terça-feira, agosto 12, 2008
Comédia Humana
Ouvi com espanto as declarações dos familiares de um dos criminosos que perpetuou o sequestro no BES em Lisboa. Ouvi e não quis acreditar no que ouvi. Enfim...processar a PSP tuga por ter ferido o "minino"...obviamente que o individuo em questão "somente" sequestrou, ameaçou e manietou um total de 6 reféns, sob ameaça de arma de fogo. Obviamente que ter um cadastro limpo não é factor ilibatório de crimes graves. E por amor de Deus, não tentem fazer desta situação uma ode ao "ogre" Tuga; racista, mau e injusto. Crimes são como os anjos...não tem sexo, nacionalidade ou posição social...ou pelo menos deveria ser assim...
Espirito Leve
Existem alturas em que o nosso espirito corporiza um fluido leve e intenso. Levitamos nas asas de sonhos. Dançamos ao som da música-surda mental. Acordes d'ouro que nos permitem continuar, lutar e desafiar o mundo perante o espanto generalizado. Nada fazemos, nada construimos e nada sentimos na solidão fechada. Precisamos de elixires revigorantes. O meu é corporizado num som tropical exótico com lugar cativo no meu coração. Olhos esverdeados, postura de mulher-menina e muita mas muita personalidade. Afinal posso aqui corporizar que o meu espirito flui leve de forma intensa. O amor é assim...Tu és assim..Chérie...
sábado, agosto 09, 2008
Beijing
Ontem à noite, serão de poltrona com a companhia de um chá relaxante e cigarros sôfregos. Zapping intercalado entre as 2 tvs do estado tuga e constatar - aplausos - a excelente estrutura montada pela RTP no que toca à cobertura dos Jogos Olimpicos versão - censured - Beijing. Os jogos serão o sucesso económico, mediático e de retorno de imagem para os Red Chineses, esperado e anunciado. De fora dos games fica a questão doTibete, os direitos humanos na própria China; a opressão e tirania. É assim que gravita o globo - louco - terrestre. Lembro me de Galileu Galilei entre dentes dizer aos censores "no entanto ela move-se". Imagino um Tibetano a sangrar numa qualquer prisão chinesa. A quebrar na ressistência - aparência estética - e a gritar na alma contida "Um dia seremos livres". O pai do meu amigo André Maia - o mítico capitão de Abril Salgueiro Maia - dizia "a liberdade é sobretudo um combate interior". Palavras erradas de um homem certo...a liberdade é um grito tiranizado, contido nas vísceras pelas contigências da crueza do mundo. os Tibetanos que o digam...
Drum´s
“A Ancestralidade é nossa via de identidade histórica, sem ela, não sabemos o que somos e nunca saberemos o que queremos ser”
Tambores são tão ancestrais como o próprio homem,os primeiros tambores foram feitos na pré historia para o homem cultuar seus deuses e pelo remorso que o próprio homem tinha quando matava um animal.
Séculos e séculos se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio-econômicos da cada um.
Imagens, cerimônias, mitologias, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques são conseqüências das criações, não fazem mal a ninguém. São expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade. O que faz mal é a pretensão de querer ser melhor do que os outros ou ser o dono da razão, quando existe uma grande diversidade de pensamentos entre a humanidade."
Tambores são tão ancestrais como o próprio homem,os primeiros tambores foram feitos na pré historia para o homem cultuar seus deuses e pelo remorso que o próprio homem tinha quando matava um animal.
Séculos e séculos se passaram e centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo com a cultura e cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de acordo com os padrões sócio-econômicos da cada um.
Imagens, cerimônias, mitologias, liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques são conseqüências das criações, não fazem mal a ninguém. São expressões da arte na religiosidade e na espiritualidade. O que faz mal é a pretensão de querer ser melhor do que os outros ou ser o dono da razão, quando existe uma grande diversidade de pensamentos entre a humanidade."
Publicado na Agência de Imprensa Indígena (AIPIN), (México, 2005).
Bang Bang
Ou muito me engano ou esta crise agudizante entre a Russia e a Geórgia (tendo a Ossétia do sul como fundo) vai descambar num conflito em escala instável mas crescente. Fina ironia : Atletas a competirem em Pequim e a guerra a ser desfraldada em pleno coração europeu.
One (man show)
Mourinho já começa a fazer das suas nas trincheiras do calcio italiano. Guerreiro nato da verboseira futebolistica, comprou rapidamente guerra com o histórico Ranieri, treinador da vechia signora Juventus. Só os mais incautos pensariam que a elegância, pose apaziguadora e humildade de Mourinho (no 1º mês em Itália) seria sol de muita dura. Os instintos (inteligentes) do comprador de guerras sequioso, sobem sempre à superficie da adrenalina da pele de cordeiro camuflado. Mourinho é assim...One man show...os media agradecem...
