Mostrar mensagens com a etiqueta CRISE. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta CRISE. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, novembro 25, 2011

Fura Greves

Greve em terras lusitanas; sinónimo dos tempos difíceis em que ralhamos por pão na boca seca de tanta crise e dificuldade no dia a dia do planeta global.

Furei a greve pelo aliar de vários factores. Tenho uma entidade patronal justa, preciso de trabalhar e intui que "valores mais altos se levantam" do que o simples facto de protestar sem que esse protesto legitimo  se traduza em melhorias práticas na vida colectiva aqui dos indígenas (onde me incluo)  da pátria esburacada.

Cada vez mais, possuindo o meu ADN os genes de esquerda liberal/moderada, odeio a classe politica que, da esquerda à direita, não se resume- reduz - a mais do que tão somente a um bando de bazófias dialécticos que nos afundam o mais que podem.

Estamos no pais do Duarte (Lima), do Isaltino (Morais...sem moral...). Na segunda pátria de Jardim (Alberto),  Vara (Armando) e companhia. Estamos afinal no pais em que os políticos são pálidos, baços, corruptos e bocejantes.

Furei a Greve não por patriotismo ou por estar contra a génese (sentimento) do protesto. Furei a greve por na prática sentir que na encruzilhada em que estamos; a melhor solução é lutar na prática do dia a dia (quem ainda tem essa hipótese). 

Furei a greve porque as centrais sindicais não são mais do que bandos organizados que vivem da boa fé e desespero dos trabalhadores, sendo assim iguais aos que criticam.

Furei a greve porque não gosto do Cavaco Silva, do Passos Coelho, Louçã, Portas ou José Seguro, e não me deixo transformar em ovelha no rebanho manso. 

A minha solidariedade para todos aqueles que dolorosamente sofrem pelo desemprego e fome, pela injustiça deste mundo cão e feito de egoísmos em que a economia dorme com a politica fornicando-nos a todos.


domingo, setembro 18, 2011

Bronca (na Madeira)

Não constitui surpresa as recentes manchetes bombásticas que dão conta da derrapagem (escondida durante anos) das contas da Madeira de Alberto João Jardim: O rei absoluto do desnorte despudorado dos ilhéus da tugolândia.

Num país onde a classe politica, corrupta e permissiva, marca pontos diariamente; eis que as reacções de timidez comprometida de Cavaco Silva e Passos Coelho somente (re)demonstram que o "rei" vai nu e que a falta de vergonha (e de atitudes) não conhece limites.

No seu trono do Funchal, Alberto João Jardim ri e sorri. Afinal o máximo que poderá acontecer ao ditador (eleito democraticamente frise-se...) da Madeira é uma multa de 25 mil euros...

País estranho este Portugal das Bananas e dos Bananas...

domingo, setembro 11, 2011

Educação e a Teoria do Caos

Sinceramente, este país cada vez mais parece um barco naufragado com rombos em demasia para continuar a navegar e chegar a porto seguro e sereno. Lendo as noticias dos últimos dias constato que o tema tabu da educação (o "outro" será a saúde...) tem "pano para mangas" neste inicio de ano lectivo.

Entre escolas sem condições para abrir, estabelecimentos encerrados definitivamente e falta de verbas para financiar a alimentação e manuais escolares dos mais carenciados, venha o diabo e escolha na lusitânia pátria um caminho e rumo que nos permita ter esperança nas crianças de hoje e futuros homens e mulheres do amanhã.

Um pais que forma "analfabrutos" ora não dando condições mínimas aos estudantes, ora facilitando a vida dos "putos" até ao 12º ano com o objectivo de preencher quotas e estatísticas da União Europeia. Começo a pensar que estamos, inevitavelmente, na mão tentacular do vento das vontades de políticos duvidosos e agentes da educação passivos e banais.


sexta-feira, setembro 02, 2011

Corte & Cortes

Confesso-vos: Estou quase a desistir de ler jornais e ver noticiários. Todos os dias as letras derramadas e as imagens em desfile televisivo falam da crise - puta real em forma de bête noir - e na sua influência "cientifica" - (tudo bem "explicadinho" claro está) na vida de todos nós.

Desde a teoria de como no Natal não iremos comer bacalhau mas sim atum, passando pelos preços (proibitivos) dos manuais escolares ou pelo aumento do desemprego para 2012. Sinceramente, se não fosse careca, ficaria diariamente com os cabelos em pé perante os cenários (reais) apresentados.

