positivo, de uma força interior ou mesmo de um acto banal de carinho avassalador na simplicidade constitutiva dos momentos que marcam e (de)marcam.
Afinal somos todos tão somente humanos inacabados na multiplicidade das teias dos jogos de afectos que estabelecemos, nos sonhos adiados, nas batalhas conquistadas ou nas prisões de medos tão antigos como nós mesmos.
Respirar fundo, mergulhar na imensidão consciente de que somos um só inserido num todo, prova-nos factualmente que "a vida merece ser vivida, a morte merece ser esquecida". Frase final, plágio dos grandes lutadores de rua do rock tuga Xutos e Pontapés...
quarta-feira, setembro 08, 2010
Rapidinha
A semana tem vertido rápida. Ritmos alucinantes com resultados positivos e em crescendo. As frases saem sentidas mas curtas, fruto (talvez) de um corpo resequido e neurónios fritos na brandura forte do fogo do dia a dia profissional.
Alinho os pontos mais relevantes para a manhã do amanhã; viro na esquina do pensamento e corporizo no papel gasto e sujo de manchas de café seco, as linhas pelas quais me procurarei guiar. Como em todos os planos "perfeitos" o tiro sairá pela culatra, e o improviso competitivo ditará as suas leis.
À Tangente...
As autoridades iranianas suspenderam a execução por apedrejamento da mulher condenada por adultério, após várias reacções e manifestações a nível mundial.
"O veredicto sobre os casos extraconjugais parou e está a ser reanalisado", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin Mehmanparast, à televisão estatal iraniana Press TV.
A declaração surge um dia depois do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ter considerado a sentença de Sakineh Mohammadi Ashtiani um acto bárbaro, e após uma onda de críticas a nível mundial.
Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada por adultério em 2006 e foi também acusada de envolvimento no assassinato do marido, o que lhe poderá valer uma pena de prisão de 15 anos, segundo um advogado citado pela Agência Reuters.
Cit in Jornal Noticias
segunda-feira, setembro 06, 2010
Lágrimas d'Chuva
Primeiros ameaços de chuva a sério pela Invicta. Nostalgia no ar pesado e nas nuvens passageiras que dançam no céu de final de tarde numa esplanada na baixa. Alguma nostalgia se apega aos despegamentos da memória sensitiva.
Viajo ao som do silêncio único que percorre a minha mente. Recalibro o rumo e por momentos esqueço-me, ausento-me. Parto-me em dois para voltar a ser um ser por inteiro num final de tarde em que o verão parece querer partir com o colorido garrido e positivo, dando o triunfo ao cinzento do preto general inverno.
No Chile 33 mineiros - heróis - lutam pela vida abaixo do limite do sonho: No limiar da profundidade do pesadelo cavernoso. Acho - penso - que na Somália deve ter morrido um milhar de crianças colectivas, no meio da fome sem sabor e dos exércitos das fileiras feudais de um qualquer senhor da guerra.
Em Portugal - gravito - milhares choram de barriga cheia; milhões de caneca vazia e estomâgo aziago. Na minha esplanada de final de dia, isolo-me no meu mundo paralelo, sem perder a noção do (i)real da estrada da vida. Penso, sonho, fujo e arrepio caminhos positivos das (nas) memórias de todos nós.
Acordo...pego na minha positividade habitual e, entre as dores de parto, rasgo o horizonte avistando o amanhã como âncora de partida para mais uma batalha a travar. Ganhando ou perdendo, a "tusa" está no combate árduo...
sábado, setembro 04, 2010
4-4 (ou "não gozem com a malta")
Escrevo estas linhas na tessaca do day after do vergonhoso empate de Portugal com a modesta selecção do Chipre. Má exibição, divórcio do público relativamente à equipa das quinas e um ambiente insustentável no seio da estrutura federativa, são alguns dos pontos a meditar e analisar profundamente.
Com Madail e Queiroz "não vamos lá". Com uma má estrutura de futebol de formação e com as equipas do campeonato tuga a irem buscar estrangeiros por atacado; também não me parece que o futuro tenha algo de belo e cintilante.
