terça-feira, julho 20, 2010

De Madrugada

Rasgo os pensamentos no meio de um chá morno e de um cigarro que teima em acender. Cansado, arrasto-me até à varanda após uma noite fodidamente laboral que ditou tempo extra, acrescentado ao dia normal de trabalho. Contemplo a lua, descalço os meus pré-conceitos, sabendo que não irei conseguir estruturar um texto lógico e fluido.

Calmamente, aceito as regras do jogo e vagueio nómada em frases quebradas e sem nexo conclusivo do "como" um texto deve ser derramado: Com fluidez, principio, meio e fim. A idéia de, a esta hora tardia, colocar uma moral no texto ao meu jeito e modo arrepia-me, quase tanto como o cansaço que sinto.

Formato o ar estranhamente denso parecendo anunciar algo (ainda) não tangível. Arrasto os ossos até ao leito de descanso para dormitar algumas (poucas) horas e acordar com a auto motivação que molda os desafios por (re)conquistar. A vida é mesmo esta puta tramada e aliciante: O aço a moldar-se ao sabor da espada diária...ou será ao contrário?!

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