Todos nós sabemos, sentimos e respiramos a porra desta crise maldita e voraz, que dia após dia nos obriga (aos conscientes) a tentar reduzir custos e encontrar malabarismos para pudermos cumprir com as nossas obrigações (sejam elas quais forem) e mantermos  um nível de vida digno e com alguma qualidade.

Sempre apreciei as coisas simples (não confundir com banais...), mas nesta fase ainda mais reforço o gosto dum  copo de vinho entre amigos no final do dia em Santa Catarina, um café derramado sob a praia no sol de Matosinhos ou jantares com palavras ( e de preferência bom vinho tinto alentejano daqueles da promoção Pingo Doce...) destiladas até que o sono venha e as garrafas pinguem apenas miragens do liquido tragado pelas goelas sedentas de esperança para afugentar o fantasma da crise e reconstruir as teias do positivismo que devem pulvilhar a vida.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Nós e os Ricos

Imaginem um aquário repleto de peixes garridos de várias cores. Dentro do aquário existe uma linha invisível que divide os peixes maiores (melhor alimentados) e mais garridos, dos  peixes menores e com cor mais pálida. Todos tentam sobreviver dentro do aquário, sendo que a força dos mais poderosos e fortes prevalece.

Arremetidos duma súbita generosidade, os peixes maiores cedem um pouco do seu espaço aos menores, deixando-os ultrapassar (aparentemente) a linha invisível que divide o aquário global. Em síntese: O peixe grande não deixa de ser grande e o pequeno não deixa ser pequeno. A diferença reside no facto psicológico de que os grandes dão um ar de generosidade estóica e os pequenos deixam-se seduzir.

Tudo "isto" a propósito da discussão da taxação mais elevada acerca dos rendimentos dos mais ricos e poderosos. Tanto em Portugal, como no mundo, uma tentativa de acalmar as massas contestatárias enquanto nos limpam a nós, peixes pequenos, as escamas e nos tiram o brilho e (pouca) força existente. 

Enquanto a manobra de diversão ocorre, vamos todos cantando e rindo como se o mundo fosse uma quimera dourada e o equilíbrio tivesse sido reposto. Tal como num aquário com sua linha invisível.

terça-feira, agosto 02, 2011

O Estado da Nação

Pais curioso este Portugal à beira mar plantado. Dependentes da troika do FMI, prisioneiros dos ventos e brisas que escorrem da conjuntura internacional. Nação de contrastes na depressão dum fado traçado, de jobs for the boys (repararam que não foram revelados os ordenados certamente milionários dos novos administradores da Caixa Geral de Depósitos?!).

Acho que, tendencialmente, vivemos num pais de faz de conta onde a insanidade do consumismo continua a marcar pontos, modas e tendências de formas de viver como se não existisse amanhã.

A lógica miserável (de mentalidades) de gastarmos mais do que podemos, de não abdicarmos de nada (abençoado cartão de crédito para muitos...) e continuarmos a enterrar a cabeça na areia. Afinal para quê tentarmos remar contra a maré, quando o mundo parece acabar já ali ao virar da rua?!

O governo e a oposição  fazem acordos e desacordos de ocasião: Forma de aliança sacra para defender o "polvo" duma classe politica requintada e requentada em panelas cinzentas e gastas na forma e (não) conteúdo.

Nós, mexilhão pequeno e colectivo, percorremos os caminhos da confusão, mexendo-nos como marionetas num jogo em que não controlamos nada de nada. Somos peões globais num mundo em que os interesses corporativos e a politica hedonista do "eu" individual marca pontos todos os dias.

Resta-nos o futebol ao Domingo, o fado triste da Amália e a crença que nossa senhora de Fátima irá aparecer novamente na cova de Santa Iria para nos resolver milagrosamente os problemas...e que tal se, para variar, fizéssemos algo para mudar realmente  o estado das coisas?!




sexta-feira, julho 01, 2011

Planeta "Troika"

Boquiaberto, assisto aos noticiários que destilam a figura de Passos Coelho a debitar a anulação (roubo) de metade do subsídio de natal à quase totalidade dos reformados tugas. Mais medidas de austeridade para os mesmos do costume.

