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quinta-feira, maio 13, 2021

Conversas na Praia (made in mothers day)




Seria bastante banal (mas real 😁) destilar umas palavras escorreitas a mencionar que a minha Mãe guerreira é a melhor matriarca de todo o universo mas prefiro contar vos uma pequena história... ...na véspera da minha partida para o Porto rumo á faculdade e a mil sonhos por realizar, recordo me de estarmos os três ( Mãe, Pai e eu) sentados no areal da Praia de Faro a contemplar o Mar em silêncio quase absoluto, somente interrompido pelo barulho das ondas a morrerem nos grãos da areia sem tempo.
Medos e receios, altura de conjetura não muito favorável no contexto econômico para nós por factores que me recuso a acrescer aqui em palavras ( existem coisas que morrem connosco e que o tempo encarrega de sarar); a minha Mãe quebra subitamente o silêncio e diz me olhos nos olhos "meu filho um dia de cada vez, o que conseguires dia após dia será uma vitória"...
Nunca me esqueci do sentido destas palavras que somente nós os três percebemos na íntegra. Ainda hoje tudo o que fui conseguindo no prete á porter da vida não é fruto de uma falsa humildade ou de uma sensação de inferioridade ou submissão perante ninguém...o que a minha Mãe me quis dizer naquele final de tarde algarvio foi que dia a dia, grão a grão, sonhando e lutando diariamente podemos indo somando vitórias "pequeninas" que se traduzem numa glória mais saborosa e conseguida.
Nunca nos vergarmos, nunca nos rendermos, nunca deixarmos de lutar por um amanhecer melhor e nunca mas nunca deixarmos os sonhos morrerem dentro de nós ... Para ti Virginia Correia ♥️ que és o melhor do que trago dentro de mim um Amo te profundo por tudo o que o tempo não apaga: Como uma frase num final de dia fez de mim o homem que hoje sou...
Do teu Paulinho 💪🙏❤️

segunda-feira, outubro 22, 2012

Na Escuridão

Luz apagada. Corpo aceso, iluminado pelo desejo de escrever meias linhas ensonadas antes do sono quebrar a resistência da alma e pestanejar até ao amanhã próximo.

Ouço ZZ Ward no estimulante "Put The Gun Down". Relembro que todos nós passamos por momentos de escuridão; alturas em que as sombras do negativismo e das nuvens carregadas de chuva negra e imperam na ordem imperial que diz ao corpo que ordene ao cérebro que tudo é impossível e nada esta ao alcance dos sonhos que traçamos.

A música para e sinto os dedos agitados a deslizarem no teclado. Mais um cigarro seco e um chá gelado. Na ponta dos dedos nasce a luz que me ilumina rumo ao novo dia que irá explodir e acabar tarde.

Batalhas a travar, guerras para ganhar, caminhos por galgar e rotas por (re)definir. Dúvidas no sucesso, mas a certeza firme que a fagulha que acende a luz está ao meu alcance, ao virar duma qualquer esquina imaginária onde uma placa chamada destino me diz que somos todos pontos de luz no meio da escuridão que por vezes nos cerca.

domingo, dezembro 11, 2011

Um Copo de Vinho

Exercicio recorrente: Quando me quero concentrar para escrever um pouco, nada melhor que um bom (meio) copo de vinho para começar a aguçar as ideias e derrama-las ora para o papel, ora para a tela cibernética do portátil.

Lembro-me do cheiro a medronho doce carregado, da acidez do bagaço corrente e das doses de vinho tinto de garrafão que observava no tasco da "ti rita" quando puto o meu pai me ia levar à escola ou a minha mãe me carregava  à minha avo de criação. Por entre o vidro fino, observava os rostos e sentia os cheiros da cidade - rostos -  a tomar vida.

Nunca percebi o real sentido do ritual até que, passados muitos anos, quando era relações públicas de vários estabelecimentos nocturnos na ribeira portuense, me deparei com clientes como as stripers...sim stripers...que após a hora de expediente deambulavam ora para relaxar após uma noite de trabalho, ora para "caçar" um cliente (mais...intimo) para repor a (má) facturação da jornada de trabalho.

