sexta-feira, janeiro 30, 2009

Samba-Poeta

Tens, às vezes, o fogo soberano Do amor: encerras na cadência, acesa
Em requebros e encantos de impureza,
Todo o feitiço do pecado humano.
Mas, sobre essa volúpia, erra a tristeza
Dos desertos, das matas e do oceano:
Bárbara poracé, banzo africano,
E soluços de trova portuguesa.
És samba e jongo, xiba e fado, cujos Acordes são desejos e orfandades
De selvagens, cativos e marujos:
E em nostalgias e paixões consistes,Lasciva dor, beijo de três saudades,
Flor amorosa de três raças tristes.
O génio de Olavo Bilac à solta...

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