A merda habitual: Mantém-se os cargos milionários, os motoristas e bólides caras dos ministros e afins; e o pobre mexilhão (quase todos nós) é que se fode na dificuldade do dia a dia de dificuldades.

É por estas e por outras que, tendo (algum)    orgulho de ser portuga, cada vez tenho mais vontade de arrumar as malas e zarpar para qualquer canto deste mundo louco e esquecer que este Portugal não é mais que uma província de fazer dó e (não) chorar por mais...

domingo, junho 26, 2011

Paz e Guerra

Começo o post desprovido de objetivo claro, tão somente com um titulo de contradição aparente: Paz e Guerra. Lentamente a memória destila e recicla os meus últimos anos de luta pessoal e profissional, com os enquadramentos de uma altura temporal em que a palavra "crise" nos tira a paz d'alma e discernimento a todos nós; mexendo com "tudo e todos" que nos rodeiam.

Busco a força nos pensamentos de batalhas passadas: Vencidas e Ultrapassadas  com (por vezes) lágrimas de sangue e ajuda humana e (quem sabe...) divina.

Somos todos cinzas e poeira. Formigas ao vento saboreado do destino, cabendo-nos lutar até à exaustão nas alturas em que tudo parece turvo, com névoa profunda e densidade de tempestade forte.

Tudo é Paz e Guerra: A Paz que ansiamos, e a Guerra (batalhas) corporizada nos caminhos que temos que galgar para chegar ao ponto de equilíbrio...

domingo, abril 10, 2011

FMI

As crises em Portugal (tal como no mundo) são um pouco como o teatro: O mito da eterna crise retornada.

Posto esta "posta" inicial, relembro na minha memória a crise do inicio da década de 80, em que eu, um puto de meia dúzia de anos, tomei a consciência (inconsciente) da sigla maldita do FMI. Recordo a calma habitual de minha mãe e o stress decidido em efervescência pura, bem típica de meu pai.

Passados esses anos de crise, mais "vulcões" surgiram. As crises habituais do pais, as globais que nos afectaram (afectam) sempre; bem como as mutações do meu clã duro familiar, ele próprio (eu próprio) afectado pelas alterações económicas inerentes de mudanças de empregos e afins.

Esta crise (alerto para que este texto tem a maior percentagem de uso do termo "crise" por linha produzida...) não me mete o medo glaciar que paralisa muitos. Esta crise não me deixa passar noites sem sono ou me faz repensar "tudo e todos".

Esta crise preocupa-me e faz-me ter mecanismos de defesa iguais a milhões de portugueses conscientes; mas nunca me retirará a capacidade de sonhar com um futuro melhor e lutar por ele. Afinal para mim a palavra maldita "crise" é termo corriqueiro do dia a dia de quem percorre a vida, com todos os tropeções inerentes que o percurso dita.

sábado, abril 02, 2011

Nós Por Cá

Começo a escrever destilando na minha mente os últimos acontecimentos aqui da lusitânia tuga pátria. O governo cai naturalmente com a erosão dos tempos difíceis à mistura de uma doutrina "socrática" com laivos de autismo desconectado da realidade.

Revejo nos canais cibernéticos o triste discurso de Cavaco Silva que, convocando naturais eleições antecipadas, apela a um consenso alargado dos portugueses, pedindo despudoradamente uma maioria do "centrão" ao eleitorado: forma de campanha partidária em nada condizente com o seu status de chefe máximo da republica.

A cada dia que passa mais tugas na miséria e penúria dolorosa de quem quer pagar e não tem dinheiro, de quem quer comer e não tem para comer, de quem quer emprego e não o consegue obter.

Passos Coelho pisca o olho à ajuda externa, não explicando cá aos tugas mexilhões da arraia miúda - todos nós - porque carga de água chumba o PEC e afinal recorre aos mesmos canais de peditório de (falsa) salvação que o governo socialista.

Nós por cá, continuamos fornicadamente fodidos com rei deposto, barriga vazia e olhos presos na expectativa de mais triste fado no horizonte do nosso descontentamento.

sábado, março 26, 2011

Mudança(s)

O governo socrático caiu (demitiu-se), sem mudanças de fundo à vista curta no país à beira mar desarmado. 

Maio/Junho marcado por nova ronda eleitoral onde Passos Coelho, Sócrates, Portas e companhia tentarão ganhar as rédeas do poder. Cada um com jogo definido e objectivos e agendas próprias que destoam do (falso) interesse nacional apregoado.