Farpas
Nas conversas tipicas de polichinelo de café, surge o tema inevitável do sequestro em Lisboa e o desenlace final do caso. Constato com supresa a voz da pureza e moral de alguns que criticam a acção policial. Crítica também já desenvolvida por alguns articulistas cá do burgo em tons envergonhados. Só escrevo - digo - one thing : Primeiro a vida dos reféns...o resto que se...f...
sexta-feira, agosto 08, 2008
Gaf(f)es
Ainda a propósito do sequestro mediático em Lisboa : Infeliz a operacional/reporter de campo da SIC na sua abordagem jornalistica. Convenhamos que mencionar o desconhecimento se os individuos (que tinham acabado de assaltar à mão armada e sequestrado 6 individuos..) seriam...perigosos é uma perigosa inversão da lógica cognitiva do senso comum...do "resto" nem falo...
Matar (ou ser morto)
Ontem todo o país parou perante o sequestro ocorrido num dependência do BES em Lisboa. A anomalia de um hapenning que estamos apenas habituados a ver noutros pontos do globo, entrou-nos pela tela dentro qual novela da vida real. Aplauso para a acção pronta e eficiente das forças oficiais. Clean e cirúrgica, como mandam as (novas) regras de combate a uma criminalidade crescente que tem de ser tratada com a lógica repressiva que o fenómeno merece. Não sou de meias palavras : Deixem a policia trabalhar, e não limitem a sua esfera de acção por interesses politicos e geo-estratégicos.
quarta-feira, agosto 06, 2008
Crescimento
Por vezes para um pouco na fluidez rápida do dia a dia, e penso no dia sombrio em que o destino instintivo me tragou do Algarve para o Norte da Invicta extrema. 15 anos passados é inevitável fazer um balanço - pausado - destes 15 minutos de tempo gotejante e rápido. Encontro a resposta à pergunta na equação pensada. Passou rápido não porque foi bom ou mal vivenciado. Passou rápido porque foi - é - vivido, sentido e sempre com a capacidade de descer aos infernos e subir à quimera dourada dos sonhadores realistas. Talvez o segredo seja mesmo "esse" : Continuar a acreditar no pote no final do arco-iris existencial.
terça-feira, agosto 05, 2008
O Jogo Israelita
Inteligentes e sagazes. Definição simplista para a (aparente) abertura Israelita ao receber refugiados palestianos da Fatah. No meio da guerra intestinal palestiana, Israel cedo se apercebeu que mais vale tratar bem (e recebê-los de forma...cordial) os 180 palestianos perseguidos pelo Hamas, do que ter que contar com esse mesmo número no outro lado da barricada. Tudo uma questão de - encurtar - espingardas do inimigo/irmão milenar.
Mister 100 (milhões)
Começa a ganhar forma, conteúdo e textura negocial, a transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Após a novela de declarações de Blatter, dos suspiros de ansiedade de vários jogadores blancos, do amúo de Shuster; eis que afinal o que não é...afinal tem tudo para o ser...
segunda-feira, agosto 04, 2008
Plágio
Não ressisti a "plagiar" e a partilhar convosco as palavras (sábias e directas) de Pacman no Jornal Correio da Manhã de hoje :
Jogos da Vergonha
"A impunidade com que a China se vai safando na realização dos Jogos Olímpicos vai assumindo, à medida que os mesmos se aproximam, contornos que raiam o ridículo: hoje leio no jornal ‘Público’ as seguintes palavras: 'A China vai censurar a internet utilizada pelos media estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de Pequim, indicou hoje um responsável do comité de organização, recuando numa promessa de garantir liberdade total aos media durante o evento.'
Segue uma declaração de um dos representantes do evento: 'Durante os Jogos Olímpicos, vamos fornecer um acesso à internet suficiente para os jornalistas', indicou Sun Weide, porta-voz do comité de organização.' É curioso, ainda ontem pensava no que faria eu se estivesse ligado, de alguma forma, aos Jogos da Vergonha. Enquanto desportista, por exemplo. Português, especificamente. Sendo eu um representante de um País que pouco ou nada dá aos praticantes de qualquer modalidade desportiva que não o futebol, dar-me ia ao luxo de abdicar da oportunidade de trazer uma medalha para casa, mesmo que essa mesma casa se esteja a marimbar para mim durante o resto do ano? Não me parece.
