domingo, julho 15, 2007

RESQUICIOS


Confesso que ando naquela fase estupidificante de balanços antecipados e desafios precoses. A paz de espirito tem andado em turbilhão vulcânico, pronto a derramar fogo de raiva ao menor deslize de um inimigo abstracto, que, tendencialmente, serei eu mesmo no ciclo dinâmico da vida inconstante ( e por vezes injustae dorida). No entanto o dinamismo injusto e inesperado da vida trata de repôr os valores mentais, preparando-nos para novos patamares nos quais esperamos subir, ascender, levitar e crescer. Dou por mim a pensar que os últimos anos tem voado rápido não pelo dramatismo derrotista (que renego e desprezo) mas porque tenho vivido, sofrido, amado e algumas vezes aprendido. A vida tem sido generosa para mim na sua maravilhosa sapiência natural de me criar dificuldades para superar, barreiras para derrubar e essencialmente permitir-me continuar a ter fé não somente em mim e no meu valor, mas também em todos aqueles que me acompanham desde o inicio do meu ser, como a todos aqueles que nos aparecem misteriosamente quando menos esperamos e nos conquistam e envolvem de forma intensa, com o cheiro e aromas do verbo acreditar e não com promessas vãs e fúteis. É para eles que hoje escrevo, fugindo - nas asas do pensamento rebelde - às grilhetas do derrotismo e do abismo anunciado desde o inicio dos tempos e felizmente nunca cumprido na sua visão apocaliptica e ansiosa por derrotar a vontade dos homens que sonham com castelos nas nuvens e aromas de perfume doce na pele que toca na boca sequiosa do desejo feliz.

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