terça-feira, setembro 27, 2011

Na Luta (longos os dias...curtas as noites)

Na marra, ferro e fogo a latejar na pele e na alma. Dias longos,  com noites escorridas curtas e fugazes. Sem tempo (quase) para respirar. Longos são os dias de sol brilhante. Curtas as noites de fantasmas cinzentos. Frases curtas ditadas pelos instintos dos momentos.

Rezo aos deuses para que as runas da bonanza e boa fortuna continuem fortes e vigorosas. Acendo um cigarro e remato mais alguns textos para serem digeridos amanhã. Falta-me a força para uma escrita mais clara - hoje no amanhã penetrado - com o cansaço bem humorado a imperar.

Mais uma luta "cara na cara". Cada vez mais, assumindo o que sou e como sou. Na varanda um gato negro dita a boa sorte, após uma caçada furtiva às minhas plantas. Sorrio  e no meio do cansaço atendo mais um telefonema de "graxa" após o revelar de mais alguns projectos - trajectos - comunicacionais.

Penso que os amigos (falsos e verdadeiros) e inimigos aparecem sempre nas alturas mais positivas: Ora para apoiar sinceramente, ora para engraxar para tentarem ganhar "pontos"; ou - no caso dos inimigos de "estimação" - para tentarem derramar fel no...mel...

Rio-me um pouco da ironia da vida: O circo, os anões (e "anoas") e os palhaços que impregnam a nossa (doce) ilusão. Seduzindo-nos para o abismo que a nossa boa fé (por vezes) conduz. Prisioneiros de seus dogmas, (quase) que nos arrastam para o cadafalso da guilhotina do nosso (des)contentamento.

Resistir é preciso. Amar é vital. Envolvermo-nos esencial. Crucial? Sermos nós próprios...mesmo contra os fantasmas dos outros que nos querem mascarar de travestis iguais a soma de seus medos e imperfeições: Uma forma de cuspir para "cima" e "atirar barro à parede"....

segunda-feira, setembro 26, 2011

Olha o...Colar...


Mãe

Dia de aniversário da minha MÃE. Pulvilhado pela nostalgia de 650 km a nos separarem e a imensa saudade que me invade no inicio de noite (ainda a trabalhar). Também a alegria imensa de ainda contar com a presença sempre presente (já sei fui redundante...) da mulher que me enche as medidas pelo seu amor universal e profundo.

Dia de alguma tristeza, de saudade imensa. Saudade imersa no mar de recordações que varrem o rio da minha memória. Dia em que a noite chega mansa mas profunda. Dia que queria estar bem perto da minha Dona Virginia; no alto do seu metro e 55. Parecendo ter sempre a resposta - atitude - calma de quem domina todas as questões existenciais da vida; mesmo quando a dúvida também assola e consome.

Alegre mas triste, qual saltimbanco de circo: Rindo por fora. Chorando por dentro. Hoje foi - é - assim. Dia de santas alegrias e algumas tristezas. Amanhã - hoje - a sensação normal que o AMOR  que tudo vence e que me "obriga" a esta mistura agridoce de sentimentos.

Bebo um copo de vinho, imaginando que estou perante a minha princesa. Sorrio, perante a tentativa fútil dum cenário - hoje - não real. À minha MÃE. Sorrio na face. Choro por dentro. Brindo à vida e ao AMOR. Nunca?!Sempre!

domingo, setembro 25, 2011

Ribera es Biba

Com o novo grupo "facebokiano" da Santíssima Trindade, oportunidade de rever fotos, vídeos há muito guardados no album (não) virtual de memórias individuais e colectivas. Seis anos da minha vida em que as noites eram longas no meio de festas e eventos e os dias amanheciam selvagens e ainda com a carga da noite anterior.

Recordo-me que no período mencionado marquei e organizei mais de 1500(!!!) festas das cerca de 53 instituições existentes na área do grande Porto e afins. Não esqueci nomes, situações hilariantes, momentos menos bons e factos, que contados, resvalam para a imaginética de filmes de drama, comédia, humor negro, aventura ou qualquer outro género cinéfilo sem formatação e "cutes".

