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sexta-feira, março 24, 2023

Pais com Humanidade (on Father´s Day)

Existem os "outros" Pais e depois existe aquele turbilhão de emoções chamado José Policarpo dos Santos Correia.
Desde puto fui amado de forma incondicional pelo meu Pai e pela Minha Mãe.
(factor essencial e que recordo e sinto sempre)
Uma educação liberal, com desde cedo, a ser responsabilizado pelas chaves da casa, pelo executar pequenas tarefas e "recados", entre outras nuances.
A paciência da minha santa Mãe Virginia Correia e a rebeldia do meu Pai moldaram me para sempre no que sou e na forma (corajosa creio) com que vou muitas vezes ao limiar da dor para inverter situações negativas e prosseguir lutando.
O meu Pai, por mais que por vezes possa pensar o contrário, ( os nossos feitios "chocam se" pontualmente) é o meu melhor Amigo ( como ele também gosta de mencionar aos seus amigos) e com ele a navegação á vista nesta vida feita de tantos altos e baixos tem sido bem mais confortante e fácil (como se para nós existisse a palavra "fácil").
Homem de olhar olhos nos olhos, pessoa grande na entrega a quem ama, facilmente perdoa e acolhe, facilmente segue e prossegue com a frase desarmante "deixa lá filho seja tudo por amor de Deus".
Só o Policarpo e a Virgínia sabem que a sorte dá um trabalhão do caraças e que a vida é forjada numa luta muitas vezes desigual.
O meu Pai (impossível de dissociar da minha Mãe) ao seu jeito e maneira ensinou me sempre a não ser um desistente, e em cada vitória sofrida ou amolgadela dolorosa eu lembro me desse legado de Amor e força de ferro moldada na doçura de um Pai com humanidade que ama o seu filho.
Como te disse meu cota havemos de ver o Benfica campeão europeu, o Farense na primeira e o Putin a cair.
Afinal tu é que me ensinaste a não desistir...

Amo te hoje e sempre ( para sempre).

Do teu puto
Paulinho

quinta-feira, janeiro 26, 2023

Porra Pai... 75?!



Querido Pai 

Porra 75 anos já Pai?!

Não não acredito...o brilho no olhar, a rebeldia a fúria perante as injustiças continua a queimar como se estivesses em início da tua carreira de adulto.

Porra Pai 75 anos a sério?!

Desculpa mas não bate certo...continuas a proteger me, a pegar me pela mão como sempre pegaste, como sempre me protegeste.

Não ... estás a aldrabar me com as tuas histórias de embalar ...75?!

Lembro me bem de correr nas tuas cavalitas para irmos ver o comício da Maria de Lurdes Pintassilgo ...ou como choramos os dois na multidão que recebia o Mário Soares em Faro.

Lembras te Pai?! ( 75... simplesmente não acredito).

Pai...continua a ir a uma igreja vazia rezar pelas Crianças na Ucrânia (vamos ganhar um dia o mal vai perder ... só pode Pai...).

Pai...continua a ser genuíno e com aquele riso de gozo quando me metes a mim e á Mãe com os nervos em franja.

Não...não podes ter 75...

Pai nunca penses que não fizeste o suficiente, que não deste ou apoiaste de forma superlativa...sim Pai eu sou também  um eco do tempo que ainda vive em ti... és "culpado" de eu ser socialista ( não "este" socialismo), benfiquista, farense, és culpado absoluto de nunca me teres cortado as pernas, de naquele final de dia na praia de Faro termos jurado que nada nos desviaria dos nossos objectivos, já na  antecâmara da minha partida para o Porto.

Acho que não te apercebes da importância de simplesmente nos dias de tempestade ter em ti ( e na nossa Virginia Correia ) um abrigo á prova da maldade que inunda o mundo no seu dia a dia vertiginoso.

Alguns conselhos antes de chegares aos 100 anos ( se existe alguém capaz de chegar lá és tu miúdo😁):

Se o Benfica não for campeão o mundo não acaba (é um local pior mas não acaba).

Mesmo que a Mãe não tenha razão ( por norma tem 😁) relativiza e dá a mão a palmatória.

Nunca mas nunca percas a tua fúria e rebeldia ( também minha) pois ensinaste me a nunca me sujeitar ou submeter (luta sempre Pai!!!).

Continua a fazer peixe alimado como só tu sabes e a ser responsável pelo grelhador lá em casa ( de resto deixa os cozinhados para quem sabe).

Não te deixes irritar por quem não merece, ou amargar pelos paradoxos da vida ( como tu e a Mãe me ensinaram " desde que haja saúde tudo se faz").

Ah...já me esquecia... obrigado por me teres ajudado a ter uma voz e identidade própria e acreditares sempre que eu poderia "chegar lá" (continuo a tentar Pai sempre!!!).

José Policarpo dos Santos Correia...Policarpo... Zé...Pai... és um Homem do c...Amo te!!!

Do teu

Paulinho

❤️❤️❤️

terça-feira, fevereiro 09, 2021

A Dualidade que nos Mantém



 Lembro me há alguns anos atrás de uma queima das fitas memorável em que fiquei alguns dias sem falar com os meus pais (eu no Porto, eles no Algarve). O Vareta recebeu uma chamada da minha Mãe, preocupada pelo telemóvel sem bateria permanente, e transmitiu-me a mensagem passados três dias (!!!) do final de mais uma semana de todo o contentamento da puberdade quase adulta onde o deus baco e a alegria da imortalidade efémera imperava.

