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terça-feira, setembro 25, 2018

Paradoxos da Tangência


A vida é feita de tangentes, verdade para mim vivenciada vezes sem conta desde os tempos tenros até ao presente galopante que cavalga o dia a dia sempre apressado que corrói, constrói e (des)contrói.

Uma tangente e seu paradoxo corresponde ao fio da navalha com duas lâminas aguçadas: Uma para o "jardim do bem" outra para o "jardim do mal". Confusos?!...nada de muito complicado para interiorizar e intuir.

Aquele olhar á tangente, no limite do "fora de jogo", olhar que foge para alguém com o qual não nunca mais nos iremos cruzar na vida, olhar que mata, olhar que fere, olhar que ama. A tangente de um passo mal dado ou de uma ultrapassagem (quase) mal calculada (na estrada da vida).

Todos nós vivemos nos limites dos sonhos que perseguimos, daquele metro que passou há um minuto e nunca mais apanharemos com a disformidade de rostos e situações potenciais nas quais não seremos envolvidos pela tangente (perdida) de um minuto que pode representar a mudança de direcção de uma vida inteira.

Tudo se mede afinal  pelos metros que apanhamos, pelos comboios que perdemos, pela ultrapassagem que (não) fazemos numa qualquer auto estrada ora cheia de trânsito, ora vazia e oca somente preenchida pela luz dos sinais e seus códigos de cores.

Ao fim ao cabo um "para-arranca" eterno no qual estamos presos e condenados ao limbo que as nossas escolhas nos ditam.

Tudo é um paradoxo e uma tangência, ora o que fazemos, ora o que não fazemos. Rumos e ultrapassagens a velocidades variáveis. Como a vida: Uma imensa mescla, misturada com a irregularidade que as ondas do mar nos proporcionam.

Mas o que seria da vida sem paradoxos, tangências ou reconstrução de ciclos e abertura de novos trilhos para caminhar?!


domingo, setembro 11, 2016

O meu 11 de Setembro

"Recordo-me como se fosse ontem"...seria o início adequado e politicamente correcto, mas não...não me recordo  já de forma tão nítida desse dia negro que ficou marcado pelo cheiro da morte a ecoar em directo nas  mainstreams views das tvs mundiais.

Julgo que me levantei a correr após mais uma noite longa. Na altura relações públicas de variadas estruturas, aproveitava a chegada tardia a meu apartamento para, no silêncio da noite, escrever textos para uma publicação digital ( no tempo pre histórico da internet) que possuía também versão mensal em papel.

Tinha combinado ir de manhã a minha Universidade de Formação ( U.Fernando Pessoa) beber um café com os amigos de sempre. Cheguei atrasado como usual na época, no momento exacto em que o segundo avião rasgava o céu azul e penetrava de forma bruta e seca o betao da segunda torre do World Trade Center.

Como milhões, assisti em choque ao acto hediondo que marcou também a minha geração do desenrascanço mor. Nada foi igual depois dessa manhã, nada ficou igual após esses dezasseis minutos que mudaram a face do nosso mundo e nos deram a conhecer o terrorismo em directo e com rostos definidos.

Rapidamente o burburinho habitual do bar da minha universidade foi substituído pelo silêncio pensativo somente interrompido pelo barulho do ferro de mais uma cadeira arrastada para alguém se sentar em silêncio e observar in loco a barbárie da carne queimada, da terra ensanguentada e dos mergulhos dos suicidas conscientes que preferiram a morte livre em voo picado contra o solo do que se submeterem à ditadura das chamas do fogo terrorista.

Não me recordo como se fosse ontem, no pormenor no rigor factual, mas até hoje nunca me esqueci da sensação de terror, vazio, revolta e impotência que senti...para mim onze de setembro escreve- se com a alma pesada e o coração em tons de fogo forte e ferro e betao retorcido (derretido). Também na esperança tola e talvez exçessivamente lirista de que o voo de todos os jumpers, que preferiram morrer pela queda livre e não envolvidos nas chamas criminosas, representasse o início do fim do medo colectivo e o primeiro passo na vitória contra o terrorismo travestido de religião.

quarta-feira, outubro 10, 2012

"The Thrill of The Killer"

Noite de vento, aberta por laivos de nevoeiro húmido e viscoso. Chuva gotejante em forma de lágrimas molhadas intermitentes mas intensas.