Parte do que sou hoje devo a esses anos loucos e doidos em que a lógica do "comer antes de ser comido" impunha pensamentos rápidos e decisões firmes. Guardo na mente o que aprendi, o que cresci e o que interiorizei acerca da bondade e maldade que constitui a amálgama de qualquer ser humano.

Afinal, como diz o velho ditado indio, "Em todos nós existe um cão bom e um cão mau; ganha a luta aquele que for melhor alimentado".

Filosofias à parte; sigam o link e divirtam-se na partilha de memórias e situações: http://www.facebook.com/groups/154325244653924/

sábado, setembro 24, 2011

Mistérios & Revelações

Dia que amanheceu com frio  ensolarado e café duplo para arrebitar - estimular - a adrenalina que entesa a produtividade que potencia os novos projectos e caminhos.

Reuniões sucessivas e lançamento  primário das estruturas comunicacionais da Sopro de Carinho Associação, em pleno coração da Invicta nas ruas fervilhantes de vida de Santa Catarina. Mistérios (em parte) revelados e revelações das runas que irão trilhar caminhos laborais nos próximos tempos.

A maturidade profissional e pessoal parecia já adivinhar alguns telefonemas mal explicados (intencionados) bem como tentativas vãs e infantis de saber "algo mais" sobre um projecto que me tem levado tempo longo no último mês e meio.

Quem me conhece bem, sabe que só revelo o que quero revelar na altura em que considero o timing adequado e justo. Um agradecimento especial, simples e sincero a todos aqueles que me tem apoiado nesta nova fase de ambições, desejos e desafios.


domingo, setembro 18, 2011

Retro Sexy


Cidade de Babel

Sempre me fascinou pousar as malas em destino incerto e descobrir por mim mesmo os cheiros, pulsões e ritmos próprios de qualquer cidade ou lugarejo perdido no mapa mundo global.

O Porto, pouso fixo de há vários anos, permite-me (ainda) a descoberta quase diária de novos ritmos e cheiros; a vantagem das vielas estreitas e acentuadas em que o livre arbítrio da escolha do caminho a tomar, revela-nos sempre novos sitios e pessoas.

Cheiro de bifanas logo pela manhã, antes de chegar a meu gabinete em plena rua de Santa Catarina, intercalado com pregões das bocas "picantes" das vendedoras de ocasião que já madrugam e vendem uma colecção de relógios e óculos de sol a roçar a perfeição de falsificações tendencialmente mais próximas do original.

Corto pela Igreja da Trindade e galgo passos pela rua "vermelha" (versão mini do "bairro vermelho" de Amsterdão), sabendo que a "torre de Babel" de prostitutas de várias nações vai se atravessar em meu caminho. 

Acendo um cigarro e faço um telefonema de ocasião; sei que basta um olhar de mera curiosidade para o que me rodeia (e logo eu que olho "olhos nos olhos" sempre...) e será a "morte" do artista para o desafio de frases açucaradas e propostas indecentes.

Quase que passo incólume na rua de apenas 100 metros; mas no final não resisto em olhar para trás e observar furtivamente as figuras femininas presentes na rua. Naturalmente, surgem as "bocas" e desafios. Sorrio educadamente e arrepio caminho até desaparecer na multidão que procura o primeiro café fumegante da - na - manhã já em pulmão da rua de Santa Catarina.

Dou valor a quem trabalha honestamente e não aos artistas que se gabam e pavoneiam sem nada produzir. Quer seja um lixeiro, padeiro, ou uma simples prostituta na torre de Babel que constitui o mundo. Por trás de cada rosto uma história, uma mágoa, uma dor, vários caminhos...

Bronca (na Madeira)

Não constitui surpresa as recentes manchetes bombásticas que dão conta da derrapagem (escondida durante anos) das contas da Madeira de Alberto João Jardim: O rei absoluto do desnorte despudorado dos ilhéus da tugolândia.

Num país onde a classe politica, corrupta e permissiva, marca pontos diariamente; eis que as reacções de timidez comprometida de Cavaco Silva e Passos Coelho somente (re)demonstram que o "rei" vai nu e que a falta de vergonha (e de atitudes) não conhece limites.