Aos poucos entrei nas vidas (muitas vezes dramas) destas mulheres. Sempre com o tema recorrente das drogas e álcool como escapatória para mais um dia de crua realidade, ora como factor de desinibição para mais uma table dance, para mais um strip sugestivo.

Intui então a carga emocional e física "Dum Copo de Vinho"...

domingo, dezembro 04, 2011

Mediocridade(s)

Dia de relax após final de semana "social" entre amigos. Telefonemas para ajustar alguns trajectos - rotas - profissionais, misturados com chamadas pessoais para o mel da sempre no campo pessoal.

Lembrei-me do falecido professor Amílcar Quaresma que me incutiu o "bichinho" do jornalismo e comunicação. Ao oferecer-me o Guia Alfabético da Comunicação de Massas (de Jean Cazeneuve) vociferou-me de forma carinhosa: "Com defeitos e virtudes, nunca sejas mais um na multidão".

Tenho tentado seguir essa norma de vida no campo profissional e pessoal. Relembro com intensidade essas palavras dum homem bom e sábio que toda a vida se dedicou ao ensino e aos mais jovens; e que me ensinou que as palavras - ditas e escritas - são tão válidas como os actos e vivências.

Após meses longos de luta árdua, contemplo a ironia que, após ditos e desditos, calúnias e ataques à minha vida pessoal e profissional, ainda "estou cá".

Ao olhar para o caminho que se avizinha, ao "sentir" o projecto da Sopro de Carinho (e suas crianças); além da confiança de todos aqueles que me depositam valor através de avenças e projectos vários; verifico que o que o "prof" Quaresma me procurava transmitir é que, independentemente, do que os outros pensam de nós (sinceramente ou não...), a "prova dos 9" não é mais o que a nossa consciência ética nos dita.

Essencialmente contra anões e autístas de postura e atitude...ao fim ao cabo sou um homem (eternamente) incompleto mas feliz pelo que tenho, pelo que sou, pelo que luto...

terça-feira, novembro 15, 2011

De Volta (à escrita)

Os dedos, nervosos e tensos, escorregam pelas keys do teclado gasto na guerra do dia a dia. Qual virgem em intenso jogo de preliminares, tento que as palavras desçam da memória - densa - para a magia das sílabas monocórdicas  que explodem na vontade vertiginosa de novas escritas.

Jogo de silêncios estridentes, de sons mudos e subliminares, tento apanhar o ritmo das letras e do vício que me povoa desde puto: Escrever, re(escrever); formatar, re(formatar). 

A vida como a escrita. Pausas. Começos e recomeços.

domingo, setembro 18, 2011

Cidade de Babel

Sempre me fascinou pousar as malas em destino incerto e descobrir por mim mesmo os cheiros, pulsões e ritmos próprios de qualquer cidade ou lugarejo perdido no mapa mundo global.

O Porto, pouso fixo de há vários anos, permite-me (ainda) a descoberta quase diária de novos ritmos e cheiros; a vantagem das vielas estreitas e acentuadas em que o livre arbítrio da escolha do caminho a tomar, revela-nos sempre novos sitios e pessoas.

Cheiro de bifanas logo pela manhã, antes de chegar a meu gabinete em plena rua de Santa Catarina, intercalado com pregões das bocas "picantes" das vendedoras de ocasião que já madrugam e vendem uma colecção de relógios e óculos de sol a roçar a perfeição de falsificações tendencialmente mais próximas do original.

Corto pela Igreja da Trindade e galgo passos pela rua "vermelha" (versão mini do "bairro vermelho" de Amsterdão), sabendo que a "torre de Babel" de prostitutas de várias nações vai se atravessar em meu caminho. 

Acendo um cigarro e faço um telefonema de ocasião; sei que basta um olhar de mera curiosidade para o que me rodeia (e logo eu que olho "olhos nos olhos" sempre...) e será a "morte" do artista para o desafio de frases açucaradas e propostas indecentes.