Fica-me na retina memorial um excerto do tema de David Guetta "She Wolf". A música, frutada e melódica, um lobo que caça, um tiro no escuro e o passado congelado no tempo. A sede do caçador na hora de caçar a presa; a voz profunda nos acordes "disco" de Guetta.

Afinal somos todos caçadores e presas. Ora nos sentindo imortais num dado enquadramento positivo, ora encurralados nos limbos cinzentos que nos surgem afundados nos nossos mais profundos medos e receios.

Sinceramente, atravesso aquelas fases positivas em que o sangue e suor vertido dão origem  a "coisas boas".

Nada conseguimos sozinhos. Nada somos sozinhos. Mesmo ao caçar...caçamos em conjunto...

terça-feira, setembro 18, 2012

Aeroporto

O dia amanhece cedo.Antes das 7 da matina banho rápido, seguido de café fumegante para apanhar as primeiras acções do dia que se adivinha movimentado.

Passagem rápida na baixa antes do rumo ao aeroporto de almas (a circular...) que serve avidamente a Invicta. Poisos e destinos, multidões de humanos em sombras e luzes, cruzando-se como átomos rumo ao infinito. Rostos familiares revisitados no mel da amizade, abraços e beijos.

Noite que pernoita no coito da comida tragada, no vinho derramado, nas palavras libertadas aos ventos, com olhares cúmplices: Sem ansiedades, na languidez que transforma actos isolados em círculos de amizade não intermitente.

Regresso a casa a horas politicamente correctas, com alma revigorada e corpo cansado, quebrado mas não vencido. O amanhã reflecte-no hoje. Somos afinal todos passageiros duma eterna viagem, presos por um fio, prolongados no sentimento da pedra filosofal de que seremos eternos.

Num qualquer Aeroporto os átomos movimentam-se. A noite? Essa  já dorme em mim...


terça-feira, dezembro 13, 2011

5 minutos (a menos)

Acordo 5 minutos adiantado. Rapidamente recupero e atraso-me 5 minutos a mais na cama quente que nem fornalha do inferno dos justos. Assino rapidamente a minha sentença do dia: Correr sem recuperar os minutos perdidos.

Por 5 minutos não me cruzo com o carteiro na primeira entrega do dia; pelo mesmo período de atraso "apanho" a primeira fornada apetitosa de pão crepitante no café de sempre. Zarpo, acumulando atrasos, e lanço-me furiosamente na entrada do metro onde cada alma representa o mesmo purgatório de minutos por (re)contar.

Desço-me no sitio do costume. Chove miudinho e a ida rápida à Igreja da Trindade é ritual muito meu e já indispensável. Mais do que nunca um crente em reconstrução constante. Vale o que vale mas sinto (me) assim.

Sinto muito, mas mais minutos acumuláveis no atraso padrão dos "5 minutos". Um café rápido numa tasca de ocasião e o primeiro cigarro do dia fumado rapidamente a ritmo elevado. Chamo o elevador e a eternidade prende-se na espera: Mil pensamentos sem ordem aparente.

Pouso a mochila na secretária e despejo os portáteis - antes o primeiro "bom dia" bem humorado aos colegas de "faina". Mais um dia em que a lógica aponta para tentar vencer, fazer melhor e transcender-me. Mas a porra dos 5 minutos...já não os apanho...

quarta-feira, novembro 30, 2011

Balanço(s)

Os finais de ano remetem-nos (a quase todos) para a "caganeira mental" que corresponde à diarreia dos eternos balanços sem conclusão aparentemente matemática e cientifica. Eu não fujo à regra geral.

Dezembro a nascer no calendário e aquela "história" de todos sermos amiguinhos, de ajudarmos o próximo, quiçá darmos a outra face (para ficar tão negra dos bofetões equivalentes à outra face do rosto já golpeada...). 

