Rasgo rumo à baixa do Porto, e deparo-me com o rosto da crise. O Via Catarina meio vazio, rostos fechados nas ruas esburacadas de obras de anos em Santa catarina e suas artérias disfusas mas belas. Paro na Igreja da Trindade e contemplo o role de sem abrigos a tostar lentamente num sol sem esperança. Rostos marcados pelo alcool, drogas e uma vida puta. Sigo pela Républica e a tradição de velhos e cartas enrugadas nos bancos de Jardim, mantém-se felizmente imaculada. Rodopio rumo à Lapa onde os putos traficam ganza às claras e continuam obtusos nos gostos sem gosto de moda estilo street-barrio. Sigo por Serpa Pinto, desço Monsanto rumo a um chá gelado e a um cigarro viciante. Há 3 dias decidi que ia tentar deixar de fumar : Passei da arte pensativa à prática dolorosa e consegui o milagre da redução...até quando?
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