Depois lembrei-me de Tommie Smith e John Carlos, atletas dos Estados Unidos que ganharam a medalha de ouro e bronze na corrida de 200 metros, respectivamente, em 1968: com um simples gesto chamaram a atenção de todo o Mundo para o que se passava na sua terra, no auge do Movimento dos Direitos Civis. No pódio, baixaram a cabeça e ergueram os punhos, no momento em que ‘Star Spangled Banner’, o hino nacional, começou a tocar. Para quem não sabe, este gesto alude directamente ao movimento que ficou para a história como 'Black Power'. Sem dizer uma palavra, Smith e Carlos (que belo nome, este!), conseguiram envergonhar uma nação. Em 2008, bonito, bonito era um atleta chinês receber uma medalha com uma faixa a tapar a boca."
Pac. Músico
Segue uma declaração de um dos representantes do evento: 'Durante os Jogos Olímpicos, vamos fornecer um acesso à internet suficiente para os jornalistas', indicou Sun Weide, porta-voz do comité de organização.' É curioso, ainda ontem pensava no que faria eu se estivesse ligado, de alguma forma, aos Jogos da Vergonha. Enquanto desportista, por exemplo. Português, especificamente. Sendo eu um representante de um País que pouco ou nada dá aos praticantes de qualquer modalidade desportiva que não o futebol, dar-me ia ao luxo de abdicar da oportunidade de trazer uma medalha para casa, mesmo que essa mesma casa se esteja a marimbar para mim durante o resto do ano? Não me parece.
Depois lembrei-me de Tommie Smith e John Carlos, atletas dos Estados Unidos que ganharam a medalha de ouro e bronze na corrida de 200 metros, respectivamente, em 1968: com um simples gesto chamaram a atenção de todo o Mundo para o que se passava na sua terra, no auge do Movimento dos Direitos Civis. No pódio, baixaram a cabeça e ergueram os punhos, no momento em que ‘Star Spangled Banner’, o hino nacional, começou a tocar. Para quem não sabe, este gesto alude directamente ao movimento que ficou para a história como 'Black Power'. Sem dizer uma palavra, Smith e Carlos (que belo nome, este!), conseguiram envergonhar uma nação. Em 2008, bonito, bonito era um atleta chinês receber uma medalha com uma faixa a tapar a boca."
Pac. Músico
Mundialito Tuga
Em tempos de vacas magras e horizontes sombrios, valha-nos a vitória no mundialito de futebol de praia frente ao Brasil (5-4). Qualidade e espectáculo numa variante do soccer que veio para ficar e brilhar nas areia destiladas de sol em qualquer canto do globo.
domingo, agosto 03, 2008
Luta no Janeiro
Trabalhei lá nas minhas primeiras lides de jornalista aprendiz. Casa com gente boa e excelentes profissionais. No entanto sempre funcionou a lógica do ferrolho ditada por uma direcção sem visão e alguns pseudo-chefes musculados que impunham a lei do silêncio e medo. Vejo com profunda e sentida tristeza os jornalistas do histórico 1º de Janeiro, baterem com o nariz na porta, sem uma palavra, sem uma justificação. A cobardia dos poderes esbarra sempre neste ponto : Lógica cobarde e sem nexo. A todos os colegas em luta pelo seu posto de trabalho um sentido abraço através destas linhas.
Africa Conection
Nos tempos conturbados (por vezes cómicos...) de Paulo Portas como ministro da pasta da defesa, foi criado pelo citado um "fundo de esmola" para os ex-combatentes da Guerra Colonial. O meu pai, por exemplo, recebe cerca de 150 euros dessa esmola pobre por ano, para limpar a a face de uma nação que sempre esqueceu os que lutaram pela Pátria. Que fique bem claro que não sou patriota nem nacionalista. Sou algarvio com orgulho, Português por contigência geográfica (com orgulho também), mas não sou daqueles bacocos fundamentalistas - qual talibans puristas - que defendem a nacionalidade e a casta pura acima de tudo. Sou cidadão do mundo, adepto do globo sem fronteiras, sem raças, sem cor, sem credos e factores descriminatórios. No entanto não deixa de ser patético a questão mencionada no "antes" e no "depois". Passo a exlicar...Portas deu uma esmola populista sem nexo no valor. Sócrates quer tirá-la sem apelo nem agravo. O que eu penso ? Estão os 2 errados na forma, cor e conteúdo. Quem deu 3 anos da sua vida pelo pais e pátria deveria ser compensado com a dignidade que merece. Não com esmolas de polichinelo nem com politicas camufladas de austeridade. Radicalismos...estamos num pais de radicalismos onde a estupidez se cola nas antípodas do que deveria realmente ser e acontecer.
sábado, agosto 02, 2008
Poesia das Profundezas
Cerca del río
de los ríos
que bordearon
mil y uno espejos olvidados
se levanta inexpugnable
la residencia
de las tribus perdidas.