O nascimento desta época de paz e amor natalício, deve-nos fazer pensar na hipocrisia que povoa todos nós: Esforçando-nos cinicamente para correspondermos, em quilos de generosidade, ao que não fizemos ao longo do ano sobrante e farto.

Neste 2011 o balanço é claro para mim. Ano de mais aprendizagens, ora doces, ora pulvilhadas de autênticas tramas do enredo de qualquer filme de Pedro Almodóvar. Em suma: A vida no seu rumo intrigante mas sempre sequioso por mais e mais...

domingo, outubro 30, 2011

Escrita Solta

Pousado na parede, contemplo o último quadro presenteado pela minha madrinha. Revejo-me no fundo azul bebe, e entranho as formas perfeitas de flores exóticas desnudadas em branco e amarelo fortes na intensidade de quem caminha nas telas da pintura como nas pinceladas da vida: Com paixão.

Lembro-me das "férias grandes" na casa de minha tia quando era puto imberbe; passadas entre o café com leite escuro e carregado da minha avó Irene, as traquinices que colocavam todos em sentido e o final do dia em que, como falso anjo renascido, fitava a minha mãe nos olhos com aquele olhar cúmplice e malandro que ainda hoje lhe carrego.

Por vezes a minha crença de católico não convencional é seriamente abalada pelos eventos que abalam o mundo global de todos nós. No entanto, entre a mortandade obscena, por vezes surgem os laivos pincelados de sol que afinal por detrás do negro carregado existem raios de esperança.

Hoje bastou-me ver a reportagem na SIC com uma menina chamada Safira, para (re)acreditar que a mão sábia de deus e a vontade universal do amor andam de mãos dadas...

terça-feira, setembro 27, 2011

Na Luta (longos os dias...curtas as noites)

Na marra, ferro e fogo a latejar na pele e na alma. Dias longos,  com noites escorridas curtas e fugazes. Sem tempo (quase) para respirar. Longos são os dias de sol brilhante. Curtas as noites de fantasmas cinzentos. Frases curtas ditadas pelos instintos dos momentos.

Rezo aos deuses para que as runas da bonanza e boa fortuna continuem fortes e vigorosas. Acendo um cigarro e remato mais alguns textos para serem digeridos amanhã. Falta-me a força para uma escrita mais clara - hoje no amanhã penetrado - com o cansaço bem humorado a imperar.

Mais uma luta "cara na cara". Cada vez mais, assumindo o que sou e como sou. Na varanda um gato negro dita a boa sorte, após uma caçada furtiva às minhas plantas. Sorrio  e no meio do cansaço atendo mais um telefonema de "graxa" após o revelar de mais alguns projectos - trajectos - comunicacionais.

Penso que os amigos (falsos e verdadeiros) e inimigos aparecem sempre nas alturas mais positivas: Ora para apoiar sinceramente, ora para engraxar para tentarem ganhar "pontos"; ou - no caso dos inimigos de "estimação" - para tentarem derramar fel no...mel...

Rio-me um pouco da ironia da vida: O circo, os anões (e "anoas") e os palhaços que impregnam a nossa (doce) ilusão. Seduzindo-nos para o abismo que a nossa boa fé (por vezes) conduz. Prisioneiros de seus dogmas, (quase) que nos arrastam para o cadafalso da guilhotina do nosso (des)contentamento.

Resistir é preciso. Amar é vital. Envolvermo-nos esencial. Crucial? Sermos nós próprios...mesmo contra os fantasmas dos outros que nos querem mascarar de travestis iguais a soma de seus medos e imperfeições: Uma forma de cuspir para "cima" e "atirar barro à parede"....

domingo, setembro 11, 2011

Em Familia

No global tenho uma relação bem sólida com a maioria da minha família de "carne". Respeito, carinho e consideração relativamente à minha pessoa, sentimentos ás vezes um pouco exagerados por ter sido o "nómada" da família e ter apostado tudo numa vida fora do meu Algarve de nascimento e ser o primeiro do clã a ter concluído um curso universitário.

No entanto, a 650 km de distância das minhas origens, criei necessariamente  uma segunda família, constituída pelos amigos imbuída na base de mel do conceito forte criado e necessário para suportar as "caganeiras mentais" do dia a dia. 