Quase que passo incólume na rua de apenas 100 metros; mas no final não resisto em olhar para trás e observar furtivamente as figuras femininas presentes na rua. Naturalmente, surgem as "bocas" e desafios. Sorrio educadamente e arrepio caminho até desaparecer na multidão que procura o primeiro café fumegante da - na - manhã já em pulmão da rua de Santa Catarina.

Dou valor a quem trabalha honestamente e não aos artistas que se gabam e pavoneiam sem nada produzir. Quer seja um lixeiro, padeiro, ou uma simples prostituta na torre de Babel que constitui o mundo. Por trás de cada rosto uma história, uma mágoa, uma dor, vários caminhos...

segunda-feira, setembro 05, 2011

"Meio Cheio - Meio Vazio"

Final de tarde a fugir para o negro da noite. Observo o copo de vinho "meio cheio - meio vazio" e sorrio ao me recordar do meu "fetiche" de guardar religiosamente (dezenas) de rolhas de todas as garrafas abertas no meu confortável apartamento.

Cada rolha, representa um evento especial: Convívios entre amigos, jantares a 2 ou a antecedência de noites de paixão; sinónimos que afinal todos os objectos tem dentro de si uma história, um aroma, e um estilhaço de memória do que já foi.

Vagarosamente, encho o copo lânguido e retiro a rolha para os arquivos. Mais uma história, mais um pensamento, mais uma batalha a travar. Como na estrada da vida: "Meio Cheio - Meio Vazio". 

domingo, setembro 04, 2011

Feira de Custóias

Sábado à tarde tirado para, entre amigos, vagabundear pela popular feira de Custóias e sentir o cheiro a fritos, ouvir os pregões de venda e "sentir" o vasto diverso da multidão que dá colorido e conteúdo a uma das feiras mais populares da zona norte.

Adoro ouvir a "ladainha" dos ciganos a venderem o seu "peixe", e gosto de regatear e travar conhecimento com pessoas que nunca vi na vida: Entrar no seu mundo, vivenciar suas histórias e tentar sobreviver na arte - tentativa -  de (re)baixamento de preços de artigos vários.

Rapidamente fujo para a banca dos relógios de contrafacção (ou roubados), detendo-me num Armani (quase) perfeito na sua simplicidade de formato e linhas modernas e herméticas. Travo conhecimento com a cigana de serviço: 50 e tal anos, rosto bronzeado pelo sol forte e cicatriz profunda na face esquerda.

Começámos a licitação nos 35 euros, acabando o acordo, em 25 longos minutos, por 10 euros. Sorrateiramente, aceitando a verba acordada, chama-me "belo mas esquisito"; sorrio e arrepio caminho para a densidade da feira. Esperam-me mais vozes, cheiros e cores para percorrer. Tal como na vida: Caminhos por galgar.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Céu d'Agosto

Final do dia com o céu a tomar cor e rumo invulgar. Pinceladas rosa como cenário teatral, nuvens carregadas de chuva a fazer amor com um arco íris sugestivo. Ao fundo - no fundo dos fundos - duas gaivotas voam em círculos perfeitos, ensaiando um voo picado sobre coisa nenhuma.

O sol ainda surge escondido, transmitindo  força de luz camuflada a um cenário surrealista mas belo na essência que "algo" existe lá fora além deste bailado mortal de corpos, desejos e invejas fúteis que nos percorrem nos dias terrenos da nossa existência mortal.

Contenho o desejo dum cigarro pecaminoso e calço as sapatilhas para arrepiar estrada e correr um pouco tendo o céu como guia e suporte dos meus pensamentos. Instintivamente, levanto novamente o olhar para o firmamento  e faço uma pausa antes da grande corrida. Um céu assim só pode intuir e adivinhar que algo de bom vem a caminho. De todos nós.


Diário dum Saltimbanco

Ouço Dido a cantar "Here With Me" e detenho-me no refrão "I Am What I Am". Recordo-me dos 18 anos em Faro no Algarve; qual saltimbanco de circo "emigrei"(com "i) para 5 anos em Matosinhos para viver um tempo único na faculdade onde cruzei experiências e passei mais tempo em camas alheias, serões em bares e discotecas do que propriamente em salas de aulas.