No seu trono do Funchal, Alberto João Jardim ri e sorri. Afinal o máximo que poderá acontecer ao ditador (eleito democraticamente frise-se...) da Madeira é uma multa de 25 mil euros...

País estranho este Portugal das Bananas e dos Bananas...

domingo, setembro 11, 2011

9/11

Lembro-me claramente onde estava no 11 de Setembro de 2001. Ainda ensonado, chegava a minha ex-faculdade para beber um café rápido com um dos meus melhores amigos. O café fugidio tornou-se num dia de emoções fortes em que fomos todos espectadores do rosto da besta da destruição e terror global colectivo.

Café após café, cigarro após cigarro; rapidamente nos apercebemos do drama e amplitude dum dos maiores happenings (real e mediático) do segundo milénio. Recordo-me de pensar nas mães que perderam os filhos, das mulheres que perderam os seus maridos; em suma: Do quebrar trágico de laços afectivos e efectivos.

Com uma década passada, nada ficou igual neste "mundo novo". Nada será igual quer para os que perderam subitamente elementos do seu jogo pessoal d'afectos, bem como para todos nós. Afinal somos no colectivo uma massa global (e globalizante) que sentiu na pele a impotência do terror potenciado no seu braço sanguinário mais maquiavélico.

Que os muertos "vayan con dios"; que os vivos nunca esqueçam e recordem o dia que mudou o mundo...o nosso mundo...

A Bela e o Sofá...


Educação e a Teoria do Caos

Sinceramente, este país cada vez mais parece um barco naufragado com rombos em demasia para continuar a navegar e chegar a porto seguro e sereno. Lendo as noticias dos últimos dias constato que o tema tabu da educação (o "outro" será a saúde...) tem "pano para mangas" neste inicio de ano lectivo.

Entre escolas sem condições para abrir, estabelecimentos encerrados definitivamente e falta de verbas para financiar a alimentação e manuais escolares dos mais carenciados, venha o diabo e escolha na lusitânia pátria um caminho e rumo que nos permita ter esperança nas crianças de hoje e futuros homens e mulheres do amanhã.

Um pais que forma "analfabrutos" ora não dando condições mínimas aos estudantes, ora facilitando a vida dos "putos" até ao 12º ano com o objectivo de preencher quotas e estatísticas da União Europeia. Começo a pensar que estamos, inevitavelmente, na mão tentacular do vento das vontades de políticos duvidosos e agentes da educação passivos e banais.


Em Familia

No global tenho uma relação bem sólida com a maioria da minha família de "carne". Respeito, carinho e consideração relativamente à minha pessoa, sentimentos ás vezes um pouco exagerados por ter sido o "nómada" da família e ter apostado tudo numa vida fora do meu Algarve de nascimento e ser o primeiro do clã a ter concluído um curso universitário.

No entanto, a 650 km de distância das minhas origens, criei necessariamente  uma segunda família, constituída pelos amigos imbuída na base de mel do conceito forte criado e necessário para suportar as "caganeiras mentais" do dia a dia. 

Hoje, entre marisco e bifanas divinais, com cerveja e vinho a compor o "retrato"; mais uma vez sorri para mim mesmo e vejo que na antecâmara dos nossos sucessos está a base do que "bebemos" dos que nos rodeiam...

segunda-feira, setembro 05, 2011

Par...

"Meio Cheio - Meio Vazio"

Final de tarde a fugir para o negro da noite. Observo o copo de vinho "meio cheio - meio vazio" e sorrio ao me recordar do meu "fetiche" de guardar religiosamente (dezenas) de rolhas de todas as garrafas abertas no meu confortável apartamento.

Cada rolha, representa um evento especial: Convívios entre amigos, jantares a 2 ou a antecedência de noites de paixão; sinónimos que afinal todos os objectos tem dentro de si uma história, um aroma, e um estilhaço de memória do que já foi.

Vagarosamente, encho o copo lânguido e retiro a rolha para os arquivos. Mais uma história, mais um pensamento, mais uma batalha a travar. Como na estrada da vida: "Meio Cheio - Meio Vazio". 

domingo, setembro 04, 2011

Desafios

Com o aproximar de 15 de Setembro, reformato documentos, preparo novos conceitos, desdobro-me em telefonemas aos "aliados do costume", e perco horas a "beber" da leitura alheia para sedimentar formatos para o novo projecto que me irá, certamente, preencher os próximos tempos na órbita profissional.