Hoje, entre marisco e bifanas divinais, com cerveja e vinho a compor o "retrato"; mais uma vez sorri para mim mesmo e vejo que na antecâmara dos nossos sucessos está a base do que "bebemos" dos que nos rodeiam...

sexta-feira, setembro 02, 2011

Corte & Cortes

Confesso-vos: Estou quase a desistir de ler jornais e ver noticiários. Todos os dias as letras derramadas e as imagens em desfile televisivo falam da crise - puta real em forma de bête noir - e na sua influência "cientifica" - (tudo bem "explicadinho" claro está) na vida de todos nós.

Desde a teoria de como no Natal não iremos comer bacalhau mas sim atum, passando pelos preços (proibitivos) dos manuais escolares ou pelo aumento do desemprego para 2012. Sinceramente, se não fosse careca, ficaria diariamente com os cabelos em pé perante os cenários (reais) apresentados.

Todos nós sabemos, sentimos e respiramos a porra desta crise maldita e voraz, que dia após dia nos obriga (aos conscientes) a tentar reduzir custos e encontrar malabarismos para pudermos cumprir com as nossas obrigações (sejam elas quais forem) e mantermos  um nível de vida digno e com alguma qualidade.

Sempre apreciei as coisas simples (não confundir com banais...), mas nesta fase ainda mais reforço o gosto dum  copo de vinho entre amigos no final do dia em Santa Catarina, um café derramado sob a praia no sol de Matosinhos ou jantares com palavras ( e de preferência bom vinho tinto alentejano daqueles da promoção Pingo Doce...) destiladas até que o sono venha e as garrafas pinguem apenas miragens do liquido tragado pelas goelas sedentas de esperança para afugentar o fantasma da crise e reconstruir as teias do positivismo que devem pulvilhar a vida.

domingo, agosto 28, 2011

A Primeira Vez...

Lembro-me do ontem há 20 anos, como se fosse o hoje do presente. O sabor da primeira vez em que a carne se cruzou com a carne e (re)descobriu-me novos caminhos. Recordo-me que era dia 18 dum mês qualquer perdido no verão Algarvio, e o cenário teve areia e mar como fundo.

Sorrio ao relembrar a minha atrapalhação e nervosismo de puto a querer dar o passo definitivo rumo à vida adulta. Foi bom e especial mas sem fogo de artificio ou estrelas cadentes reluzentes que sonhava na minha cabeça de adolescente. Foi melhor na segunda e terceira vez...Como em tudo na vida a prática é o melhor dos caminhos sensitivos, rumo à (im)perfeição sempre inacabada.

Durante semanas aquele sorriso estupidificante nos lábios e o olhar de pretensa "superioridade moral" perante os meus amigos. Longe estava de saber que afinal a vida é feita de muitos rituais de passagem, inerentes a idades e - essencialmente - a estágios permanentes de maturação psicológica....

Nunca esqueci aquele dia e ano em que o meu primeiro ritual de passagem ocorreu...e quem esquece?!

quarta-feira, julho 27, 2011

David vs Golias

Recordando o episódio bíblico da vitória de David perante Golias, penso nas lutas diárias que todos nós temos que atravessar nesta altura de adversidades constantes, batalhas hercúleas e desafios múltiplos.

Há pouco tempo escrevi neste blogue "Para além da dor". Hoje digito palavras soltas com a convicção que a maioria de nós, vive diariamente com o desafio aterrador de enfrentar muros e pedras nestes tempos em que temos que assumir o papel do vencedor David ante o todo poderoso Golias (afinal a vitória da fé e da crença ante a arrogância).

E quem constitui o "Golias" moderno: O sistema que oprime o cidadão, o patrão que maltrata os empregados; os novos ricos envoltos na sua mediocridade mental na qual o dinheiro tudo compra, os falsos amigos e falsos profetas que pregam moral e na prática fazem o oposto.

Católicos ou não, provavelmente irão concordar com a metáfora escolhida: Hoje, tal como amanhã, a batalha central passa por David vs Golias...

segunda-feira, julho 11, 2011

Para Além da Dor

Existem alturas da vida em que a nossa capacidade de auto superação é colocada constantemente à prova de forma dura e crua.