Hoje dia de eleições para os lados de Avalade, onde os apaniguados do Sporting Clube de Portugal escolherão entre os 5 candidatos possíveis. Com a mesma lógica de agendas e objectivos próprios, avizinham-se para os lados da toca dos "lagartos" a mesma onda de dificuldades esburacadas que a lusitânia atravessa no contexto (conturbado) global.

Mudanças, escolhas e opções. Como tudo na vida, o caminho faz-se caminhando em frente. No entanto parece-me que a única mudança segura nos próximos tempos em Portugal vai ocorrer hoje de madrugada quando a hora mudar às 01h00...

quarta-feira, março 23, 2011

Cai...Não Cai...

Hoje é o dia no qual o "Governo Pode Cair" (made in Jornal Público). Se cair...qual a diferença?!...se não cair o que (não) muda?!...Dilema desta lusitânia pátria esburacada, onde o rei da razão há muito que vai nu e sem roupagens de racionalidade ( na classe politica) em que o interesse nacional colectivo  não suplanta o  egoísmo cego da sede de poder, que percorre as veias de Sócrates, Louçã, Portas e Passos Coelho.

Para mim o "cai...não cai" representa o sabor de um bocejo em que nada mudará para a comum vida fornicante de (quase) todos nós mexilhões envolvidos no lodo da crise profunda.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

O Mosaico (no Egipto)

Nunca compreendi bem a "cena" das revoluções heróicas sem tiros e sangue: Onde tudo parece, como por magia, se transformar na versão Guevarista de "Alice no País das Maravilhas".

Recordo-me das histórias que preencheram a minha infância; onde meu avô e meu pai falavam com entusiasmo do Abril do nosso contentamento. Afinal, data onde tudo mudou à base da pólvora seca e com meia dúzia de vidas ceifadas por atiradores cobardes da tenebrosa e visceral policia do estado: A PIDE-DGS.

Choca-me que no Egipto a revolução que começou mansa e pacifica se tenha transformado numa escalada de violência com (já) centenas de mortos registados no obituário colectivo dos mortos sem rosto. Enerva-me a inércia passiva de um ocidente europeizado, onde o comodismo vence de forma vergonhosa sobre a acção que deveria prevalecer.

Mas o que me fode mais; é mesmo ter do "meu" lado a fundamentação prática que as revoluções com heróis impolutos e sem rostos de morte anunciada, somente existem nas fábulas que meu avô e meu pai me generosamente me contavam.

domingo, janeiro 16, 2011

Leão (sem juba)

A crise agudizante para os lados dos viscondes de Alvalade, desaguou ontem à noite (após derrota contra o Paços Ferreira) na demissão (já esperada e suspirada...) do presidente leonino Bettencourt.

Após mais uma época mal planificada, com contratações mal ajustadas (basta o exemplo de Pongolle...), uma sucessão de directores desportivos (Pedro Barbosa, Sá Pinto, Costinha, Couceiro...); eis que o leão corre com garras de veludo, nem chama e sem a juba gloriosa de outros tempos.

Nas antípodas, o Paços de Ferreira provou em campo o que já (com)prova extra-relvados, com uma politica de contenção bem estruturada, comprando bem e barato. Vendendo activos em momento planificados e por valor justo, dando condições de justo e realista pagamento a quem trabalha na estrutura dos "castores".

Exemplos contraditórios, crus e demonstradores dos caminhos que se devem e não (devem) seguir...

Rumo(s)

Tunísia sem rumo após fuga de presidente, resvalando o poder opaco nos anónimos que se manifestam nas ruas.  No grande mosaico brasileiro, mais de 600 perderam a vida após tragédia natural, mas na terra de Paulo Coelho e Ronaldinho, o rumo ditado por Lula mantém-se na corporização feminina de Dilma. 

Nós por cá, ensonamos a paciência fornicante, embarcando na corrida presidencial em que os (desa)rumos são vastos, servindo apenas para alimentar o nosso fado pessimista no que concerne  a um futuro cinza-escuro. 

Cavaco arreganha o discurso circular de estadista (que não é); Alegre prisioneiro e refém entre 2 mundos partidários definha. Ao longe Nobre cimenta (?) o pódio da derrota, enquanto os outros figurantes...apenas figuram...