Não me arrependo. Bebi da escola da vida e cresci como pessoa; na retina deste texto mal pontuado, relembro-me das tardes passadas no bar da faculdade a ouvir acordes de guitarra e a discutir filosoficamente com os professores aos quais, de forma provocadora, faltava às aulas ou saia de "fininho" no intervalo das aulas massacrantes de 3 horas.

Lembro-me das batalhas associativas para a AA UFP em que combati com orgulho por causas que me pareceram justas e em que aprendi um pouco o valor do sacrifício e da força e fé para mover montanhas. Devo muito a todos aqueles que tocaram a minha vida nesse período.

Ainda não defini um lugar a que possa chamar "casa", mas, confesso, gosto do meu trajecto de saltimbanco itenerante: 18 anos em Faro, 5 em Matosinhos e (por agora) 11 no Porto. A vida tem a maravilha abençoada que, independentemente dos cenários, a partilha de experiências e recordações permitem-nos avançar rumo a novos desafios.

Dia 15 Setembro iniciarei um dos maiores desafios da minha carreira, e irei pensar em todos aqueles que passando na minha vida, contribuíram activamente para eu ser a pessoa que sou hoje. 

Em suma: Um nómada em crescimento, com o desafio do novo amanhecer a aparecer já ali...ao virar de qualquer esquina, seja em Faro, Matosinhos, Porto ou no canto mais improvável que a imaginação (desejo) possa materializar...


quarta-feira, agosto 31, 2011

"Chuta-Chuta"

Recordo a alcunha que o jogador Bruno César do Benfica possui ("Chuta-Chuta") e não posso deixar de sorrir. O talentoso médio brasileiro (autor dum super golo contra o nacional da madeira) granjeou o apelido designado pela "fome" de tentar inúmeras vezes o golo; sendo amiúde acusado de egoísmo e excesso de...tentativas.

Faço a analogia com a vida real: Chutamos muito e erramos ainda mais: Bolas à trave e ao lado são "pão nosso de cada dia"; no entanto o que seria do sal da vida senão a pimenta voraz da arte de acreditar que o destino se constrói pela teimosia de tentarmos sempre e sempre...mesmo que muitas vezes a bola saia ao lado ou beije suavemente a trave...

segunda-feira, agosto 29, 2011

Verdade & Mentira (digital) I

Com o passar dos últimos anos, tendencialmente, as plataformas digitais e suas diferentes nuances ocupam espaços crescentes ora para divulgação de produtos e serviços corporated, ora para o explanar da extensão da vida pessoal de todos nós.

A tendência subliminar que é somente "pessoa completa"quem  possui "morada" no universo internet ganha consciência na mente das massas (todos nós no individual, diluidos na consciência colectiva). Qual a surpresa quando perguntamos ao amigo/a "x": Não tens facebook?!

Passámos gradualmente duma tipologia de informação condicionada para um alargar massivo do leque de opções. Depois, veio o boom da internet e seus diferentes estágios de evoluções. Estamos agora na etapa em que todos nós somos fontes e produtores de informação variada, nem sempre fidedigna, nem sempre benigna e positiva na ética e moral inerente.



sábado, agosto 27, 2011

Alice

Recordo o encontro de ontem com a "minha" doce Alice, no final de tarde frio em Santa Catarina. A cumplicidade de sempre com uma menina de 8 anos em que os problemas da paralisia cerebral parecem passar ao lado; resvalando num rosto aberto que transmite a paz que nos falta - por vezes - no dia a dia violento e competitivo.

Palavras soltas com os país Ezequiel e Célia, e o sentimento colectivo de injustiças e promessas por cumprir. Mundo cão, tranvestido de animais vestidos de pessoas que alimentam esperança e destroem (momentaneamente) sonhos e quimeras desejáveis.

A Alice cativou-me desde a primeira hora em que a conheci. Num dia solarengo de "corre-corre" para Lisboa em direcção aos estúdios da SIC, em que a frontalidade do seu olhar de criança me transmitiu um sentimento de amor universal.

