Nos últimos dias têm surgido em catadupa um rol de boas notícias para a Europa universalista (?!)e una, entre mosaicos de países travestidos de democracias metamorfizadas em governos de tecnocratas económicos, eis que o doce futebol nos empurra a arrogante e altiva Inglaterra para a sua ilha perdida no matagal europeu pela segunda vez em duas curtas semanas.
Sempre gostei dos Islandeses, um país com Pouco mais de 300 mil habitantes que processa ex governantes por (des)governação massiva, que descontraidamente avança pela surdina tomando de assalto os fiordes europeus do futebol em versão ruiva e barbuda, merecendo a hipérbole do elogio exagerado e as estrofes cantadas da epica saga Vicking moderna.
Dando um toque político e (nada) sério a estas palavras derramadas, não terei saudades dos ingleses na (des)união europeia, da sua política externa fria servida ao modo de seus frugais interesses, dos bifes avermelhados e suados ao sol do meu Algarve de nascimento. Adorarei as bebedeiras ordeiras em Vale do Lobo ou em Albufeira central, sem o toque arrogante da violência britânica. Obviamente e tão somente um sonho, continuaremos a ser invadidos pelos analfabrutos em doses industriais criticando tudo e todos com o seu tom altivo de quem nos abandonou no euro do nosso descontentamento e se aliou a Rússia do czar Putin como parceiro comercial estratégico.
No entanto, entre temas menores como estes, o impacto do mergulho no lago do microfone destinado ao nosso galáctico Ronaldo, quase que perdia o centralismo de notícia bomba...quase, pois tudo o que faz o nosso Cris é notícia mesmo sendo um bom non sense fabricado por pseudo jornalistas em busca da devassa da vida privada de um Português que nos dá imagem e conteúdo num mundo globalizado em que muitas vezes somos uma pequena vírgula sem direito a mediatismos e reconhecimentos universalistas.
Gosto de Ronaldo por tudo o que é sobejamente conhecido e escalpelizado por quase todos, como tal defendo o novo desporto olímpico de arremesso do microfone made in cmtv, votando também a favor de que quem segura o dito cujo tenha direito a banho gelado juntamente com a tecnologia de 292 euros ostentada.
Na quinta feira jogaremos contra Polacos, mas essencialmente Lutaremos rumo à final do Euro para arrumar com Franceses ou Alemães. Temos a obrigação de tentar enfiar pelo rabo acima da chanceler Merkl ou do primeiro ministro Hollande um grande microfone pontiagudo de portugalidade em nome dos underdogs desta Europa outrora Universalis...