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quinta-feira, julho 07, 2011

"Nada me Faltará"

Acabo de ler a última crónica da falecida Maria José Nogueira Pinto no Diário de Noticias. Entregue na redacção 2 horas antes da sua morte, as linhas escorridas não são mais do que a despedida singela de uma mulher guerreira, lutadora e com valores morais e éticos bem definidos.

Tendo eu o "ADN" genético de esquerda e de seus valores e ideais; não concordava com a maioria das posições assumidas por esta grande mulher, que bebia referências na direita conservadora. No entanto a vida ensina-nos a humildade de intuirmos que nem tudo se resume a "certos e errados" ou a "amigos e inimigos".

Essencialmente Portugal perdeu uma lusitana de cepa, de valores e coragem. Ficamos todos mais pobres, nesta altura de pobreza material e espiritual.

Nestas linhas a minha simples homenagem: Vaya con Dios "Zezinha"...

sábado, março 21, 2009

Homenagem (Amilcar Quaresma)

Soube há alguns dias, pelo excelente blogue Defesa de Faro, que o meu ex professor dos tempos idos de liceu, Amilcar Quaresma, tinha falecido aos 75 anos de idade. Vou partilhar convosco “quem” era Amilcar Quaresma. Homem bom, desprovido de vaidade e sempre disposto a arriscar tudo pelos seus alunos. Incutiu-me desde a primeira hora o desejo forte de agarrar a profissão de jornalista, oferecendo-me o meu primeiro livro da Meca da Comunicação : O Guia Alfabético das Comunicações de Massas (de Jean Cazeneuve). Convidou-me para jornalista do mítico “Preto no Branco”, no qual cheguei a director adjunto. Possibilitou-me os primeiros “furos” jornalísticos com entrevistas inesquecíveis a Luis Figo,Carlos Queiroz e Bizarro. Por tudo isto e muito mais, foi mais que um simples professor; foi um amigo e companheiro de viagem dos primeiros cheiros e sons no mundo da comunicação, ensinando-me que a ética está acima de tudo o resto. Fez-me ver, através de discussões muito acaloradas, que as boas noticias também tem de ser noticiadas, afinal forma nobre de me dizer que o mundo é feito de afectos e esperanças, mesmo quando o mal e o negro prevalecem. Carinhosamente, baptizou-me de “Intelectual de Esquerda” e deu-me a honra de escrever sobre mim e sobre as nossas discussões na edição histórica dos seus “Liciadas”(uma espécie de Oscares made in liceu, versão escrita em tons humorísticos). Professor : Lembro-me de si sempre com o carinho e respeito que os grandes como você merecem. Até sempre…um dia colocamos a escrita em dia e continuaremos as nossas discussões filosóficas sobre o mundo (i)real.
Um abraço do seu "Intelectual de Esquerda"...