Agora, mais do que nunca, a Alice para mim é uma causa, uma bandeira, uma forma de me colocar em paz comigo mesmo e com o mundo. Afinal o que vem dentro de mim verte forte, e pelo sorriso desta Criança-Guerreira, apetece-me hoje e sempre dar o melhor de mim...

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Férias mortas e (quase) acabadas e o mês de Setembro a destilar em escolha de opções profissionais várias. Final de semana escolhido para retiro sabático e selecção entre três convites que me chegaram às mãos e que  estou a analisar "ao pintelho".

Vinho tinto alentejano para amadurecer as ideias com telemóveis em off silencioso para poder avaliar os "prós e contras" de cada proposta apresentada.

Pés descalços na parede, portátil no chão frio da varanda, com o vento de verão, ainda quente, a sacudir o corpo e a colar - juntar - os pensamentos como que a impelir os neurónios na escolha derradeira...

sábado, agosto 20, 2011

Notas d'Verão

Verão a destilar de forma agradável e lânguida, com sol praia e areia deslizante por baixo dos pés já negros do bronze Algarvio. Leituras várias a olhar para as ondas, jantares divididos entre família e amigos, com a alegria sincera de quem nos ama pelo que nós somos.

A vida é um jogo de reconstrução constante em que as batalhas, por vezes (muitas vezes), são duras e longas. Somente os fortes prevalecem na força mental do acreditar (sempre) do que somos e do que valemos. Na parte das considerações metafisicas do "real significado da vida"; estas férias tem sido um bom ponto para uma nova partida aliciante.

Daqui a 3 dias a (re)descoberta do Porto, com uma passagem rápida por Viena. Depois o mergulho nos novos desafios e o rever do ciclo vasto de amigos. 

Minha vida: O eterno retorno entre vários pontos, com múltiplas paragens e estações. Afinal a eterna satisfação/insatisfação da viagem que progride...

sábado, agosto 06, 2011

O Circo (e os anões...)

Tarde bem passada entre ex colegas do projecto da Sonho d'Afectos para convívio salutar e resoluções importantes de quem luta pelos seus direitos básicos.

Lembrei-me, de forma subliminar mas consciente, quando era "puto" e ia ao circo ver os palhaços e anões e me maravilhava perante o espectáculo de cores garridas e na ilusão ditada pela verdura da tenra idade.

Com o avançar do relógio biológico, perdemos a ingenuidade acerca dos palhaços e anões e habituamo-nos a lidar com a verdade (nua e crua) de que nem os palhaços são tão coloridos nas tonalidades, nem os anões tem a graça e encanto que pensamos na génese da nossa ingenuidade infantil.

Todas estas metáforas, para dedicar estas linhas adornadas (nem todos irão perceber o português aqui derramado...mas enfim...) a todos aqueles que durante mais dum ano me acompanharam na Sonho D'afectos. 

Agora os desafios profissionais apontam-nos, individualmente e colectivamente, para outras paragens  e formas de viver mais condizentes com a nossa ética e valor (pessoal e profissional).

Numa perspectiva bíblica e católica, tudo tem vingança (leia-se justiça) justa e retribuição proporcional ao mal semeado e efectivado. Hoje, ao falar e conviver com um grupo de gente boa e ética, intui o futuro e visionei que nem os anões nem os palhaços tem a inteligência e a impunidade que a meu imaginário infantil formatava.

Ao fim ao cabo a verdade é realidade incontornável e a vida ensina-nos que a verdade escorre como o azeite e deriva à tona, mesmo contra as calúnias pessoais e profissionais de quem nos tenta deitar abaixo de forma torpe.

Post Scriptum: Altura de ir a banhos, de abraçar aqueles que eu amo e me amam e voltar em meados de Agosto para novas batalhas e desafios aliciantes. 


...Reafirmo...estas  linhas dedico-as a quem me acompanhou profissionalmente de forma digna e séria no último ano e meio: Aos bons profissionais com os quais tive orgulho de privar, às boas pessoas com as quais criei amizade e vínculos positivos. 
Dos "outros"...não reza a minha história nem a minha escrita...

segunda-feira, agosto 01, 2011

Na Cagadeira

O titulo do post não é nada pomposo (talvez...higiénico...) mas reflecte o inicio dum dia que amanheceu bem cedo. "Corrida" para a casa de banho, fazendo as necessidades madrugadoras com a agenda na mão para planear a última semana antes de uma pausa para férias.

