quarta-feira, novembro 30, 2011

"À Flor da Pele"


Balanço(s)

Os finais de ano remetem-nos (a quase todos) para a "caganeira mental" que corresponde à diarreia dos eternos balanços sem conclusão aparentemente matemática e cientifica. Eu não fujo à regra geral.

Dezembro a nascer no calendário e aquela "história" de todos sermos amiguinhos, de ajudarmos o próximo, quiçá darmos a outra face (para ficar tão negra dos bofetões equivalentes à outra face do rosto já golpeada...). 

O nascimento desta época de paz e amor natalício, deve-nos fazer pensar na hipocrisia que povoa todos nós: Esforçando-nos cinicamente para correspondermos, em quilos de generosidade, ao que não fizemos ao longo do ano sobrante e farto.

Neste 2011 o balanço é claro para mim. Ano de mais aprendizagens, ora doces, ora pulvilhadas de autênticas tramas do enredo de qualquer filme de Pedro Almodóvar. Em suma: A vida no seu rumo intrigante mas sempre sequioso por mais e mais...

sexta-feira, novembro 25, 2011

Fura Greves

Greve em terras lusitanas; sinónimo dos tempos difíceis em que ralhamos por pão na boca seca de tanta crise e dificuldade no dia a dia do planeta global.

Furei a greve pelo aliar de vários factores. Tenho uma entidade patronal justa, preciso de trabalhar e intui que "valores mais altos se levantam" do que o simples facto de protestar sem que esse protesto legitimo  se traduza em melhorias práticas na vida colectiva aqui dos indígenas (onde me incluo)  da pátria esburacada.

Cada vez mais, possuindo o meu ADN os genes de esquerda liberal/moderada, odeio a classe politica que, da esquerda à direita, não se resume- reduz - a mais do que tão somente a um bando de bazófias dialécticos que nos afundam o mais que podem.

Estamos no pais do Duarte (Lima), do Isaltino (Morais...sem moral...). Na segunda pátria de Jardim (Alberto),  Vara (Armando) e companhia. Estamos afinal no pais em que os políticos são pálidos, baços, corruptos e bocejantes.

Furei a Greve não por patriotismo ou por estar contra a génese (sentimento) do protesto. Furei a greve por na prática sentir que na encruzilhada em que estamos; a melhor solução é lutar na prática do dia a dia (quem ainda tem essa hipótese). 

Furei a greve porque as centrais sindicais não são mais do que bandos organizados que vivem da boa fé e desespero dos trabalhadores, sendo assim iguais aos que criticam.

Furei a greve porque não gosto do Cavaco Silva, do Passos Coelho, Louçã, Portas ou José Seguro, e não me deixo transformar em ovelha no rebanho manso. 

A minha solidariedade para todos aqueles que dolorosamente sofrem pelo desemprego e fome, pela injustiça deste mundo cão e feito de egoísmos em que a economia dorme com a politica fornicando-nos a todos.


domingo, novembro 20, 2011

Colors & Seduction...


Victor Fica Victor Sai

Porto atropelado em Coimbra, com laivos de humilhação. Sem norte. Desnorte em todo o terreno com toque de naufrágio anunciado desde a saída inesperada de Vilas Boas.

Pinto da Costa, o melhor (aliás maior...) dirigente desportivo em Portugal nos últimos 30 anos, continua a ousar e a cair no terrível defeito de pensar que é Midas Infalível que consegue transformar latão em ouro. Nem Victor (Pereira) é de lata (exagero meu na hipérbole...) nem o ouro messiânico anunciado por "PC".

Sem táctica, sem chama, sem rigor. Essencialmente sem aquela imagem "à Porto" que tem constituído  a trade mark da marca trituradora que a máquina organizativa portista conseguiu olear nas últimas décadas.

Victor Fica? Victor Sai?Sai...restando apenas a pergunta: Quando?!

Duarte e Cª

Duarte de "saco" e filho a sair com caução orçada em 500 mil euros: Eis a noticia que marcou a semana na tugolância.

Respeitando aquela "treta" de "inocente até prova de contrário" (existem fraudes financeiras e assassinatos mais óbvios que outros...), procuro conter as palavras venenosas e (tento) ser politicamente correcto na análise subjectivista e (im)parcial.

Tento resistir mas não me contenho: Que as penas penais sejam duras e que a justiça implacável, que deve varrer os culpados, actue e prevaleça. Até um ceguinho vê e sente onde moram os culpados quer no escândalo BPN, quer na trágica morte de Rosalinda em solo brasileiro.

terça-feira, novembro 15, 2011

"São Pentelhos"


Versão (tardia...)
 Ilustrativa do Caso despoletado pelo Catroga (Eduardo)

Link Aqui

De Volta (à escrita)

Os dedos, nervosos e tensos, escorregam pelas keys do teclado gasto na guerra do dia a dia. Qual virgem em intenso jogo de preliminares, tento que as palavras desçam da memória - densa - para a magia das sílabas monocórdicas  que explodem na vontade vertiginosa de novas escritas.

Jogo de silêncios estridentes, de sons mudos e subliminares, tento apanhar o ritmo das letras e do vício que me povoa desde puto: Escrever, re(escrever); formatar, re(formatar). 

A vida como a escrita. Pausas. Começos e recomeços.