Ontem, após chá preto e reunião produtiva no Café Estoria (no Hotel Inter Continental no Centro do Porto), a convicção instintiva que a melhor opção foi tomada nesta fase de meu trajecto profissional. A segurança de muito trabalho para produzir de "raiz" e o desafio aliciante de equilibrar pesos com as diferentes avenças comunicacionais que possuo em mãos.

Como um pedreiro ou simples picheleiro, a aritmética dum profissional da comunicação passa pela inovação, criatividade, sedimentação de conceitos adquiridos em outros projectos e a tentativa - humilde mas não "pedante" - da confiança na ética e conteúdo técnico do nosso trabalho.

Confusos de me comparar a um pedreiro ou picheleiro?!Bem...quem me conhece sabe obviamente que não renego donde vim e, sobretudo, tenho a capacidade de procurar aprender com todos aqueles que interajo no mundo real. 

Um assessor "vive" também da imagem que constrói mas, no cerne da questão, do trabalho prático que produz: Com todos os amores e ódios (invejas) acumulados...

Pop-Art (by Bellini)


Feira de Custóias

Sábado à tarde tirado para, entre amigos, vagabundear pela popular feira de Custóias e sentir o cheiro a fritos, ouvir os pregões de venda e "sentir" o vasto diverso da multidão que dá colorido e conteúdo a uma das feiras mais populares da zona norte.

Adoro ouvir a "ladainha" dos ciganos a venderem o seu "peixe", e gosto de regatear e travar conhecimento com pessoas que nunca vi na vida: Entrar no seu mundo, vivenciar suas histórias e tentar sobreviver na arte - tentativa -  de (re)baixamento de preços de artigos vários.

Rapidamente fujo para a banca dos relógios de contrafacção (ou roubados), detendo-me num Armani (quase) perfeito na sua simplicidade de formato e linhas modernas e herméticas. Travo conhecimento com a cigana de serviço: 50 e tal anos, rosto bronzeado pelo sol forte e cicatriz profunda na face esquerda.

Começámos a licitação nos 35 euros, acabando o acordo, em 25 longos minutos, por 10 euros. Sorrateiramente, aceitando a verba acordada, chama-me "belo mas esquisito"; sorrio e arrepio caminho para a densidade da feira. Esperam-me mais vozes, cheiros e cores para percorrer. Tal como na vida: Caminhos por galgar.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Corte & Cortes

Confesso-vos: Estou quase a desistir de ler jornais e ver noticiários. Todos os dias as letras derramadas e as imagens em desfile televisivo falam da crise - puta real em forma de bête noir - e na sua influência "cientifica" - (tudo bem "explicadinho" claro está) na vida de todos nós.

Desde a teoria de como no Natal não iremos comer bacalhau mas sim atum, passando pelos preços (proibitivos) dos manuais escolares ou pelo aumento do desemprego para 2012. Sinceramente, se não fosse careca, ficaria diariamente com os cabelos em pé perante os cenários (reais) apresentados.

Todos nós sabemos, sentimos e respiramos a porra desta crise maldita e voraz, que dia após dia nos obriga (aos conscientes) a tentar reduzir custos e encontrar malabarismos para pudermos cumprir com as nossas obrigações (sejam elas quais forem) e mantermos  um nível de vida digno e com alguma qualidade.

Sempre apreciei as coisas simples (não confundir com banais...), mas nesta fase ainda mais reforço o gosto dum  copo de vinho entre amigos no final do dia em Santa Catarina, um café derramado sob a praia no sol de Matosinhos ou jantares com palavras ( e de preferência bom vinho tinto alentejano daqueles da promoção Pingo Doce...) destiladas até que o sono venha e as garrafas pinguem apenas miragens do liquido tragado pelas goelas sedentas de esperança para afugentar o fantasma da crise e reconstruir as teias do positivismo que devem pulvilhar a vida.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Loli(pops)


Bronca na Selecção

A recente polémica que levou ao abandono abrupto do conceituado Ricardo Carvalho da concentração da selecção tuga antes do confronto com o Chipre merece-me algumas (poucas) notas soltas.