Algunos dijeron
que eran diez
podrían haber sido mil,
doscientas,
o
sólo una
pero cerca del río
de los ríos.
Mantuvieron el murmullo
de las oraciones.
La tentación de detenerse
un instante a creer
que esa
sería su última residencia.
La oración
les contaba diariamente
que ya volverían
al paraíso perdido.
Y por eso
Creyendo
siempre creyendo
aceptaron
viajes
más viajes
como esclavos
como guías
de cuantiosos imperios,
como augustos compañeros
de otras vidas
de otros amaneceres
nunca suyos.
Cerca del río,
de los múltiples ríos
de las vidas
siguieron esperando
volver a una patria
nunca conocida.
de los ríos
que bordearon
mil y uno espejos olvidados
se levanta inexpugnable
la residencia
de las tribus perdidas.
Algunos dijeron
que eran diez
podrían haber sido mil,
doscientas,
o
sólo una
pero cerca del río
de los ríos.
Mantuvieron el murmullo
de las oraciones.
La tentación de detenerse
un instante a creer
que esa
sería su última residencia.
La oración
les contaba diariamente
que ya volverían
al paraíso perdido.
Y por eso
Creyendo
siempre creyendo
aceptaron
viajes
más viajes
como esclavos
como guías
de cuantiosos imperios,
como augustos compañeros
de otras vidas
de otros amaneceres
nunca suyos.
Cerca del río,
de los múltiples ríos
de las vidas
siguieron esperando
volver a una patria
nunca conocida.
Adriana Serlik, natural da Argentina e nacionalizada espanhola, além de poetisa é musicista, professora de educação artística, produtora cultural, tradutora e revisora.
Cabeça Perdida
Lembro-me há uns anos de um conhecido meu que jogou num dos 3 grandes aqui do Burgo; referir-me em conversa alegre entre whisky cola (a vedeta) e vodka red bull (aqui o pobre mortal) que sempre teve quezilias com os seus treinadores pelos simples (na sua óptica redutora) facto de não entenderem a sua vida social. Recordo-me da história pelas tropelias à volta do puto-maravilha Ronaldo. Entre romances com bólides de Itália, birras para sair para os blancos de Madrid e amuos constantes, Cristiano esquece que é um Rei idolatrado pela nação global à escala planetária. Esquece-se talvez um pouco das suas origens humildes e mais importante do que tudo "isso"; esquece-se que embora os prazeres normais da carne sejam incontornáveis ( e normais, e saudáveis, e...), está a fazer uma figura ridicula de nouveaux riche, não sabendo as fronteiras entre o minimamente tolerável e o eticamente/profissionalmente reprovável.
sexta-feira, agosto 01, 2008
Hipocrisia Socrática
Em conversa telefónica para o meu algarve de eleição, fiquei a saber pela boca insuspeita de meu pai, que um amigo de muitos anos (abraço Germano!!!) vai ter que ser "requalificado" aos 52 anos. Passo a explicar um dos melhores técnicos de ar condicionado e afins do Algarve, vai ter que passar da 4ª classe ao 9º ano em 2 anos, ou corre o risco (verdade absolutista Socrática) de não poder trabalhar na sua área específica de acção laboral. Educação não é "isto". Educação não é roubar o pão a quem construiu uma vida de trabalho de sacrificio e chega a casa e quer ver apenas unicamente o sorriso do filho ou sentir o amor quente da esposa. País nefasto aquele que impõe educação para meramente preencher as estatísticas europeias.
O Tabu
Cavaco Silva falou. O pais parou durante 5 minutos, bocejou de incredulidade sonolenta pelo facto de nada de novo ter surgido. A fome continua a ser fome, a expectativa do futuro próximo continua carregada a tons de penumbra negra. Perdi 5 minutos do tempo precioso que flui para ouvir charopadas acerca do estatuto de autonomia dos Açores. Quero lá saber se o Sr. Presidente da Républica se sente menorizado, quero lá saber se os Açores são autónomos em demasia. Nem quero sequer saber de que lado está a razão. Para se parar um país e alimentar a expectativa de uma nação ávida de esperança é necessário mais do que um momento fútil de inutilidade formal, OK Sr. Presidente?!
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