quarta-feira, março 29, 2023
Spring & Sun
sexta-feira, março 24, 2023
Pais com Humanidade (on Father´s Day)
quinta-feira, março 23, 2023
World Music (made in Portugal)
Fomos ao Super Bock Arena ver a excelente Ana Moura .
Entre a essência do fado, intercalada com kizombas e sembas,em suma a mescla da world music que nos une a todos.
Um espectáculo com a presença especial do magnífico Paulo Flores e com o toque de Midas também de músicos e bailarinos de eleição.
Um tributo de 8500 pessoas a uma voz única no panorama musical made in tugolândia.
segunda-feira, março 06, 2023
"Do Baú" (de memórias)
sexta-feira, fevereiro 24, 2023
Os Filhos do Sangue
Lembro me como se fosse ontem que a 24 estava a jantar entre amigos na Ribeira do Porto, saboreando uma vitela no tacho a derreter languidamente na boca e um vinho do Douro que adornou mais uma noite na Adega de São Nicolau.
Saímos por volta das 23h30 e tive ainda tempo para um cigarro contemplativo numa noite amena, em que a vista, como usual, era (é) um postal nocturno convidativo em que o Rio guarda e delimita as margens entre Porto e Gaia.
Recordo-me da madrugada em que o horror emergiu e ficar horas colado com o meu Pai ao telefone entre o desespero e impotência e a raiva incontida que nos permitiu matar Putin virtualmente (mas de forma convicta) vezes sem conta com requintes de malvadez pérfida e toques extremos de um filme de terror de quinta categoria.
O desespero agudizante dos primeiros dias deu lugar a uma esperança sem aparente lógica racional de que os bravos Ucranianos iriam prevalecer estóicos contra a máquina de guerra do czar sem trono e saudosista da antiga Rússia imperial em que o direito seria divino de obliterar povos e esmagar a resistência de quem pensa livre e vive em democracia imperfeita mas alicerçada nos valores básicos dos direitos comuns que unem os indivíduos.
Deixei de ter ilusões e lirismos: Somos todos filhos do sangue destes tempos angustiantes. No entanto sempre a esperança de que, como em outros tempos do tempo histórico e tangível, a bravura (justiça) e determinação (razão) irá derrotar o cinismo atroz da desinformação e do ódio puro e duro.
Sempre ouvi dizer que não se combate um bruto ou um rufia com a razão do equilíbrio (infelizmente). Por vezes só a espada pode deter a espada, só o martelo pode responder ao martelo.
Assim aconteceu (acontece).
Desesperei, revoltei-me, destilei textos de fúria durida , (re)tweets programados em grupo ou na pulsão individual, inundei tudo o que destilasse Putin e sua máquina de terror atroz. Escrevi e (re)escrevi, debati, fui insultado por guardas pretorianas extremistas e mansas no espirito seguidista de matilhas antigas com pastores a soldo que prestam vassalagem a um decrépito mundo que já não tem lugar nos tempos do presente (aprendi que nas redes sociais existem fanáticos pagos e não pagos...).
Um ano após o inicio de tempos atípicos, a Ucrânia resiste e insiste no caminho da luta de um direito de nascença de qualquer nação: Ser livre de grilhetas e mordaça.
Como devem intuir não sou apologista da guerra e da morte. Nada apagará os mortos, os estropiados e os órfãos de ambos os lados da barricada.
Nada apagará duas gerações de povos varridas do mapa.
Nada apagará o ano mais angustiante das nossas vidas.
Nada apagará o dilúvio obsceno de morte que Putin e seus sequazes lançaram ao mundo (eles e só eles esqueçam lá o resto...)
No entanto...
Um ano depois a Ucrânia resiste (e insiste).
Afinal o Czar ia nu...
Afinal Kiev não caiu em setenta e duas horas...
Afinal o "presidente-palhaço" não fugiu...
Contudo...
Nada está ganho
Nada está perdido
Tudo está em aberto...
Ressistiremos à fúria dos brutos, se possível com negociações, se possível com compromisso.
Mas lutaremos... ao lado dos Ucranianos com a pena e a caneta, com os punhos e com as armas, com a resiliência de quem não se dobra perante o mal.
(Cada um luta como sabe como pode)
Ganharemos (muitos)... Perderão (alguns tantos)...
Nós os filhos do sangue destes tempos malditos.
Nós os proscritos dum tempo sem lei
Nós os que não calamos (e lutamos)
quinta-feira, janeiro 26, 2023
Porra Pai... 75?!
terça-feira, setembro 06, 2022
Fé (na vitória)
quinta-feira, setembro 01, 2022
Love
sexta-feira, junho 17, 2022
Gravatas & "Fatos de Macaco"
quarta-feira, junho 15, 2022
1 de Maio (fora do dia)
Music
quarta-feira, junho 08, 2022
Bright Light (in Ukraine)
terça-feira, junho 07, 2022
Dogs Life
Break(s)
segunda-feira, novembro 22, 2021
(not) Lost Paradise
quinta-feira, novembro 18, 2021
"Na Corda Bamba"
segunda-feira, junho 28, 2021
Fotogenia (ou não)
quarta-feira, junho 09, 2021
Posing Act
quinta-feira, maio 13, 2021
Conversas na Praia (made in mothers day)
sábado, abril 24, 2021
24 (do nosso Abril)
Nasci em 1974, ano numérico da revolução do nosso contentamento de sair das entranhas de um obscurantismo totalitário em que a miséria dos três efes (fado, futebol e Fátima) ditavam as regras com que os pastores regiam manada.
Sou fruto desse amor por Abril, de uma mulher simples mas forte e decidida que trabalhava numa fábrica de cortiça detida por um alemão e onde inconscientemente se fez uma das primeiras greves solidárias em Portugal por uma funcionária grávida à beira da exaustão.
Também a seiva rebelde de um homem inquieto mas leal que preferiu combater numa guerra que não era a sua do que renegar o amor e presença daqueles que lhe aqueciam o coração.
Ironicamente (e sortilégio feliz) os meus pais casaram a 27 de Abril do ano da revolução dos cravos pelo registo civil numa cerimónia simples, num ano onde um maravilhoso mundo novo parecia nascer. Nunca acharam pertinente a bênção da madre igreja independentemente da sua fé enraizada num deus de tolerância e liberdade que também adoptei por meu.
Nasci desta mescla, misto do desastre de um período de dores pós coloniais, extremismos de direita e esquerda mas também do milagre do rumo desarrumado avançando para um mundo livre com acesso à esperança de um amanhecer melhor.
Podemos voltar sempre ao fado fatalista que Abril não se cumpriu, que o sistema político não funciona e que os Sócrates e Salgados desta vida geraram o descontentamento com que se pariram os demagogos do Chega encabeçados pelo vendedor da banha da cobra barata que dá pelo nome de André Ventura.
Prefiro alinhar de ânimo livre que mais vale uma democracia com assimetrias gritantes pela qual vale a pena lutar do que uma ditadura cinzenta com o nacional seguidismo de um rebanho envolto na mansidão letargica de uma noite sem fim.
Nota final:Como homem de esquerda custa me "engolir" o veto com fraco pretexto que os organizadores das cerimónias oficiais vetaram a IL... esperava muito mais do coronel Vasco Lourenço...