Ontem ao estar na fila interminável do Pingo Doce, observei uma empregada de caixa a ser ironicamente (violentamente) agredida de forma verbal por um idiota que barafustava sobre o preço exorbitante dos pepinos; destilando fel sobre a pobre funcionária, como se dela viesse a lógica/directriz da marcação do preço proibitivo dos legumes mencionados.

A "coitada" (leia-se heroína) bem deve ter tido uma férrea vontade de abandonar o seu posto de trabalho ou responder à letra à besta que vociferava teorias várias sobre a lógica economicista do pepino. No entanto o valor de preservar o seu posto de trabalho, a sua ética e profissionalismo falaram, certamente, mais alto.

Tudo "isto" (afinal não foram tão poucas palavras...) para puxar as orelhas ao Ricardo Carvalho: Abandonou o seu posto de "trabalho", pela simples birra de não ser titular no confronto em solo Cipriota. 

Haja pachorra para entender as vedetas que ganham milhares de euros por mês; louvem-se as empregadas pacientes do Pingo Doce e critiquem-se os idiotas que julgam perceber de pepinos...

Céu d'Agosto

Final do dia com o céu a tomar cor e rumo invulgar. Pinceladas rosa como cenário teatral, nuvens carregadas de chuva a fazer amor com um arco íris sugestivo. Ao fundo - no fundo dos fundos - duas gaivotas voam em círculos perfeitos, ensaiando um voo picado sobre coisa nenhuma.

O sol ainda surge escondido, transmitindo  força de luz camuflada a um cenário surrealista mas belo na essência que "algo" existe lá fora além deste bailado mortal de corpos, desejos e invejas fúteis que nos percorrem nos dias terrenos da nossa existência mortal.

Contenho o desejo dum cigarro pecaminoso e calço as sapatilhas para arrepiar estrada e correr um pouco tendo o céu como guia e suporte dos meus pensamentos. Instintivamente, levanto novamente o olhar para o firmamento  e faço uma pausa antes da grande corrida. Um céu assim só pode intuir e adivinhar que algo de bom vem a caminho. De todos nós.


Diário dum Saltimbanco

Ouço Dido a cantar "Here With Me" e detenho-me no refrão "I Am What I Am". Recordo-me dos 18 anos em Faro no Algarve; qual saltimbanco de circo "emigrei"(com "i) para 5 anos em Matosinhos para viver um tempo único na faculdade onde cruzei experiências e passei mais tempo em camas alheias, serões em bares e discotecas do que propriamente em salas de aulas.

Não me arrependo. Bebi da escola da vida e cresci como pessoa; na retina deste texto mal pontuado, relembro-me das tardes passadas no bar da faculdade a ouvir acordes de guitarra e a discutir filosoficamente com os professores aos quais, de forma provocadora, faltava às aulas ou saia de "fininho" no intervalo das aulas massacrantes de 3 horas.

Lembro-me das batalhas associativas para a AA UFP em que combati com orgulho por causas que me pareceram justas e em que aprendi um pouco o valor do sacrifício e da força e fé para mover montanhas. Devo muito a todos aqueles que tocaram a minha vida nesse período.

Ainda não defini um lugar a que possa chamar "casa", mas, confesso, gosto do meu trajecto de saltimbanco itenerante: 18 anos em Faro, 5 em Matosinhos e (por agora) 11 no Porto. A vida tem a maravilha abençoada que, independentemente dos cenários, a partilha de experiências e recordações permitem-nos avançar rumo a novos desafios.

Dia 15 Setembro iniciarei um dos maiores desafios da minha carreira, e irei pensar em todos aqueles que passando na minha vida, contribuíram activamente para eu ser a pessoa que sou hoje. 

Em suma: Um nómada em crescimento, com o desafio do novo amanhecer a aparecer já ali...ao virar de qualquer esquina, seja em Faro, Matosinhos, Porto ou no canto mais improvável que a imaginação (desejo) possa materializar...