Por vezes uma noite de chuva frio e vento pertinente é a melhor conselheira para balanços e análises de expectativas futuras; ontem foi uma dessas noites suavemente pachorentas nas quais o comodismos do tempo contribui para a libertação da alma.
Algarvio orgulhoso, eu e a Invicta aceitámo-nos há já 13 outonos; relação no inicio assaz dificil, deu lugar a uma estranha atracção que desaguou num amor tranquilo mas forte, ainda com laivos da paixão inicial. O outono descobre no rosto dos caloiros recém chegados o mesmo medo, o mesmo anseio e a vergonha de quase existir que eu possuia ao chegar ao Porto com 18 anos; fase da rebeldia arrogante e excessiva por vezes; mas também dos medos hiperbolizados e dos fantasmas por combater.
13 anos de luta de descoberta de sonhos e barreiras transpostas; sempre a lutar, fases cadentes, estrelas decadentes mas também muitos arco-iris e sonhos começados a conquistar...esta noite dormi que nem um bébé, embalado nas asas do sonho...sonhei que tinha 18 anos, corria o ano de 93 e o Porto cheirava a chuva e a alegre desejo de descoberta...
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