Trocando por miúdos:
1) Novo presidente da FPF (fala-se em Vitor Baia ou Fernando Seara...mais uma estupidificante guerra "Norte vs Sul"...).
2) Novo seleccionador nacional (Queiroz chegou ao fim da linha...).
3) Reformatação dos modelos competitivos e de gestão técnica dos escalões de formação nacionais.
4) Debate profundo entre os agentes desportivos do futebol em Portugal.
Mas "isto" é apenas um simples adepto de bancada a falar...
sexta-feira, setembro 03, 2010
quarta-feira, setembro 01, 2010
Poema Colectivo
um beijo
no centro
do coração
e que a voz
se erga
pulando a cerca da noite
em balidos de veludo
despertando sobre a areia
no aroma da aurora
um beijo
um beijo ao lado do coração
para depois o agarrar
na noite perdida e achada
sem nunca a voz derrubar
da boca nasce então um grito
nas mãos
cravos vermelhos
no coração
amor novo
nascido na madrugada
que aqui não chegou
Poema Completo Aqui
O Mundo de Obama
Fui um daqueles cidadãos anónimos que, como um pouco por todo o mundo, exultei de forma energética com a eleição de Obama para o assento maior do poder global da politica internacional. Com a consequente eleição do afro americano nos States, o fogo crescente da esperança pareceu contagiar o mundo de luz e positividade reforçada no desespero de uma crise aguda e sem precedentes.
É este "mundo de Obama" mais justo? Mais equilibrado? Com menos tensões geo politicas? A resposta surge com um Não contudente. O terrorismo continua em alta espiral de matança. A economia tarda a estabilizar. Milhões de seres humanos continuam a viver no limiar da pobreza (com menos de 1 euro per capita por dia).
Todos nós precisamos de mitos, de super heróis, de referências holisticas que nos façam (continuar) sonhar e nas horas dos maiores medos e receios, nos instiguem a seguir na frente de combate pura e dura. Para mim Obama continua a representar uma voz de esperança e de ruptura com um passado recente; no entanto cabe-nos a todos nós separar os mitos da realidade do terreno do dia a dia. Sem parar nunca de sonhar.
Justiça Poética
Os acontecimentos laborais que tem rodeado o último mês temporal da minha vida (anterior às minhas férias) fazem-me pensar nos principios e lógicas de vida que, no eu individual, todos nós possuimos. De certa forma falo da denominada "estaleca", termo de calão popular utilizado - praticado - um pouco por todos nós.
Tento pautar a minha vida laboral (e pessoal) por principios de não agressão e, essencialmente, preocupar-me mais com o que posso render e fazer profissionalmente do que destilar fel de invejas a terceiros; por vezes figuras invejosas e com maldade pérfida dentro de si; neste competitivo mundo cão laboral.
Recordo as palavras da minha mãe ao me dizer - no meio de processos de dificuldades várias - que tudo a seu tempo é recolocado na escala das verdades e mais valias que por vezes alguns tendem a nos querer roubar e consequentemente prejudicar.
Tudo "isto" a propósito de um período laboral fértil em encaixes positivos e reconhecimentos de algumas das competências que julgo, sem falsas modéstias, possuir.
Verifico também com alguma pena a queda de alguns pseudo impérios de papel e das personagens constituintes. Constato tal desiderato com pena e lástima. Tento aprender todos os dias um pouquinho mais, de forma serena, espontânea e natural. Sem atropelar ninguém, que não sou dado a acidentes rodoviários...
Post Scriptum: A partir de amanhã poderão visualizar, a nível de divulgação, alguns destes novos desafios na área da comunicação, bem como algumas nuances e caminhos na componente de formação profissional e ensino.
Como sempre...stay tuned...
segunda-feira, agosto 30, 2010
Bad Media/Good Media
Ao preparar o trabalho de final de curso, a ser apresentado amanhã/hoje, no Instituto de Artes e Ciências, revejo continuamente o tema escolhido: "Marketing e Marketings - O papel das redes sociais".
