domingo, setembro 12, 2010

Tripas à Moda do Porto (VIII)

Duro e doloroso ter visto a minha tia de rastos, sem reacção; inerte na dor da perda. Lembro-me de alguns casos ainda bem recentes de pessoas que também respeito e estão gravadas em mim. Voa o pensamento para as derivações das partidas que a vida nos prega deixando-nos que nem cães vadios à procura de comida espiritual em qualquer balde do lixo existencial de uma esquina perdida.

Relembro rapidamente que a vida e seus obstáculos são a prova suprema de que para sermos pessoas melhores, temos - inevitavelmente - de saber tirar partido de momentos de ruptura e de dor para nos reconstruirmos na essência do que somos: Sem amarguras, sem expiar culpas para os que nos rodeiam; enfrentando as nossas insuficiências tão humanas, tão mundanas...

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