Neste período de crise parida e esventrada, o sangue suor e lágrimas atingem outra expressão que nos levam a ir bem ao fundo da nossa reserva mental de força, coragem e fé absoluta.

Na entrevista que dei sexta feira à minha amiga Sandra Sá no Porto Canal também falei de honra, ética e verdade. Falei das "minhas" workshops in Dragão mas pensei forte, no meu interior de alma e de sangue, o quão difíceis tem sido estes últimos 2 meses.

Como mencionei hoje à minha "irmã" d'alma Fátima, a capacidade de ir "para além da dor", revela-nos que o caminho a seguir tem, inevitavelmente, a ver com mel, bosques verdes e mar azul. Traduzido por miúdos: A capacidade de vermos para além do que a visão física alcança; acreditarmos não somente em nós mas também em todos aqueles que fazem parte do nosso coração d'afectos.

Às vezes perdemo-nos na escuridão imensa e tardamos a encontrar o caminho de luz e sol forte, mas no fim de cada batalha vem certamente a recompensa pela nossa postura de ética e de verdade.

Chamem-me lirista...mas continuo a acreditar nessa forma de viver...mesmo que para tal objectivo seja, por vezes, ir para além da dor...

quinta-feira, junho 30, 2011

24 horas

A menos de 24 horas para a quinta edição da Forever Young no Twin's Foz, começa a subir a "caganeira nervosa" traduzida em telefonemas a horas impróprias com o dinâmico Miguel Mesquita e Companhia. Últimos pormenores a a sensação que tudo irá correr bem, fruto de um trabalho bem planificado por toda a equipa envolvida.

A menos de 24 horas da chegada de meu pai e mãe ao Porto para uns dias de relax familiar, a sensação - de sempre - da ansiedade do reencontro de quem nos ama incondicionalmente e nos aceita pelo que somos, com todos os nossos defeitos e virtudes.

A menos de 24 horas para o lançamento das "workshops in Dragão" ( a 23 Julho), a adrenalina sobe com a noção que ainda muito falta fazer (correr...correr...) para assegurar o sucesso da 1ª edição dum conceito inovador low cost de formação intensiva.

A menos de 24 horas...o dia devia, definitivamente ter 48 horas...

domingo, junho 26, 2011

Paz e Guerra

Começo o post desprovido de objetivo claro, tão somente com um titulo de contradição aparente: Paz e Guerra. Lentamente a memória destila e recicla os meus últimos anos de luta pessoal e profissional, com os enquadramentos de uma altura temporal em que a palavra "crise" nos tira a paz d'alma e discernimento a todos nós; mexendo com "tudo e todos" que nos rodeiam.

Busco a força nos pensamentos de batalhas passadas: Vencidas e Ultrapassadas  com (por vezes) lágrimas de sangue e ajuda humana e (quem sabe...) divina.

Somos todos cinzas e poeira. Formigas ao vento saboreado do destino, cabendo-nos lutar até à exaustão nas alturas em que tudo parece turvo, com névoa profunda e densidade de tempestade forte.

Tudo é Paz e Guerra: A Paz que ansiamos, e a Guerra (batalhas) corporizada nos caminhos que temos que galgar para chegar ao ponto de equilíbrio...

Brisa d'Verão

Aproveitando os primeiros dias "a sério" de verão e o final de semana prolongado; eis que dei as primeiras passadas no areal e braçadas em  banhos de mar correspondentes.

Companhia de amigos em tardes solarengas e finais de dia acabados numa qualquer esplanada com cerveja, tremoços e dois dedos de conversa escorrida no mel da cumplicidade que somente as boas amizades (re)unem.

Linhas curtas inerentes à "moleza"  que o calor dita mas pensamento focalizado numa semana que se avizinha trabalhosa, longa e decisiva em alguns aspectos profissionais.

Calço as havaianas; descalço o pensamento nu e livre e arrepio caminho.

domingo, junho 19, 2011

Panados & Moscatel

A idade permite-nos ganhar a maturação necessária para agirmos e corporizarmos os pensamentos em atos, de forma convicta e sem barreiras e medos da reacção alheia.