Rumos...a eterna questão filosófica...

domingo, novembro 14, 2010

O Estado (da nação)


Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.

Continuo com a "puta da mania" de opinar sobre tudo e não me calar quando vejo happenings no jour a jour que me parecem ter a pertinência de uma "posta" de palavras tranvestidas num post lido por ávidos leitores que generosamente, dia após dia, tem a divina paciência de lerem o que escrevo.

Lembro-me das palavras simples mas sábias de Salgueiro Maia no golpe dos cravos de 74, e não deixo de fornicar a mioleira pensante numa comichão inquieta ao verificar que mudam os actores, mas o palco de enganos e de crise agudizante ainda se faz sentir na cabeça de todos nós.

Pasmo com a "generosidade" made in China ao comprar parte da divida tuga. Supreendo-me ainda mais ao ouvir as palavras do Timorense Ramos Horta, namoriscando também a compra de parte do buraco negro público cá da lusitânia praia esburacada.

Afinal o rei vai nu, e nós continuamos a divagar nas palavras de Salgueiro Maia: Afinal tudo se resume ao estado a que esta merda chegou...sem aspas...

domingo, outubro 24, 2010

Orçamentos e Cª

A polémica à volta da (não) aprovação do orçamento já começa a meter "caganeira mental" a todos nós. 

Que o pais está fucked já nós sabemos. Que os políticos não tem "mão nisto" também já nós intuímos há muito. Agora que nos queiram fazer passar por atrasadinhos mentais, e nos façam "comer" a (falsa) imagem de uma preocupação colectivista da esquerda à direita,  e que ainda possam reverter com o estado desta treta toda...

quarta-feira, setembro 01, 2010

O Mundo de Obama

Fui um daqueles cidadãos anónimos que, como um pouco por todo o mundo, exultei de forma energética com a eleição de Obama para o assento maior do poder global da politica internacional. Com a consequente eleição do afro americano nos States, o fogo crescente da esperança pareceu contagiar o mundo de luz e positividade reforçada no desespero de uma crise aguda e sem precedentes.

É este "mundo de Obama" mais justo? Mais equilibrado? Com menos tensões geo politicas? A resposta surge com um Não contudente. O terrorismo continua em alta espiral de matança. A economia tarda a estabilizar. Milhões de seres humanos continuam a viver no limiar da pobreza (com menos de 1 euro per capita por dia).

Todos nós precisamos de mitos, de super heróis, de referências holisticas que nos façam (continuar) sonhar e nas horas dos maiores medos e receios, nos instiguem a seguir na frente de combate pura e dura. Para mim Obama continua a representar uma voz de esperança e de ruptura com um passado recente; no entanto cabe-nos a todos nós separar os mitos da realidade do terreno do dia a dia. Sem parar nunca de sonhar.

terça-feira, julho 06, 2010

Favela Chique

Os recentes incidentes com membros de pseudo-gangues na praia do Tamariz, remetem-nos para a relação directa entre os níveis de pobreza cada vez mais elevados, associados ao facto que - verdade dura - tendencialmente fomentamos o crescimento de guetos de betão moral e fisico bem à vista de todos.

Acho de muito mau tom a hipocrisia reinante afirmativa de que somos um país aberto e tolerante sem laivos de racismo. Não existe maior ironia camuflada do que assumirmos essa frase como verdadeira e absoluta. Somos um país de gente com mente pequena e mesquinha; onde o racismo "inofensivo" está presente em pequenos actos e banalidades mundanas do dia a dia.

Culpamos os "outros" pelos nossos fracassos absolutos e nossos pequenos dramas. Se não temos emprego a culpa é dos "pretos", dos "brasucas"; dos gajos do leste. Esquecemos "apenas" que somos um país de emigrantes com cerca de 10 milhões de tugas espalhados pelo mundo globalizado e vivemos numsa sociedade global e aberta. Esquecemos também que muitos desses "outros" vem para Portugal para fazerem pela vida-puta de forma recta e honesta; afinal o melhor que sabem nestes tempos fornicantes de dificuldades acrescidas.

Nota final para os incidentes in Tamariz: O factor prevenção não passa somente por reforços policiais e acções para "inglês ver" após os confrontos e actos de violência. Passa por mais, muito mais...a começar nas mentalidades e mecanismos mentais de cada um de nós.