Actualmente com o fluir de plataformas difusoras vastas, todos nós temos direito aos apregoados 15 minutos de fama de que Andy Warhol falava há não muitos anos atrás. Não somos somente o produto dos media globais que nos rodeiam e nos fornecem informação "fria"; mas possuimos as armas para sermos nós mesmos produtores de informação activa e opinião reactiva de intervenção rápida e vasta, difundida à escala universal.
A noticia factual e "parada", deu lugar aos parâmetros da reacção, da criação e veia interventiva. Nem sempre bem, nem sempre estruturada da melhor forma do conteúdo, mas, mesmo assim, uma via incontornável. Um caminho imparável com "prós" e "contras". Afinal, somos tão e somente humanos imperfeitos, mesmo ao clique de uma opinião ou noticia produzida e factualizada (ou não...).
domingo, agosto 29, 2010
Crónicas de Verão (V)
Acabo estas crónicas - fragmentos - de verão já com a nostalgia que dita o novo rumar a norte para mais uns meses de labuta forte. Curioso o destilar de telefonemas de amigos: A Sul já o cheiro das despedidas camufladas e sempre disfarçadas com um até já forte e sentido. A Norte o positivismo do mel da amizade de quem deseja o meu retorno para jantares e encontros de "coisa nenhuma", onde a conversa surge sempre fluida e sem rumo definido.
Penso, que, apesar de todas as dificuldades deste ano, sou um homem com sorte. Às vezes não damos conta dos neutrões positivos que constituem a nossa vida. Dos jogos de afectos, das afinidades e caminhos cruzados com pessoas que nos querem e desejam bem.
Por vezes isolamo-nos na esfera dos nossos receios, na capa das nossas defesas; no elixir que (aparentemente) nos protege e nos parece revigorar. Temos de assumir de uma vez por todas que a capa dos nossos medos é o inimigo principal da amálgama que pode constituir a nossa felicidade futura.
Crónicas de Verão (IV)
A noite Algarvia continua com o pulsar próprio que marcou a minha cadência de muitos anos. Os grupos juntam-se agora nas esplanadas junto ao centro histórico, ao contrário de tempos já mortos, arrebatando em crescente a lua e rumando para pontos vários em todo o Algarve.
Agora o tempo - para mim - é constituído tendencialmente pelos reencontros de verão com "manadas" de amigos. A ansiedade de outros tempos, é marcada agora pelo relax de um convivio sem as pressões teen dos sitios da moda e dos pontos de encontro inerentes à ansiedade que a idade ditava.
Nas ruas dos bares, sinto a falta do Morbidus, do Chaplin ou da discoteca Olimpus. Na Rua de Santo António, a emblemática Bijou é substituida por uma qualquer loja fashion e sem muito conteúdo. A história de cada um de nós é efectivada - validada - também pela temporização que dita modas e alterações "ambientais".
Crónicas de Verão (III)
As férias são para mim a altura devida para fazer as pazes com os deuses da literatura universal. Devoro nos areais algarvios autores vários, seguindo a moleza lenta que as férias ditam e ordenam.
A média de um livro de 150 páginas por dia, parece-me o ritmo escorreito e fluido que me realiza e suaviza os neurónios - queimados - após mais um ano de lutas. Intervalo as metáforas literárias com um mergulho no mar Algarvio e braçadas vigorosas. Relaxo, flutuando no mar limpído e nú.
sexta-feira, agosto 27, 2010
Crónicas de Verão (II)
Dia de partilha de Afectos em familia. Após manhã na praia (antecedida de noite entre amigos), sardinhada em familia. Copos destilados ao sabor do tinto alentejano, peixe tostado no sabor apetitoso ditado pela temperatura mediterânica, que faz o pescado Algarvio ter o flavour adequado e (quase) imbatível.
Meu pai, meu tio e eu (pausa entre homens): Vagueamos nas memórias de quem já não está, recordamos com nostalgia tranquila os tempos que já passaram. As baterias em aberto no futuro. A preocupação (não) revelada do estado de saúde de meu tio e a doença maldita que o aflige. Mais um digestivo e o positivismo a imperar após momentos de pensamento solto em que o cinzento ganhou vulto.
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