Acontece o mesmo na escrita de um blogue que, com 4 anos de existência, já ganhou vida própria e maturidade para dizer - escrever - o que pensa do mundo e dos mundos que envolvem a membrana existencial que constitui  o sumo da vida: Ora puta fornicante, ora doce caminho em tons rosa de fada do (bom) fado.

Recordo-me de há poucos dias "foder as trombas" a uns panados divinais na casa do "Ice" e da Xana, escorrendo as conversas para o doce sabor dum moscatel que ajudou a "abrir a alma" de todos nós.

Não interessa propriamente para estas mal traçadas linhas o "event" que uniu na manhã seguinte 7 amigos, qual irmandade do anel, mas sim que uma das coisas que ainda nos vincula e une aos conceitos de honra e coragem é tão somente o amor da amizade que nos une e constitui...ao sabor de panados e moscatel...

Quando (as palavras faltam)

Existem alturas em que as palavras não sobem pela garganta. Ficam presas na memória e são "recicladas" para o interior do nosso "eu" profundo.

Alturas de meditação e de pensamentos fortes e sonhos inquietos em que procuramos a resposta que nos falta nos atos do dia a dia em que a vida rola (e se desenrola) a um ritmo que (quase) nos consome e devora nas defesas que temos que possuir para enfrentar as batalhas que surgem.

Bebo um vinho verde borbulhante e "ataco", mais uma vez, o texto e as palavras, que me continuam (teimosamente) a fugir....

sexta-feira, maio 20, 2011

Nota(s)

Mais uma semana que escorreu rápido e sem muito tempo para as escritas de notas profundas que eu bem aprecio.

Porto a ganhar a liga europa e a invicta em festa azul e branca, fugindo ao cinzento dos tempos difíceis que povoam o dia a dia do comum mortal no globo - mundo. Bandeiras ao vento, cervejas na mão e a esperança dos deuses do futebol a aplacar a ira que percorre a vida de todos nós.

Novos projectos e contactos após contactos, desgastaram  a semana laboral, apontando algumas avenças comunicacionais que serão reveladas brevemente.

Momento "zen" na quinta feira com cervejas ao final da tarde entre amigos e jantar no popular "Bejekas": Ao som de karaoke (não muito de meu agrado) mas com o apelo de conversa escorrida longa com amizades de sempre.

Sexta bebida a cafés longos e planning da nova semana a romper da Sonho d'Afectos: A ida eminente da "minha" Alice aos States para tratamento esperançoso e mais 3 eventos na forja solidária. Tempo para o pensamento penetrante na mulher que eu amo e "adollo" e um mergulho numa boa garrafa de vinho alentejano e em nova leitura com os laivos da escrita refinada e sentida de Florbela Espanca.

terça-feira, março 29, 2011

Chuva(s) d'Março

A chuva escorre ao som de um vento fraco mas penetrante. De pés nus, descalço a garrafa de whisky servindo um copo lento do liquido amarelado como a palidez das folhas numa tarde de Outono.

Penso nas lutas do dia a dia, da dificuldade do presente global no qual somos todos vitimas colectivas lutando por um lugar ao sol enquanto a força da alma nos permite alento e paz de raciocínio. Por vezes penso no egoísmo que me percorre: Milhares de mortos no Japão, na Líbia o deserto vermelho de sangue e a eterna fome  sem cor na África negra, e eu aqui a reclamar de um dia mau ou aziago.

Timidamente, envergonho-me de por vezes maldizer as runas da sorte. Essencialmente, tenho as armas e enquadramento cultural e pessoal (emocional) para evoluir, lutar e progredir. Na Líbia ou em África uma criança morre ao som de uma bala ou no sussurro da ordem de um ditador.

Sem esperanças no futuro esses "filhos da areia" são também corporizados na problemática América Latina ou em guetos de pobreza extrema em países Europeus. 

Mundo injusto...Sorte incerta...Moral da história: Bebo mais um "cheirinho" de whisky, penso no cheiro das lutas que se avizinham e, como sempre, não renego as batalhas que me parecem justas travar...