O tempo do tempo indiscutivelmente muda-nos. Não há dia que não fale com os meus pais meia dúzia de vezes, entre telefonemas e chamadas de video, entre conversas profundas e tiradas de humor, entre emoções sempre fortes e intensas.

A vida muda não os sentimentos (quando são daqueles bons e que nos aquecem o coração) mas transfigura a forma como corporizamos a presença e o amor por aqueles que por vezes não estão tão próximos como desejaríamos a nível geográfico.

Somos todos independentes, viajamos até paragens longínquas, corremos mil (des)aventuras, mas existe sempre aquela dualidade que nos mantém: "Olá bom dia meu filho"...tão bom...sempre...para sempre...mesmo que saibamos que o "para sempre" um dia habitará somente o nosso horizonte de memórias mas que nos empurrará  para a frente.

terça-feira, fevereiro 02, 2021

"73 Road" (and going...)



Que dizer? Tanto já foi escrito no papel e nas páginas da vida, tanto já foi ( e é) sentido diariamente...o meu melhor amigo Policarpo ( "por acaso" meu PAI) faz 73 anos de pura rebeldia, bom humor e alegria alegre de se alegrar com as pequenas grandes vitórias da vida...Um abraço do tamanho do mundo e um beijo com o AMOR que nos une (aos três pois somos indissociáveis e indivisíveis)...Amo-te com a fúria da nossa rebeldia ( que herdei em muito de ti...ainda bem que a Mãe acalma isto tudo com o seu olhar imenso😉😊)...agradeço te do ♥️ tudo o que me tens dado sem nunca pedir nada em troca. ...do teu puto Paulinho🙏

segunda-feira, março 19, 2018

O meu (melhor) Amigo Pai

Policarpo era moço garboso, sangue na guerla no alto de olhos claros e cabelos loiros. Paulo nasceu com o mesmo espirito rebelde  de não submissão; não loiro e muito menos com olhos claros, a mesma essência de comunicar e parlar sem parar (que se revelou útil anos mais tarde...).

Policarpo  moldou-se nos tempos difíceis da austeridade da fome e da necessidade, da guerra colonial em que combateu por causas que não eram as suas; dos tempos do PREC, dos recibos verdes e da instabilidade política e emocional de um Portugal a (re)nascer com as dores de parto mal paridas.

Pai herói, melhor amigo de Paulo, prescindiu para dar, apoiar e acarinhar. Nunca se queixou dos sacrifícios, dos anos a fio com o mesmo calhambeque da idade da pedra, das vezes em que ter um filho a estudar fora do burgo pesava mais na bolsa do que qualquer rochedo de toneladas.

A vida seguiu e fluiu, ambos cresceram e amadureceram; lado a lado mesmo por vezes longe no contexto geográfico que dita a distância física mas nunca do sangue quente que varre o coração de quem ama e de quem quer bem, mais e melhor.

Ambos apressados, de olhos abertos sem esconder estados de consciência e de humores (bons e maus), ambos com fome de vida e de progredir, ambos com impaciência paciente de seguir, conhecer, amar e crescer.

Portugal mudou, morreram muitos dos mitos urbanos que nos agigantavam e nos davam a segurança que tudo iria correr bem. Perdemos Cunhal, Mário Soares, Eusébio, Sá Carneiro, Manoel de Oliveira, Zé Pedro e outros (muitos...demais...) tantos Pais da Nação.

Conheci países vários, vi  catedrais, percorri ruas históricas, embarquei em aventuras mil, perdi e ganhei empregos, amei, (des)amei, iludi-me e desiludi-me, tudo no ciclo da vida, tudo mudando com o vento das marés que percorre a subjectividade humana.

Nunca mudou o amor e cumplicidade com o meu (melhor) Amigo Pai...até hoje...até sempre...sempre e para sempre...




sexta-feira, março 19, 2010

Policarpo

Para 62 anos tem uma pinta só comparável a (outro) bom homem para  os lados de Felgueiras. Olhos claros, sorriso  aguçado, e "paleio" para dar e vender. Homem vivido, rebelde e impulsivo; com uma ética moral como já não se usa nos tempos actuais em que tudo é rápido, volátil e sem muitos esforços. Bom pai, excelente marido e, essencialmente, o meu melhor amigo. 

Saudades dele neste dia do Pai. Saudades das nossas conversas sobre  o mundo mundano, sobre as gajas que passeiam sensuais nas esplanadas do nosso Algarve no verão. Saudades do abraço de amigo, da cumplicidade de olhares e da troca de piadas parvas sem nexo. Saudades do que afinal, graças a deus, continuo a ter mesmo à distância de quase 700 km. Hoje é o dia"P".

"P" de Pai, "P" de Policarpo. No pensamento e no coração corporizado; sem merdas e mariquices. Sem máscaras, somente com a sinceridade ao alcance dos grandes e imortais. O meu Pai é assim...grande e imortal...sempre...para sempre...

quinta-feira, março 19, 2009

P Day

Dia consagrado ao Pai. Entre a discutibilidade do facto da data ser comercial ou simbólica; hipócrita ou sincera, altura de fazermos o mea culpa existencial sobre o papel que os nossos fathers desempenham na nossa vida. Falo um pouco do meu…Homem forte e doce no alto da experiência dos seus 61 anos, é mais que um pai. Amigo, confidente, bem como companheiro de risos e lágrimas derramadas. Post vertido de forma lamechas mas sincera. A pena destilada na palavras de hoje não lhe poder dar aquele beijo sentido, envolvido num abraço quente e apertado. A vida dos nómadas distantes do seu ponto de origem tem destas coisas. Policarpo… estás sempre no coração…