As saudades do meu Algarve de nascimento apertam e a necessidade de rever rostos, sentir abraços, cheirar odores familiares e afins, remetem para a inevitabilidade de uma pausa (quase) tão necessária como o acto de respirar.

Alinho apontamentos e rabiscos com a minha letra profundamente inestética: Hábito de sempre para não esquecer "pontas soltas" e ir de encontro aos novos projectos que irão abrir com o mês de Setembro.  Faço uma pausa para lavar os dentes e deitar água fria no rosto, com o calor da manhã nublada já a marcar pontos.

Ao fim ao cabo a "cagadeira" (vulgo wc/casa de banho) é o primeiro ponto de trabalho e de livre pensamento no rasgar do novo dia. Pena puxar o autoclismo e a "lavagem" de problemas e barreiras não desaparecer...galgo pelas ruas ainda despidas de gente e arrepio caminho para o primeiro café da jornada que dá pelo nome de vida...a esperança está já ali ao virar da esquina...sempre...

segunda-feira, julho 18, 2011

Em Qualque Lugar

Acaricio o rosto, destapando as gotas de chuva (fora de época) que me cobre a face. Arrebito caminho no Porto para café entre amigos para reencontro de muitos que há muito não vejo.

Imagino-me por momentos no meu Faro de nascimento entre amigos e família. Transporto-me para o alentejo para respirar o ar puro da gente boa: Minhas origens do lado de minha mãe.

Viajo para a marina de Vilamoura para beber um café de final de tarde e contemplar o mar e os barcos dos ricos todos poderosos: Ao longe - perto - o português típico (pobre, inchado e arrogante na sua pequenez) passeia tirando fotografias vaidosas e sem conteúdo.

Acordo num areal em Albufeira, cheirando as ondas da espuma do mar profundo e azul. Vou ao sitio do costume jantar frango aromático e beber sangria branca: Imersa na profundidade dos pensamentos que me percorrem.

Subitamente desperto e descubro que hoje queria estar em qualquer lugar, menos onde estou...

Vida: A eterna viagem...o eterno retorno ao ponto de origem...

sexta-feira, julho 01, 2011

Planeta "Troika"

Boquiaberto, assisto aos noticiários que destilam a figura de Passos Coelho a debitar a anulação (roubo) de metade do subsídio de natal à quase totalidade dos reformados tugas. Mais medidas de austeridade para os mesmos do costume.

A merda habitual: Mantém-se os cargos milionários, os motoristas e bólides caras dos ministros e afins; e o pobre mexilhão (quase todos nós) é que se fode na dificuldade do dia a dia de dificuldades.

É por estas e por outras que, tendo (algum)    orgulho de ser portuga, cada vez tenho mais vontade de arrumar as malas e zarpar para qualquer canto deste mundo louco e esquecer que este Portugal não é mais que uma província de fazer dó e (não) chorar por mais...

terça-feira, junho 28, 2011

Os Pilares da Terra

Começo a preparar na prática a primeira edição da "workshops in dragão". Um agradecimento especial à Daniela Batista (formadora), Ana Leão (FC Porto Sad) e à designer Nina Maria.

Lutar contra o relógio tem sempre algo de fornicante, mas com o aliciante do desafio por ultrapassar. Penso (à minha maneira) nos pilares da terra que nos unem a todos nós como pontos de luz neste universo fodido mas aliciante na (re)descoberta constante.

Vou ao bloco de notas e, na minha caligrafia horrível, rabusco mais alguns gatafunhos de forma a preparar a a "carne para o assador". Objetivo mínimo para a primeira workshop: 50 pessoas.

Vou aos meus "pilares da terra" e procuro inspiração nas raízes que me unem à essência da terra profunda, lavrada a sangue e lágrimas, mesclada com a alegria que por vezes sentimos quando atingimos, conquistamos e suspiramos vitórias momentâneas.